Na quarta-feira (26/1), a Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros concluiu, no município de Espinosa, a força-tarefa de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, febre chikungunya e zika vírus. Devido ao alto índice de infestação do mosquito foi necessária a aplicação de inseticida na área urbana com utilização de equipamentos de Ultra Baixo Volume Veicular (UBV) e aerosystem, no interior de domicílios.

O trabalho teve duração de três ciclos consecutivos, iniciados na segunda-feira, 24, com atuação das referências técnicas das Coordenadorias de Epidemiologia e de Vigilância em Saúde da SRS-Montes Claros, Ildenir Meireles Barbosa, João Bosco e Kleber Morais de Sá.

A coordenadora de Vigilância em Saúde da SRS-Montes Claros, Agna Soares da Silva Menezes, alerta que, com o calor do verão e a ocorrência de chuvas, a tendência é de que haja grande proliferação do Aedes aegypti nos locais onde houver materiais que facilitam o acúmulo de água. “É preciso que a população adote ações de prevenção contra o mosquito, com a limpeza ou eliminação de vasilhames e locais que facilitam a proliferação do inseto”.

Entre os locais que merecem atenção especial estão ralos, calhas, vasos de plantas, pneus e vasilhames que servem de bebedouro para animais domésticos, como cães e gatos. A recomendação é que os recipientes sejam lavados com água e sabão, o que possibilita eliminar ovos depositados pelas fêmeas do mosquito, que tem ciclo médio de sete dias para eclosão.

Até esta quarta-feira, 25/1, Minas Gerais registrou 1.885 casos prováveis de dengue, sendo 347 confirmados. Em relação à febre chikungunya foram registrados 79 casos prováveis da doença, sendo quatro confirmados. Por outro lado, o Estado contabiliza seis casos prováveis zika vírus.

Recursos

Em setembro de 2021, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) publicou a Resolução 7.733 que instituiu ações estratégicas e repasse de incentivo financeiro aos municípios para auxiliar no enfrentamento das arboviroses transmitidas pelo Aedes aegypti. Para 86 municípios que compõem a macrorregião de Saúde Norte foram alocados R$ 3,7 milhões.

As ações estratégicas objetivam intensificar as medidas de prevenção, monitoramento, controle e resposta dos municípios no enfrentamento das arboviroses antes e durante seu período sazonal. Para isso os municípios devem realizar ações integradas de saúde considerando os seguintes eixos: Vigilância (epidemiológica, entomológica, controle vetorial e laboratorial); Comunicação em Saúde e Mobilização Social; Assistência (farmacêutica, atenção primária, secundária e terciária à saúde.); e Gestão (articulação intersetorial, logística de insumos e pactuação entre os governos municipais e o Estado).

Por Pedro Ricardo