Nesta segunda-feira (22/6), o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral, explicou, em coletiva à imprensa, que muitas melhorias vêm sendo feitas no Estado e serão um legado para a população. Amaral e o secretário adjunto de Estado de Saúde Marcelo Cabral ainda responderam perguntas sobre o cenário da epidemia da covid-19 e as ações estaduais para controle da doença. 

Crédito: Pedro Gontijo

Na ocasião, Amaral destacou que o Estado tem investido em hospitais de estrutura permanente o que resultará, após a epidemia, em legado para os mineiros. Segundo o secretário, uma vez que a estrutura disponibilizada esteja aparelhada e apta ao funcionamento, ela servirá ao SUS não apenas no contexto da covid-19, mas também para melhorar de maneira geral as condições de saúde em Minas.

“Fica um legado para a sociedade quando a pandemia passar. Preferimos abrir leitos em hospitais que já existem, que já têm toda a estrutura e protocolos, por exemplo. É muito mais simples conseguirmos ampliações nesses hospitais, como estamos fazendo reiteradas vezes na Rede Fhemig, ou seja, em cada momento da epidemia nós abrimos módulos de 10 leitos”, destacou. 

Em relação às mais recentes ampliações anunciadas nos hospitais administrados pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), Amaral apontou que cinco leitos de UTI já ficarão disponíveis a partir de 24/6, por conta de remanejamento de profissionais, e os demais estarão aptos assim que forem finalizados os procedimentos de contratação de equipes, o que deve levar em torno de 15 dias. 

Expansão

O secretário também relembrou a expansão da rede pública de laboratórios, que além da Fundação Ezequiel Dias, conta também com a Fundação Hemominas; o Instituto René Rachou, da Fiocruz; Universidades Federais, Secretaria Municipal de Saúde de Sete Lagoas, Laboratório Federal de Defesa Agropecuária e agora o Laboratório Municipal de Belo Horizonte. Para o secretário, a ampliação da rede laboratorial é indicador de que Minas tem conseguido reagir à demanda por testes. “Nós acreditamos que temos testes em número suficiente os que tiverem a necessidade do exame”, pontuou. 

Pico da pandemia no Estado

Com relação ao pico da epidemia, Amaral comentou que as projeções estão mantidas, até o momento, para 15/7. “Seguem as projeções que fizemos, mas é importante lembrar que esses picos, demonstrados pelas projeções, dependem do ambiente social, do maior ou menor grau de isolamento, são projeções dinâmicas. Por isso, nós temos atuado, sobretudo nos últimos 15 dias, para a redução de novos casos”. 

Boletim epidemiológico

Até o momento, foram confirmadas 28.918 pessoas infectadas. Estão em acompanhamento 11.190 pacientes e outros 17.040 estão recuperados. Minas Gerais contabiliza 688 óbitos em decorrência da doença. Tendo em vista esse cenário, o secretário mencionou orientações à atenção primária à saúde, realizada pelos municípios em nível ambulatorial. “Pedimos que preparem fluxos separados. É de se esperar um aumento da demanda local, então esses serviços devem estar organizados para conseguir absorver essa demanda”.  

Lockdown

Questionado sobre a possibilidade de instituição de regime de lockdown, com ações de maior intensidade de restrição de circulação de pessoas e de funcionamento de atividades, o secretário destacou que só haverá imposição da medida em regiões específicas, em caso de indicadores de descontrole da epidemia. “Nós devemos lembrar que lockdown é alternativa, mas não algo desejado. O isolamento adequado, dentro de parâmetros como os previstos no Minas Consciente, evita o lockdown”, avaliou.

O secretário adjunto de Estado de Saúde, Marcelo Cabral, adicionou dizendo que protocolos para a eventualidade de lockdown já foram delineados e agora passam por ajustes. Cabral também destacou a importância de adesão ao Minas Consciente, de forma que as medidas de isolamento sejam coordenadas e possam seguir um padrão de conduta. 

“Estamos há cerca de um mês conversando com prefeitos e secretários tentando auxiliá-los. Nós temos dito, até de forma incisiva, que ainda que se busque a expansão dos leitos, de nada adiantará se não tivermos o controle adequado sobre a transmissão da doença”. 

Soluções

Durante as considerações finais, programas como Medicamento em Casa, que conseguiu efetivar a entrega de mais de 5 mil itens a mais de 3 mil pacientes, e o aplicativo Saúde Digital MG, plataforma de telemedicina, é que o Estado oferece soluções para contribuir com o distanciamento social.

Por Jornalismo SES-MG