Palestras sobre a saúde da mulher e apresentações de ações e indicadores de políticas e programas Estaduais de saúde marcaram o Outubro Rosa na Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Passos, em encontro com coordenadores municipais de Atenção Primária à Saúde (APS), realizado na última quinta-feira, 20 de outubro. O evento foi organizado pela Coordenação de Atenção à Saúde (CAS) da SRS Passos e ocorreu no auditório da unidade, com participação de palestrantes convidadas e referências técnicas.
Os profissionais da CAS reúnem-se frequentemente com os coordenadores municipais de APS para discussão e alinhamento dos programas de Atenção Primária à Saúde e aproveitaram a campanha do Outubro Rosa como um dos temas para o encontro deste mês.
A superintendente da SRS Passos, Kátia Rita Gonçalves, fez a abertura da reunião, destacando a importância da APS para a saúde da mulher. “As doenças que acometem as mulheres são inúmeras. Além de problemas ligados ao câncer de mama ou de colo do útero, uma série de doenças crônicas e doenças mentais têm acometido cada vez mais as mulheres”, diz a superintendente. “O atendimento integral à mulher é um diferencial no acolhimento da APS, sendo um de seus atributos. As ações desenvolvidas pela APS mudam a percepção da usuária sobre sua saúde e acesso a cuidados”, conclui Kátia Gonçalves.
O encontro com os coordenadores municipais de APS teve na programação as palestras “As interfaces da saúde da mulher”, com Yeda Maria Antunes de Siqueira, e “Orientações para a atuação profissional frente às situações de comportamento suicida”, com Andrea Cristina Alves, ambas enfermeiras e professoras do Instituto Federal do Sul de Minas (IFSuldeminas) – campus de Passos.
Segundo a coordenadora da CAS, Vivian Lemos, a programação foi pensada para ressaltar “um olhar para o autocuidado integral” da saúde da mulher. “O mês de outubro é marcado como um período de sensibilização das ações de promoção e prevenção voltadas para a saúde da mulher. Por isso foi definido como tema principal da reunião com coordenadores municipais de atenção primária à saúde”, observa.
Pela SRS Passos, foi apresentado um cenário epidemiológico com indicadores de saúde e registros sobre cânceres de mama e de colo uterino, com a referência técnica em saúde da mulher, Fabíola Silveira Lemos, e uma mostra do trabalho dos municípios relacionado à campanha do Outubro Rosa. Também referências técnicas da CAS, Jaqueline Silva Santos e Gilmar Antônio Batista Machado trouxeram tópicos de suas áreas de atuação, sendo que Jaqueline Santos abordou temas da promoção da saúde, como a Política Estadual de Promoção da Saúde (POEPS) e o Programa Saúde na Escola (PSE). Gilmar Machado falou sobre os indicadores do Programa Previne Brasil.
Fabíola Lemos explica que a abordagem do Outubro Rosa no evento teve o objetivo de ressaltar para os coordenadores municipais de APS a importância de “conscientizar as mulheres sobre prevenção e controle do câncer de mama e proporcionar a elas maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribuir para a redução da mortalidade”, disse Fabíola. “Além do controle do câncer de mama, foi abordado também na reunião ações de controle do câncer de colo uterino ampliando o cuidado das mulheres na prevenção desses dois tipos de câncer, que tanto afetam as mulheres”, acrescentou.
Para a gestora de saúde do município de Pimenta, Linara Mirelli Domingos, o encontro representou uma oportunidade de expandir o conhecimento e será bem aproveitado pela equipe de APS. “Foi uma excelente abordagem dentro da temática do Outubro Rosa, no contexto de Atenção Primária à Saúde, o que é essencial para os serviços de saúde”, avaliou.
O gestor de saúde de São José da Barra, Paulo Renato Gomes, foi enfático em avaliar a reunião na SRS Passos como um importante evento para as APS municipais, mencionando os temas específicos da saúde da mulher e os indicadores da promoção da saúde, com destaque para a saúde mental. “Foi de suma importância, principalmente a palestra sobre saúde mental na APS, porque abordou temas que a gente ainda não estava preparado para tratar em saúde mental”, disse.
Por Enio Modesto
