Por meio de videoconferências, a Regional de Saúde de Montes Claros (SRS) realizou nesta quinta-feira (07/05), reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), envolvendo as seis microrregiões de saúde que integram a sua área de atuação. Na oportunidade, paralelo às ações de enfrentamento ao novo coronavírus, os gestores foram orientados a manterem as atividades de controle e combate aos focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, Febre Chykungunya e Zia vírus.
A superintendente regional de saúde de Montes Claros, Dhyeime Thauanne Pereira Marques lembrou que “nesta época do ano, após o período chuvoso, aumentam as possibilidades de crescimento das notificações de casos de dengue, Febre Chikungunya e Zika vírus, caso os focos do mosquito saiam do controle das vigilâncias epidemiológicas municipais. Daí a importância da manutenção e até mesmo reforço das atividades a fim de reduzir as possibilidades de ocorrência de surtos de transmissão de arboviroses”, assinala a superintendente.
Por sua vez a coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica da Regional de Montes Claros, Agna Soares da Silva Menezes explicou que atualmente os municípios de Porteirinha, Salinas e Josenópolis são os que apresentam alta incidência de transmissão de dengue, o que exige a aplicação de inseticida com utilização de veículo equipado com Ultra Baixo Volume (UBV). Neste ano os três municípios já notificaram 354 casos prováveis de dengue, com o índice de incidência ficando acima de 100 casos por 100 mil habitantes.
Além dos três municípios com alto índice de casos proáveis de dengue, outras localidades que até o momento apresentam maior quantidade de notificações são: Montes Claros (49); Bocaiúva (34); Janaúba (15); Padre Carvalho (13); Espinosa (12); Rubelita (11); Francisco Sá (9); Jaíba (8) e Santa Cruz de Salinas (7).
“É importante que os municípios mantenham o trabalho dos agentes de controle de endemias, levando em conta as orientações divulgadas pelo Ministério da Saúde tendo por base o cuidado para se evitar a transmissão do coronavírus”, frisou a coordenadora. Entre as orientações já repassadas aos municípios estão: não realizar atividades dentro dos domicílios; priorizar a realização de bloqueio do Aedes aegypti em áreas com intensa circulação do mosquito; estimular o autocuidado da população sobre as ações de remoção mecânica dos criadouros e adoção de outras medidas de prevenção e controle de doenças.
Em todas as situações em que houver a necessidade de tratamento de criadouros do Aedes aegypti o Ministério da Saúde orienta que os agentes de endemias devem utilizar luvas de látex e descartá-las após o término do trabalho. Além disso, as mãos devem ser higienizadas com água e sabão ou álcool à base de 70%. Adicionalmente os agentes deverão manter distanciamento mínimo de dois metros das pessoas presentes no domicílio e os municípios devem manter as atividades de controle vetorial nos pontos estratégicos e imóveis especiais.
Pactuações
Durante as videoconferências, os gestores aprovaram a pactuação das metas de consultas e procedimentos a serem cumpridas pelos Centros Estaduais de Atenção Especializada (CEAEs) sediados nos municípios de Salinas, Janaúba e Taiobeiras.
Os centros se constituem pontos de atenção microrregional com público alvo específico voltado para oferta de serviços de atenção especializada ambulatorial, destinados ao acolhimento de gestantes e crianças de risco; câncer de mama e colo do útero; usuários com hipertensão arterial sistêmica; diabetes e doença renal crônica de alto e muito alto grau de risco.
Por Pedro Ricardo
