Crédito: Nayra Duarte

A Gerência Regional de Saúde (GRS) de Januária, por meio da Coordenação de Atenção à Saúde (CAS), realizou evento virtual em parceria ao CEAE (Centro Estadual de Atenção Especializada) de Brasília de Minas, na terça-feira 13/9. O encontro teve como participantes os coordenadores da Atenção Primária, médicos e enfermeiros dos 26 municípios que abrangem o CEAE Brasília de Minas/São Francisco e Januária.

O objetivo do evento foi apresentar e discutir critérios de encaminhamento para o serviço CEAE, tendo em vista que os mesmos foram revistos recentemente e há necessidade de orientar os profissionais de saúde que atuam na APS para que façam a identificação do público-alvo do serviço. A proposta é permitir que a assistência chegue a quem precisa (usuários de alto e muito alto risco), favorecendo a continuidade do cuidado compartilhado entre o serviço especializado e a APS.

O CEAE, regulamentado pela Resolução SES/MG nº 6.946 de 04 de dezembro de 2019, consiste em pontos de atenção microrregional com público-alvo específico e voltado para oferta de serviços de Atenção Especializada Ambulatorial. O serviço é direcionado para gestantes de risco, crianças de risco, portadores de câncer de mama e colo de útero, usuários com Hipertensão Arterial Sistema (HAS), Diabetes Mellitus (DM) e Doença Renal Crônica (DRC) de alto e muito alto grau de risco.

Os atendimentos nos Centros Estaduais de Atenção Especializada estão organizados de acordo com a carteira de serviços nas seguintes categorias: I – Categoria 1: ofertas de consultas e exames destinados a atenção à saúde da mulher e da criança de risco; II -  Categoria 2: ofertas de consultas e exames destinados a atenção à saúde da mulher e da criança de risco, hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus de alto risco e doença renal crônica.

O usuário de saúde, após ser atendido na Atenção Primária à Saúde (APS), terá verificado seu enquadramento nos critérios de encaminhamento do CEAE para posteriormente a APS   disponibilizar a Guia de Referência. Após apresentar essa guia junto, com alguns documentos de identidade e cartão SUS, será atendido, sendo que o seu tratamento deverá ser compartilhado com APS a partir da Guia de Contrarreferência.

Durante o evento, houve apresentação dos serviços, fluxos e questões administrativas pela gerente do CEAE, Simone Antunes Silva, assim como, sobre os critérios de encaminhamento, segundo a especialidade apresentada pelos profissionais. Sendo, hipertenso, diabético e renal crônico pelo médico cardiologista, André Luiz Cândido Sarmento Drumond Nobre; ginecologia e obstretrícia pelo ginecologista obstetra, Wellington  da Silva Victal; mastologia pela enfermeira Pollyane Alves Ribeiro; e pediatria  pela enfermeira Vanda Alves Queiroz.

A coordenadora da CAS (GRS de Januária), Nayra Duarte, ressaltou que a iniciativa do CEAE de Brasília de Minas é de extrema importância, pois em muitos municípios houve troca de profissionais e há necessidade de que as informações possam chegar aos novos profissionais de saúde da Atenção Primária, para que, assim, identifiquem as pessoas e saibam para onde encaminhá-las dentro da Rede de Atenção à Saúde do território.

O médico e cardiologista do CEAE da microrregião Brasília de Minas /São Francisco, André Luiz Nobre, informou que “eventos como esses são um dos grandes legados que a pandemia vai deixar, reduziu a distância em tempo real ao digitalizar serviços, o que facilitou reunir com todas as UBSSs, e facilitou o esclarecimento de dúvidas de quem está na ponta. Nobre concluiu que, “foi muito gratificante participar desse evento, esperamos que os critérios corretos sejam colocados em prática e muitos pacientes possam se beneficiar desse atendimento diferenciado que a equipe multidisciplinar proporciona”. Reforçou ainda que “hipertensos, diabéticos em situação de alto risco, portadores de doença renal crônica, além de mulheres e crianças com condições crônicas têm no CEAE um local para acompanhamento e resolução de suas condições que impactam diretamente na melhoria de sua saúde e qualidade de vida.”

 

Por Enalda Rodrigues Diamantino