O Comitê Regional de Enfrentamento das Arboviroses e Emergência em Saúde Pública da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Sete Lagoas se reuniu, na terça-feira 9, com os municípios para orientações gerais sobre a construção do Plano de Contingência de Enfrentando das Arboviroses Urbanas 2021/2022. O documento é uma ferramenta estratégica para prevenção de doenças como a Dengue, a Zika e a Chikungunya.
Durante o encontro, a coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica (Nuvepi) da SRS-Sete Lagoas, Silmeiry Angélica Teixeira, explicou que o processo de coordenação dessa atividade foi realizado na Unidade de Saúde estadual envolvendo todos os núcleos: Coordenação de Assistência à Saúde (CAS), Coordenação de Assistência Farmacêutica (CAF), Núcleo de Vigilância Sanitária (Nuvisa) e o Núcleo Regional de Mobilização Social. A expectativa, segundo ela, é que nos municípios essa ação também seja integrada.
“Esse é um trabalho realizado com acompanhamento técnico aos municípios por todos os núcleos da Regional de Sete Lagoas. Essa é uma extensão que a gente solicita para que vocês organizem para que aconteça nos municípios também”, observou Teixeira. A coordenadora apresentou a Resolução SES n° 7733, que orienta sobre a construção do plano de contingência, e tem como objetivo principal fomentar, no território municipal, as ações de assistência à saúde, vigilância, prevenção e controle de Arboviroses Urbanas transmitidas pelo Aedes aegypti.
Na reunião, também foi explicado como foi feita a definição dos incentivos financeiros que os municípios vão receber a partir de janeiro de 2022. Os recursos podem ser utilizados pelas prefeituras para a contratação de agentes de endemias e outros profissionais relacionados às ações de vigilância e controle de vetores, além de serem direcionados para a capacitação de pessoal e áreas assistenciais, por exemplo. "Nós não estamos adentrando as casas com tanta frequência devido ao período da pandemia de covid-19, por isso, precisamos reforçar com os moradores esse trabalho de limpeza das casas", destacou ainda Teixeira, que lembrou a importância da retomada gradual das ações de mobilização social presencial durante as visitas.
Os municípios têm até o dia 21 de novembro para entregarem os planos às Regionais de Saúde. Para todas as referências técnicas da Regional de Sete Lagoas é importante que essa construção estratégica envolva também os conselhos municipais de Saúde. De acordo com a coordenadora da CAS, Carla Ludmila de Freitas Patente, é relevante que os municípios, assim como a Regional de Saúde, passem a monitorar semanalmente indicadores relacionados ao controle vetorial, vigilância e assistência.
“Um bom planejamento minimiza novos esforços quando a epidemia avançar”, relembrou Freitas ao observar o comportamento das arboviroses nos meses chuvosos, "o objetivo do plano de contingência é possibilitar municípios e Estado a agirem antes", finalizou a coordenadora do CAS.
Por Nayara Souza
