A Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros (SRS) encerra 2020 com esquema de trabalho preparado para auxiliar os 54 municípios que integram a sua área de atuação, no combate e controle do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, Febre Chikungunya, Zika Vírus. Aliado ao recebimento de seis novos veículos para a Central Regional de Ultra Baixo Volume (UBV), a SRS também concluiu neste mês o recebimento dos planos de contingência elaborados pelos municípios, com a definição das ações que serão executadas no atendimento das demandas pelos serviços de vigilância epidemiológica, de comunicação e mobilização da população para o controle do Aedes aegypti.

Crédito: Pedro Ricardo

A coordenadora de Vigilância Epidemiológica da SRS de Montes Claros, Agna Soares da Silva Menezes explica que, “com a elaboração dos planos, os gestores municipais de saúde e os coordenadores de Vigilância Epidemiológica e de Atenção Primária à Saúde tem definidas as ações que precisarão colocar em prática nas localidades onde houver perda do controle de proliferação do Aedes aegypti. Com metas e ações de trabalho bem definidas, os municípios terão maior agilidade para tomar decisões, sobretudo após o período das chuvas, quando são notificados uma maior quantidade de casos relacionados às arboviroses”.

Por sua vez, a superintendente regional de saúde de Montes Claros, Dhyeime Thauanne Pereira Marques salienta que a Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG) vem adotando uma série de providências visando dar suporte técnico e operacional aos municípios no controle do Aedes aegypti. Nesse contexto, frisa a superintendente, “os novos veículos destinados à Central Regional de UBV se constitui medida importante visto que possibilita ampliar o atendimento de demandas de municípios que integram uma vasta região onde atuam as superintendências e gerências regionais de saúde de Montes Claros, Januária, Pirapora, Diamantina, Teófilo Otoni, Pedra Azul e Unaí”.

Por outro lado, com o objetivo de educar e conscientizar a população de que, a partir dos cuidados domésticos começam as medidas preventivas à reprodução do mosquito transmissor das arboviroses, a SES-MG lançou segunda-feira, 21, campanha publicitária com o conceito “Dengue, Zika Vírus e Febre Chikungunya – o cuidado começa em casa”. A iniciativa reforça que atitudes simples, como limpeza de ralos, manutenção de lixeiras tampadas e a higienização de bebedouros de animais domésticos são importantes para evitar a proliferação do mosquito e, consequentemente, aumento na transmissão de doenças  

Treinamentos

Neste ano, a Central Regional de UBV realizou vários cursos de capacitação de motoristas e agentes de controle de endemias para combate e eliminação de focos do Aedes aegypti. Os treinamentos, com aulas teóricas e práticas, foram ministrados no Centro de Controle de Zoonoses de Montes Claros. Em outros municípios foram contemplados profissionais atuantes em Porteirinha, Pai Pedro, Mirabela e Matias Cardoso, além de localidades jurisdicionadas às superintendências e gerências regionais de saúde de Unaí, Januária e Diamantina.

“A capacitação de profissionais dos municípios se constitui ação importante, uma vez que possibilita a descentralização e, consequentemente, a agilização das ações voltadas para o controle do Aedes aegypti nas localidades que possam vir a registrar alto índice de infestação do mosquito e, consequentemente, aumento das notificações de dengue, Febre Chikungunya e Zika Vírus”, observa a referência técnica da Central Regional de UBV, Kléber Moraes de Sá.

Cenário

Entre janeiro e 10 de dezembro deste ano, Minas Gerais registrou 83 mil 668 casos prováveis de dengue. Desse total, 57 mil 363 casos foram confirmados para a doença. Quanto aos óbitos, foram 12 confirmados. Ainda há outros 56 em investigação.

Em relação à febre Chikungunya foram registrados, em 2020, até o momento, 2 mil 763 casos prováveis. Destes, 1.181 foram confirmados. Há 3 óbitos em investigação.

Já em relação à Zika, foram registrados 413 casos prováveis. Destes, 139 foram confirmados para a doença.

Por Pedro Ricardo