Nos dias 27 e 28/02, o Comitê Regional de Prevenção às Arboviroses da Regional de Saúde de Divinópolis promoveu uma reunião técnica com as referências municipais de Mobilização Social da Macrorregião Oeste. O Encontro ocorreu no auditório da instituição e teve o objetivo de traçar os trabalhos educativos para o ano de 2020.

Crédito: Willian Pacheco

Conduzida por Hamilton Costa e Maria Gouret Silva, a Equipe de Educação em Saúde de Divinópolis existe há 21 anos. Durante este período, realizou diversos trabalhos. Na bagagem, levam peças teatrais, esquetes, maquetes, projetos como o Agente Mirim e teatro na Comunidade, além de produção de peças gráficas, charges e o livro “O Bruxo Radacupá” produzidas pela própria equipe. “Na época que criamos o grupo foi uma proposta inovadora. Éramos  vistos com  bastante desconfiança. Hoje, somos convidados pelas escolas, por outros municípios”, pontuou o Educador em Saúde, Hamilton Costa.

O município de Formiga também trouxe sua experiência em trabalhos de mobilização social.  André Luciano da Paixão é quem conduz os trabalhos de educação em Saúde há 8 anos no município.  Criou peças teatrais, dinâmicas, rodas de conversa para grupos de idosos, vistas educativas e palestras para parceiros no combate ao Aedes. “ É um desafio trabalhar com mobilização Social e educação em saúde, principalmente quando se trata de dengue, pois são diversos públicos e para cada um, uma linguagem e abordagem diferente”, frisou a referência de Mobilização Social, André Luciano. 

As experiências exitosas dos municípios de Divinópolis e Formiga são reforçadas pelo Superintende Regional de Saúde de Divinópolis, Alan Rodrigo da Silva, que trouxe a reflexão de que o não pode um produto químico ser a força da mobilização Social. Para isso, é preciso melhorar o potencial de mobilização Social com inovação. “A principal Força de trabalho para a mobilização social de vocês, não são vocês. São as pessoas. São elas que devem estar mobilizadas. Precisamos trabalhar com novos métodos de gestão. Aqui na Regional, temos buscado trabalhar com morte zero na questão das arboviroses”, destacou o Superintende.  

Como a Mobilização Social é uma estratégia de Comunicação, é fundamental que para mobilizar a sociedade use-se a mídia. Pensando nisso, as referências técnicas municipais de Mobilização Social foram submetidas a um treinamento de mídia (media traning). Quem o conduziu foi a servidora da Regional de Saúde de Divinópolis, Laura Aguais. Formada em jornalismo com atuação em TV e como professora universitária, a servidora da Área Temática de Vigilância em Saúde destacou que as arboviroses precisam estar pautadas na mídia diariamente.  Ela pontuou que os técnicos da saúde são geradores de notícia, organizadores de eventos, gerenciadores de conflitos e comunicadores de ações. “ A comunicação em saúde é de interesse de toda a sociedade. Para mobilizar a população e fazer com que ela faça a sua parte, é preciso mostrar as consequências da falta de prevenção, mostrar fatos”, ressaltou.

O Coordenador da Vigilância em Saúde, Edilberto Flávio dos Santos, apresentou a situação epidemiológica das doenças transmitidas pelo Aedes no Estado de Minas Gerais e Macrorregião Oeste. Pontuou também as reuniões semanais do Comitê, a visitas técnicas que a Regional tem realizado para monitorar e organizar os serviços de saúde para o controle do Aedes. “É necessário envolver todos no combate ao vetor e desenvolver os trabalhos educativos. É importante qualificar o nosso banco de dados para avaliar a situação epidemiológica”.

O Programa Saúde na Saúde na Escola (PSE) também foi pauta da reunião, uma vez que o programa preconiza ações de educação em saúde e mobilização social a serem realizadas nas escolas.  São 12 temas norteadores que a escola deve trabalhar durante o ano. “O nosso estilo de vida interfere na nossa saúde. Precisamos pensar como podemos fazer para buscarmos resultados diferentes. O PSE procura trabalhar com os nossos jovens. A mudança de hábito é de responsabilidade de toda sociedade e a escola conhece a comunidade, conhece a realidade local”, frisou a referência do programa, Agripina Fraga.

Oficinas de Palestras nos dias 22 e 23/04 e de confecções de fantoches nos dias 27 e 29/04 foram encaminhamentos feitos ao final da reunião.

Por Willian Pacheco