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O município de Lagoa da Prata, na macrorregião Oeste, recebeu entre  os dias 5 e 16 de abril, oito agentes que compõem a equipe de apoio estadual de controle vetorial do Aedes Aegypti. Durante a ação, foi utilizado o método químico intradomiciliar (Aerosystem) para enfrentar o mosquito transmissor das doenças Dengue, Zika e Chikungunya.

O envio da equipe estadual foi necessário porque o município apresentava índices de Alto risco de epidemia de doenças ocasionadas pelo Aedes Aegypti. O Levantamento de Índice Rápido do Aedes (LIRAa) de janeiro (10,1%) e março (6,8%) ficou acima dos parâmetros de classificação. Hoje, o município está com transmissão simultânea de Dengue e Chikungunya.

O objetivo das ações complementares de controle químico vetorial com método intradomiciliar em aproximadamente 5.400 imóveis dos bairros Américo Silva e Gomes, onde foram registrados os maiores números de casos prováveis de Chikungunya e Dengue, é diminuir a transmissão das doenças.

Essa metodologia tem o objetivo de atingir e reduzir o índice de fêmeas do mosquito Aedes que transmitem as doenças e se alojam dentro dos imóveis. Além disso, é considerada uma técnica limpa, que utiliza um produto em formulação de aerossol.

 O supervisor de área da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Divinópolis, Magno Luiz, explica que o método consiste na realização de aplicação do produto químico Permetrina na formulação aerossol cômodo a cômodo do imóvel (intradomicílio) para controle de fêmeas do Aedes. O supervisor explica, ainda, que a SRS de Divinópolis atua nas recomendações técnicas, discussão e realização do planejamento das ações emergenciais, direcionadas mediante análises para as áreas prioritárias. Todo o processo de acompanhamento dos resultados obtidos com as operações de controle vetorial para ajuste operacional, quando necessário, tem sido realizado de forma remota devido à situação atual da pandemia do novo coronavírus (SARS-COV-2).

“O controle intradomiciliar tem boa aceitação pela população e demonstrou condições técnicas favoráveis e grande eficácia no controle vetorial em situação de surtos e epidemias. As ações desenvolvidas pela SRS, junto ao município, estão sendo executadas de forma remota com a interlocução das solicitações de apoio, de insumos, equipamento e equipe de apoio de controle vetorial junto a Coordenação Estadual da Vigilância das Arboviroses Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais”, explicou o supervisor.

Durante esse período, o município e a equipe estadual estão intensificando as ações de rotina de visitas domiciliares pelos agentes municipais para realização de tratamento focal, eliminação e remoção de potenciais criadouros na área prioritária. Além disso, foi necessário, em 29 de março, iniciar as ações emergenciais complementares de controle do vetor com  aplicações controle químico espacial com UBV Veicular (Ultra Baixo Volume) em uma área composta por 13 bairros, onde havia os maiores números de casos prováveis de Dengue e Chikungunya.

Resultado LIRAa na macrorregião Oeste

Dos 53 municípios que realizaram o levantamento, 24 (45,28%) apresentaram índices prediais acima de 3,9% classificados em Alto Risco de Epidemia, 19 (35,84%) com índices de infestação predial entre 1% a 3,9% classificados em Médio Risco (Alerta) e 10 (18,86%) classificados em Baixo Risco com índice de infestação predial menor que 1%.

O levantamento também permitiu verificar que a predominância dos criadouros fica ao nível do solo como tambores, barris, reservatórios, bebedouros de animais, plásticos, garrafas e sucatas passíveis de remoção encontrados em residências.

Para Magno Luiz, a participação da população se faz muito importante neste momento em que o município se encontra.  Ele explica que as pessoas podem realizar o monitoramento dos criadouros em seus domicílios quanto a existência de potenciais criadouros. “Medidas de proteção, remoção e eliminação desses inservíveis ajudam eliminar os focos do mosquito transmissor. Caso a pessoa apresente sintomas dessas doenças, é necessário procurar a unidade de saúde mais próxima para atendimento médico e notificação”, ressaltou.

Por Willian Pacheco