Os municípios que integram a Superintendência Regional de Saúde de Passos (SRS Passos) terminaram, em novembro, o desenvolvimento de seus planos de contingência das arboviroses urbanas, a partir do cronograma estabelecido pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). O plano foi construído mediante orientação e apoio do Comitê Regional das Arboviroses, formado por profissionais de diversos setores da SRS Passos, sob a coordenação da Vigilância Epidemiológica e tem como objetivo preparar o estado para o período sazonal de proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, evitando uma possível epidemia.

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Segundo a referência técnica de arboviroses do Núcleo de Vigilância Epidemiológica (NUVEPI) da SRS Passos e membro do comitê, Patrícia Mendes Costa, a construção do plano exigiu oficinas entre as referências técnicas da regional e dos municípios nas quais foram discutidos aspectos importantes como protocolos assistenciais, dimensionamento de insumos e medicamentos, ações de vigilância em saúde, controle vetorial e mobilização social. Após essa etapa, os municípios elaboraram seus planos, que foram analisados pela SRS Passos antes de serem levados para aprovação nos respectivos conselhos municipais de saúde. “No dia 2 de dezembro os planos foram apresentados durante reunião ordinária na Comissão Intergestora Bipartite da Microrregião de Saúde. Finalizadas as etapas de construção de plano, inicia-se o monitoramento da situação epidemiológica das arboviroses e a implementação das ações propostas”, explica Patrícia Mendes.

A coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica da Regional de Passos, Márcia Aparecida Silva Viana, explicou que a SES-MG repassou a demanda para construção dos planos de contingenciamento para arboviroses urbanas acompanhada de cronograma definindo data para entrega. “Da fase de reprodução da demanda aos municípios até a entrega do documento aprovado pelos conselhos municipais de saúde e assinados pelo prefeito, gestores de saúde e presidentes dos conselhos municipais, os trabalhos fluíram bem e todos os prazos foram cumpridos”, explica.

Ainda segundo Márcia, as referências técnicas da SRS Passos apoiaram os municípios, levando-os à conclusão exitosa do trabalho. “Nosso intento foi de que todas as ações para mitigação de uma possível epidemia das arboviroses fossem contempladas nos planos municipais, para a efetividade de cada instrumento construído no momento de implementar as medidas propostas nos territórios”, observa a coordenadora.

Segundo ela, é importante observar que o trabalho das equipes de arboviroses municipais não começa no período sazonal, uma vez que são feitos durante o ano todo o controle do vetor das arboviroses (o Aedes aegypti), o diagnóstico e tratamento dos casos identificados, bem como as mobilizações sociais e outras ações necessárias para evitar epidemias. “Minha expectativa é de que todos tenham realizado o dever de casa com comprometimento e eficácia, a fim de que o aumento do número de casos próprios do período sazonal não se traduza em epidemia”, disse Márcia Silva.

Por Ênio Modesto