A Gerência Regional de Saúde (GRS) de Itabira, por intermédio da sua Coordenação de Vigilância Epidemiológica, realizou dia 24 de março, uma reunião técnica por videoconferência sobre a febre maculosa brasileira. A reunião foi direcionada aos técnicos das áreas de Vigilância Epidemiológica e em Saúde, Assistência Farmacêutica e Atenção Primária dos 24 municípios que compõem as microrregiões de Saúde de Guanhães, Itabira e João Monlevade. 

Videoconferência - febre maculosa - Foto: Flávio Augusto Ribeiro Samuel

A reunião técnica teve como objetivo o alinhamento das ações de controle e enfrentamento à febre maculosa na região do Médio Piracicaba, abordando os temas em pauta: Generalidades sobre o agravo, Vigilância epidemiológica da Febre Amarela Brasileira, Tratamento farmacológico e Fluxo de solicitação dos medicamentos.

O coordenador da Vigilância Epidemiológica, Marcelo Motta, da GRS Itabira, que conduziu a reunião técnica, explicou que entre os meses de abril a outubro há maior circulação de larvas e ninfas de carrapatos na região sudeste, tornando este período sazonal para a transmissão de febre maculosa em toda nossa região. “O objetivo da reunião técnica foi orientar os municípios quanto as ações de enfrentamento e de vigilância, para que possam prevenir e evitar a contaminação por febre maculosa em sua localidade. E se ocorrer a contaminação, que estes municípios possam estar preparados quanto ao fluxo de encaminhamento de pacientes, solicitação de medicamentos e tratamento”, conclui o coordenador.

Durante a reunião técnica, Marcelo Motta, ressaltou a importância do serviço de saúde trabalhar de forma integrada: Vigilância Epidemiológica, Assistência Farmacêutica e Atenção Primária, para que ocorra promoção à saúde e controle da doença.

A referência técnica em Assistência Farmacêutica, Juliana Lage Reis, da GRS Itabira, que também participou da reunião técnica, fez uma apresentação abordando os temas: Tratamento Farmacológico e Fluxo de Solicitação dos Medicamentos. “A partir da suspeita de febre maculosa brasileira, o tratamento deve ser iniciado imediatamente, não se devendo esperar a confirmação laboratorial do caso. A duração do tratamento irá depender da gravidade do caso, mas recomenda-se que ele continue até três dias após o término da febre”, esclareceu Juliana.

 

Sintomas da febre maculosa brasileira

Segundo o coordenador da Vigilância Epidemiológica, Marcelo Motta, os sintomas são gerais e se confundem com outras doenças como dengue, gerando febre, dor de cabeça e dor no corpo. Por este motivo requer muita atenção ao vínculo epidemiológico (local de residência, trabalho e lazer). A rede assistencial e serviços de vigilância devem estar atentos para detecção precoce de casos suspeitos. O primeiro passo é a mobilização social e educação em saúde, para que a população conheça os sintomas e os associe a um possível contato com carrapatos, estimulando as pessoas a procurarem o serviço de saúde mais próximo.

 

Principais cuidados que devem ser tomados para evitar a febre maculosa

Ao frequentar áreas propícias para a presença de carrapatos (áreas rurais, matas, cachoeiras, pasto sujo, áreas com presença de animais domésticos ou silvestres, parques, beira de rios e lagoas), devem ser tomados os seguintes cuidados:

- Utilizar repelentes à base da substância Icaridina, que são eficazes na prevenção de picadas por carrapatos;

- Utilizar vestimentas longas e de cor clara, que permitem a fácil visualização dos carrapatos, além de calçados fechados e de cano longo;

- Evitar sentar ou deitar em gramados nas atividades de lazer como caminhadas, piqueniques ou pescarias;

- Examinar o corpo com frequência, tendo em vista que quanto mais rápido os carrapatos forem retirados, menor a chance de infecção;

- Se verificada a presença de carrapatos, retirá-los com leves torções e evitando o esmagamento de seu corpo com as unhas (já que pode haver contato com a bactéria presente no animal dessa maneira);

- Manter pastos, lotes e áreas públicas sempre limpas, para evitar a proliferação de carrapatos;

- Utilizar carrapaticidas periodicamente em cães, cavalos e bois, conforme recomendações do profissional médico veterinário.

Por Flávio A. R. Samuel