A Gerência Regional de Saúde de Pirapora realizou, nos dias 15 a 17 de fevereiro, seminário microrregional que abordou questões sobre a leptospirose e arboviroses urbanas e silvestres. O evento teve participação de gestores, equipe de vigilância em saúde, atenção primária, assistência farmacêutica e mobilização social da regional, e dos municípios da microrregião de saúde. Realizou-se ainda parceria com as referências técnicas do nível central da Secretária Estadual de Saúde de Minas Gerais (SES/MG), que palestraram no evento: Andrea Temponi, referência estadual de febre amarela (FA), Paula Figueiredo, referência estadual de leptospirose, e Dionísio Pacceli, referência estadual no controle vetorial das arboviroses.

Foto - GRS Pirapora

Conforme a diretora regional Maria Candida Costa Fiuza de Queiroz, “o objetivo é proporcionar a aproximação e envolvimento prático. Entendemos que essa metodologia de trabalho dinâmico, participativo, em que interagem diversas perspectivas e realidades, resulta em ações objetivas, aplicáveis e consequentemente resolutivas”.

A coordenadora de vigilância em saúde, Diane Aparecida Oliveira de Menezes, ponderou ainda que “devido ao período chuvoso que tem afetado os municípios norte mineiros, principalmente no nosso território que é a região de saúde de Pirapora, a sazonalidade das arboviroses, juntamente com o resultado do Lira/LIA (levantamento rápido de índices para Aedes aegypti) sinalizando alto risco de infestação por parte de alguns municípios jurisdicionados e a necessidade de promover o fortalecimento dos Comitês Municipais de Enfrentamento das Arboviroses, esse evento servirá como um impulsionador para tomada de decisões das equipes municipais participantes oportunamente”, disse a coordenadora. O Lira/LIA consiste em um método simplificado para obtenção rápida de indicadores entomológicos que permite conhecer a distribuição do vetor Aedes aegypti.

No primeiro dia foi abordado o diagnóstico e manejo clínico na atenção básica e hospitalar com público alvo voltado para médicos e enfermeiros, com palestras conduzidas por profissionais médicos. A vigilância epidemiológica foi a pauta do segundo dia, e o público alvo se concentrou em gestores, coordenadores e referências técnicas municipais, além de agentes de combate às endemias.

 A referência técnica regional de febre amarela e leptospirose, Janice Rodrigues de Souza, falou sobre a oportunidade das ações da vigilância: “Entendemos que a principal fundamentação da vigilância é inerente a se antecipar ao risco. No cenário atual, estamos no período sazonal das arboviroses e o estudo da série histórica nos alerta para a necessidade de ações para evitar epidemias. Recentemente houve a confirmação laboratorial da circulação do vírus amarílico em populações de primatas não humanos (PNH) no estado de Minas Gerais, em municípios próximos de nossa microrregião. Por sua vez, a Leptospirose também está em sua sazonalidade, onde se espera o surgimento e aumento de casos em decorrência do período chuvoso”, falou Janice.

            O ponto alto do encontro se deu em uma oficina para diagnóstico, discussões e levantamento de propostas para melhoria dos processos de trabalho com as arboviroses. Luciana Veloso Neves, referência técnica de arboviroses urbanas, ponderou que “ao idealizarmos e fomentarmos o evento, unimos estratégias de capacitação e de rodas de discussões horizontais entre municípios e regional, no que compete às ações dos quatro eixos (vigilância epidemiológica, assistência, controle vetorial e mobilização social) do programa de arboviroses, nos territórios”, concluiu Luciana.

Por Gerência Regional de Saúde de Pirapora