O Núcleo de Vigilância Epidemiológica (Nuvepi) da Gerência Regional de Saúde (GRS) de Pedra Azul realizou nos dias 10 e 11/11, no auditório da GRS, reunião para elaboração do Plano Municipal de Contingência para o Enfrentamento das Arboviroses Urbanas. O encontro contou com a participação de gestores municipais, enfermeiros da Atenção Primária, farmacêuticos dos municípios, representantes da Vigilância em Saúde e coordenadores de zoonoses, além de representantes do Comitê Regional de Enfrentamento das Arboviroses.

Crédito: Allan Campos

O plano de contingência é um documento que tem como objetivo organizar, orientar e padronizar as ações necessárias para o enfrentamento da Dengue, Zika Vírus e Chikungunya, de forma coordenada e articulada, gerando respostas ágeis no controle de epidemias. O enfermeiro e referência técnica de Arboviroses, Davidson Rodrigues Castro, defendeu a importância de os municípios terem um plano de trabalho para que possam programar as ações de combate às arboviroses. “Estamos nos preparando para o período de sazonalidade, ou seja, entre dezembro de 2021 a maio de 2022. Buscamos no plano de contingência o fortalecimento e a integração de eixos importantes no enfrentamento das arboviroses como: Vigilância, Assistência, Gestão e Comunicação em Saúde. Sabemos que as infecções por arbovírus, principalmente a dengue, traz impactos significativos na saúde pública e economia dos municípios e queremos estar preparados para enfrentar esse momento de maior cuidado.”

A farmacêutica do município de Rio do Prado, Darliane Mangueira, enfatizou que durante o período de pandemia os profissionais de saúde tiveram que se adequar aos novos protocolos de saúde e que o retorno das reuniões presenciais na GRS-Pedra Azul é um momento importante para aperfeiçoar as medidas de controle da dengue. “Esta capacitação busca possibilitar a adequação e aperfeiçoamento de nossas práticas e ações, favorecendo a capacitação e produtividade dos profissionais.”

A coordenadora da Atenção Primária do município de Jacinto, Lílian Gil Lacerda, destacou que o Plano de Contingência das Arboviroses é um importante instrumento de ação para o controle de doenças por propiciar planejamento das ações que serão realizadas em âmbito municipal. “Parabenizo a GRS, na pessoa de Davidson Castro, pela iniciativa em realizar esse encontro com todos os municípios, para nos direcionar e orientar na elaboração do plano de contingência para o enfrentamento da Dengue. É de grande relevância, para nós gestores e técnicos de saúde, divulgarmos, implantarmos e implementarmos o plano em nossos municípios, uma vez que o combate à dengue é responsabilidade de toda a sociedade, órgãos e instituições”.

Plano de contingência

O Plano de Contingência das Arboviroses é formado por quatro eixos de atuação: eixo Vigilância, que conta com ações entomológica e controle vetorial, epidemiológica e ambulatorial; eixo Assistência, com ações da Atenção Primária, urgência e emergência hospitalar e assistência farmacêutica; eixo Comunicação e Mobilização Social e eixo Gestão. Em cada um dos eixos, os profissionais terão que elencar ações que deverão ser realizadas nos cenários de baixo, médio, alto e muito alto risco. Além disso, o plano traz um diagnóstico dos eixos, com informações sobre quem é a referência municipal em cada uma das áreas, quais ações são executadas, estrutura de recursos humanos e de equipamentos, entre outras informações. Os 25 municípios da região terão até o dia 25/11 para apresentarem os planos à GRS-Pedra Azul e no dia 1/12 será dada ciência durante reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) microrregional dos planos que forem apresentados.

Outro ponto importante foi sobre a definição dos incentivos financeiros que os municípios vão receber a partir de janeiro de 2022. De acordo com a Resolução SES-MG 7733, de 22/9/2021, os municípios vão receber R$ 25 mil fixo + 90 centavos per capita para enfrentamento das arboviroses. Os recursos podem ser utilizados pelas prefeituras para contratação de agentes de endemias e outros profissionais relacionados às ações de Vigilância e controle de vetores, além de serem direcionados para a capacitação de pessoal e áreas assistenciais, por exemplo.

Por Allan Gomes Campos