A Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros sediou nesta quarta-feira, 4, encontro com objetivo de alinhar informações voltadas para a implantação no Norte de Minas das Redes Estadual e Nacional de Vigilância Epidemiológica Hospitalar, como parte integrante do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde. O encontro, realizado em parte presencial e por videoconferência, reuniu referências técnicas da Secretaria Municipal de Saúde de Montes Claros e dos hospitais Santa Casa, Universitário Clemente de Faria e Mário Ribeiro, sediados em Montes Claros, e o Hospital Regional de Janaúba.

Também participaram das discussões as referências técnicas da Coordenadoria de Vigilância em Saúde da SRS de Montes Claros, Maria Regina de Oliveira Morais; do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Estado de Minas Gerais (CIEVS), Andrea de Oliveira Dias Temponi e Edmundo Flores, coordenador estadual dos Núcleos de Vigilância Epidemiológica Hospitalar e referência técnica de doenças neuro invasivas.

Instituída pela Resolução 7.708, publicada dia 21 de julho deste ano pela Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG), a Rede Estadual de Vigilância Epidemiológica Hospitalar terá, entre outros objetivos, a detecção oportuna de doenças e agravos de importância internacional, nacional e estadual, bem como alteração no padrão epidemiológico de doenças e agravos já existentes em cada região. Em Minas Gerais, o CIEVS foi definido como coordenador da Rede Estadual e Nacional de Vigilância Epidemiológica Hospitalar.

Inicialmente, a Rede Estadual está sendo composta por 59 núcleos hospitalares. Destes, 44 compõem a Rede Nacional e 15 estão compreendidos apenas no nível estadual, com homologação na Comissão Intergestores Bipartite (CIB-SUS).

Entre outras atribuições, os núcleos de vigilância epidemiológica hospitalar deverão elaborar e manter um sistema de busca ativa para a detecção de infecções, eventos adversos, doenças e agravos de notificação compulsória e relacionados ao trabalho nos pacientes internados e atendidos em pronto-socorro, unidades de internação e ambulatórios. Também deverão fazer a busca ativa de óbitos ocorridos em ambiente hospitalar, incluindo os óbitos relacionados ao trabalho, infantil, fetal e maternos de mulheres em idade fértil.

A coordenadora de Vigilância em Saúde da SRS Montes Claros, Agna Soares da Silva Menezes, entende que a implantação dos núcleos de Vigilância Epidemiológica hospitalar dará maior agilidade na notificação de problemas de saúde que surjam repentinamente, o que possibilitará aos municípios, à SES-MG e ao Ministério da Saúde tomar decisões mais rápidas nas investigações e na adoção de medidas para a contenção dos casos.

Rede Nacional

Durante o encontro realizado pela Superintendência Regional de Saúde, o coordenador estadual dos núcleos de Vigilância Epidemiológica hospitalar, Edmundo Flores, destacou que o trabalho conjunto da SES-MG e do Ministério da Saúde na formalização da implantação dos núcleos dentro dos hospitais fortalece o trabalho em rede nacional.

Nesse contexto, o coordenador explicou que os núcleos de vigilância além de fazer a notificação dos casos, deverão analisá-los e iniciar as investigações de surtos de doenças e alterações no perfil epidemiológico nas instituições de saúde. A meta é que até dezembro deste ano os núcleos já tenham sido implantados nos hospitais, oportunidade em que a SES-MG realizará a primeira avaliação das ações implementadas.

“A intenção da Secretaria de Estado de Saúde é ampliar a rede para termos maior articulação com os municípios e com os hospitais, além de otimizar as ações de vigilância epidemiológica de forma articulada”, pontuou o coordenador.

Para que os hospitais viabilizem a implantação dos núcleos de vigilância epidemiológica, o Ministério da Saúde já disponibilizou R$ 300 mil para cada instituição custear os serviços. Por outro lado, inicialmente a SES-MG já liberou R$ 5 mil para que os hospitais invistam na estruturação dos núcleos com a compra de equipamentos de informática.

Crédito: Pedro Ricardo

 

Por Pedro Ricardo