Com o objetivo de trazer mais transparência à divulgação das informações relacionadas à covid-19 em Minas Gerais, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) passa a apresentar, em seu boletim epidemiológico, a distribuição dos novos óbitos pela data em que ocorreram — e não somente pela data de registro no sistema da SES-MG.

A alteração no informe foi apresentada pelo secretário de Estado Adjunto de Saúde, Marcelo Cabral, durante coletiva virtual realizada em Belo Horizonte, nesta quarta-feira (26/8).

“A partir de hoje (quarta-feira), teremos a inserção no boletim de novo gráfico, que trará o ‘Percentual de óbitos registrados nas últimas 24 horas, por data de ocorrência’. De modo geral, esse número retrata os novos registros notificados à SES-MG nas últimas 24h, mas que ocorreram em períodos anteriores", disse o secretário Adjunto de Saúde.

Créditos: Pedro Gontijo

Cabral explicou que os dados não refletem necessariamente aumento da incidência da covid-19, mas apresentam um panorama mais detalhado sobre as mortes registradas em determinado espaço de tempo. "O aumento no número de óbitos registrados nas últimas 24 horas pode não representar um aumento na transmissão da COVID-19, mas a qualificação do sistema de informação, com encerramento de óbitos ocorridos anteriormente e que estavam em investigação”, explicou Marcelo Cabral.

Até o momento foram confirmados 201.973 casos da covid-19 em Minas Gerais e 4.948 óbitos. Desse total de mortes, 101 foram confirmadas pela SES nas últimas 24 horas.

O boletim epidemiológico da covid-19 é atualizado diariamente e publicado no site http://coronavirus.saude.mg.gov.br/boletim.

Monitoramento do nível de atividade econômica

Ao realizar análises constantes sobre os impactos da pandemia, a SES-MG também prepara um estudo para uma possível inclusão de leitos de saúde suplementar no plano Minas Consciente. O chefe de Gabinete da SES-MG, João Pinho, explicou que a deliberação nº 78 do Comitê Extraordinário permite a realização desse estudo. O objetivo é contribuir com a retomada mais segura das atividades econômicas, ao reforçar a assistência de saúde no estado.

“Está sendo finalizado nesta semana o estudo a respeito da saúde suplementar. Um dado bastante impactante neste contexto é que cerca de 86% dos usuários desses planos, são corporativos. Ou seja, o vínculo de trabalho é o que vai garantir esse plano de saúde em última instância. Se essas pessoas vierem a perder o emprego, ainda que uma parte possa contratar um plano individual, o mesmo não será possível a uma outra parte representativa. Essas pessoas passarão a contar apenas com a saúde pública como forma de fazer os seus atendimentos”, detalhou o chefe de Gabinete.

Dentro do contexto do Sistema Único de Saúde (SUS), as entidades filantrópicas e sem fins lucrativos integram a rede de saúde complementar. Atuando de maneira suplementar ao SUS, estão os planos e seguros privados.


Ainda de acordo com João Pinho, é importante considerar que o agravamento da crise econômica também gera impactos na saúde. “Temos os impactos diretos e imediatos, relacionados à doença em Minas, mas futuramente também teremos impactos referentes à diminuição da renda e da qualidade de vida das pessoas, que também refletirá na saúde pública”, disse.

O chefe de Gabinete da SES-MG lembrou, porém, que mesmo com a evolução da retomada das atividades no estado, há protocolos a serem seguidos em qualquer nível do Minas Consciente, sem exceções. “Lembrando que em qualquer dos níveis (onda vermelha, amarela ou verde) há protocolos rígidos a serem cumpridos. Mesmo em onda verde, com todas as atividades econômicas em funcionamento, contará com todos os protocolos sanitários de higiene e distanciamento necessários para aquele momento”, destacou João Pinho.

Por Jornalismo SES