Os resultados iniciais do projeto SIS Vetor, software criado por equipe da Universidade de Brasília (UNB) e implantado inicialmente em Sete Lagoas e Manaus/AM, foram apresentados na terça-feira (14/12), durante seminário, em Sete Lagoas, como umas das práticas exitosas da implantação do software dentro das ações de controle das arboviroses urbanas no Brasil.

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Os 35 municípios de jurisdição da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Sete Lagoas têm ovitrampas* instaladas e funcionando georreferenciadas desde o ano de 2018. A quantidade das armadilhas será ampliada para os municípios de Três Marias, Presidente Juscelino, Pompeu, Curvelo e Abaeté, em 2022, que tiveram representantes no encontro.

O evento também contou com a participação de técnicos da Secretaria Municipal de Saúde de Sete Lagoas; da UNB; do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass); e da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), por meio da SRS-Sete Lagoas, da Coordenadoria Estadual de Vigilância das Arboviroses de Minas Gerais (Cevarb), do Núcleo de Pesquisa e Inovação em Doenças Infecciosas Emergentes e Reemergentes (Nupide) e da Subsecretaria de Vigilância em Saúde. Todos trocaram relatos e experiências da Regional de Saúde e da Secretaria de Saúde de Sete Lagoas, as potencialidades e perspectivas do software, assim como a ampliação do projeto para os municípios do estado de Minas Gerais.

O supervisor de endemias da Regional de Sete Lagoas, Ronaldo Felex, ressaltou a efetividade e a aplicabilidade do software SIS Vetor como uma ferramenta importante nas ações de controle do Aedes aegypti e consequentemente na agilidade e possibilidade do conhecimento dos índices de infestação do vetor e na tomada de decisões assertivas e em tempo hábil para o controle das arboviroses urbanas.

“Os próximos passos incluem a conclusão e ampliação do projeto para atender as demandas operacionais de campo, sejam em pequeno, médio ou grande município. A validação e a sustentabilidade oficial do projeto, amparo e suporte técnico seja em nível de parcerias nas esferas federal e estadual, além da visão clara e objetiva dos dados inseridos com relatório e mapas de indicadores índices de positividade das ovitrampas”, explicou Felex.

Para o superintendente regional de Saúde de Sete Lagoas, Fabrício Júnior Alves Teixeira, seminário possibilitou importante passo para a continuidade do projeto na Regional. “Mesmo se tratando de um piloto, hoje ele já é uma realidade para o município de Sete Lagoas. Com a apresentação dos resultados, potencialidades e perspectiva futuras, outros municípios poderão participar e assim ampliar as ações e o desenvolvimento do software”, destacou Teixeira.

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Sis Vetor

Módulo gestor e aplicativo de campo é uma ferramenta que facilita a coleta de dados para auxiliar no controle do Aedes aegypti e, consequentemente, das arbovirose dengue, zika e chikungunya.

Faz parte da meta 8 do Componente 2 do projeto Arbocontrol e permite a configuração de territórios e imóveis a serem inspecionados, por meio de dados cadastrais e de geolocalização, com coordenadas e polígonos nos mapas.

Com a ferramenta, é possível também apoiar a organização do processo de trabalho, com criação de atividades semanais, que passam pelas fases de planejamento, execução, monitoramento e controle, bem como o encerramento – com revisão da atividade de forma digital.

*Ovitrampa: espécie de armadilha para coletar ovos de Aedes aegypti. Ajuda no controle dos ovos, para que não se desenvolvam novos mosquitos. Também colabora com a mensuração da presença dos ovos e larvas nas casas.

 

Por Nayara Souza