Melhorar a qualidade das respostas para o enfrentamento das arboviroses urbanas, causadas por vírus transmitidos pelo Aedes aegypti (dengue, chikungunya e zika), bem como da febre amarela. Este foi o objetivo da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Varginha, ao reunir supervisores, coordenadores de campo e representantes das Vigilâncias Epidemiológicas em dois dias de oficina (25 e 26 de outubro), em Varginha. O evento, que ocorreu no auditório do Grupo Unis, teve seu foco no desenvolvimento das temáticas no módulo I do Projeto de Qualificação de Supervisores de Atividades de Controle do Aedes, da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).

Foto: Tânia Corrêa - SRS Varginha

Com a presença da equipe de arboviroses da SRS Varginha, o evento contou com momentos de contextualização acerca das endemias, mas os trabalhos práticos em grupo foram o diferencial do encontro. Em equipes formadas por sorteio, os profissionais dos municípios puderam discutir, sob a tutoria das referências técnicas em arboviroses da SRS Varginha e SES-MG, e também dos supervisores de campo da SRS, sobre o trabalho feito nos municípios e, de maneira coletiva, apontar as dificuldades vividas e propor soluções.

As dificuldades encontradas na rotina de trabalho foram relatadas nas apresentações feitas pelos grupos, e pôde-se observar que, em sua grande maioria, houve similaridade nos relatos. Recusa de moradores, residências fechadas, falta de entendimento do papel do Agente Comunitário de Endemias (ACE), foram alguns dos entraves apresentados pelas referências. “Pudemos ver que ainda temos questões como falta de identificação, crachás, uniformes e material de suporte para o trabalho das equipes, a partir do que foi relatado pelos grupos. Diferentemente de outros apresentados, este tipo de problema é passível de resolução se observada e replanejada a aplicação dos recursos recebidos que são destinados para as arboviroses”, destaca Divina Roselaine Silva, Referência Técnica em Arboviroses da SRS Varginha. Os recursos dos quais fala Roselaine são provenientes das Resoluções SES/MG, nºs 7733, de 22/09/2021, e 6962, de 04/10/2019, que preveem incentivo complementar para as ações de arboviroses nos municípios.

As referências municipais puderam, ainda, participar de aula ministrada pela referência técnica estadual em arboviroses da SES-MG, Suely Lima Dias, que abordou as novas tecnologias para o controle vetorial, bem como a epidemiologia básica para as ações de campo. "A incidência das arboviroses urbanas em Minas tem sido alta nos últimos anos. É importante que os trabalhadores da ponta, como os agentes comunitários, saibam das novas formas de controle vetorial em estudo para ajudar no combate ao mosquito e, consequentemente, na diminuição de casos, principalmente de dengue", pontuou Suely.

Por Tânia Corrêa