A Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Pouso Alegre promoveu, na quarta-feira, 24 de novembro, uma capacitação sobre Toxoplasmose para gestores municipais de Saúde. O objetivo do encontro foi capacitar as equipes de saúde para atualização dos fluxos de toxoplasmose gestacional e congênita, de modo a organizar os serviços para melhor atendimento dos casos. Na pauta, houve a apresentação da fisiopatologia da doença, abordagem à toxoplasmose gestacional e congênita, sua incidência, prevalência, diagnóstico, tratamento, seguimento, sistemas de informação (SINAN) e fluxo de medicação para esse agravo.

Foto: Otávio Coutinho

Segundo a referência técnica (RT) da Coordenação de Atenção à Saúde e Atenção Primária (CAS), Jéssica de Fátima Martins, “a toxoplasmose, quando acomete gestantes suscetíveis, coloca em risco a saúde fetal, podendo ocasionar a toxoplasmose congênita, que está entre as principais causas de morbimortalidade no período neonatal, devido ao risco variável para o bebê”, disse a RT. “Por isso, é de suma importância que seja feita uma adequada avaliação e acompanhamento desde o pré-natal até o nascimento, bem como seguimento dos casos suspeitos e/ou confirmados, para se evitar danos futuros ao desenvolvimento da criança”, lembrou Jéssica. “Nesse sentido, resolvemos promover essa capacitação para que os profissionais estejam atentos aos novos fluxos de conduta da triagem pré-natal, pós-natal e neonatal, para que sejam identificados precocemente as infecções agudas e tratadas em tempo oportuno”, concluiu, acerca da importância da capacitação para os profissionais de saúde dos 53 municípios da área de abrangência da SRS.

De acordo com a Nota Técnica do Ministério da Saúde, no Brasil de 20 a 50% das mulheres em idade reprodutiva são suscetíveis e estão em risco de adquirir a infecção na gestação. Sem tratamento, a infecção adquirida durante a gestação resulta em doença congênita em cerca de 44% dos casos. Com o tratamento apropriado esse índice reduz para 29%. A cada 10.000 nascidos vivos, 523 crianças nascem infectadas.

O evento foi organizado e ministrado pela referência técnica (RT) em vigilância epidemiológica, Flávia Moreira Alves Silva, RT do Sistema de Informação de Agravos de Notificação(SINAN), Elisângela de Jesus e RT  Farmacêutica, Daniel Pereira da Silva, além da RT da coordenação de Atenção à Saúde e Atenção Primária, Jéssica de Fátima Martins. O público-alvo foram os coordenadores de Atenção Primária à Saúde, coordenadores de Epidemiologia, Serviços de Referência no atendimento ao Pré Natal de Alto Risco, Serviços de Referência em maternidade.

Por Otávio Coutinho