A Regional de Varginha promoveu, nos dias 21, 22 e 23 de outubro, em seu auditório, uma reunião técnica acerca da legislação referente à Talidomida, medicamento dispensado somente pela rede pública de saúde. A reunião se deu com o objetivo de alinhar a Vigilância da dispensação do medicamento pelas Unidades Públicas Dispensadoras de Talidomida (UPDTs). Profissionais da Assistência Farmacêutica, Atenção Primária, Vigilâncias Sanitária e Epidemiológica compuseram o público da reunião.

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Paulo Henrique Pazotti, Referência Técnica da Vigilância Sanitária da regional de Varginha, explanou a base legal da Talidomida aos presentes, enfatizando suas particularidades e alertando para a importância de se aumentar o número de UPDTs na região abrangida pela Regional de Varginha. “Atualmente, há 22 UPDTs na abrangência da regional; a meta é atingirmos 100% dos municípios com ao menos 1 Unidade vigente”, afirmou.

Além de detalhar pormenores da dispensação do medicamento, foi citada, na reunião, a RDC n 11/2011, que define os trâmites necessários para a dispensação do medicamento e o prazo de validade dos credenciamentos das Unidades, que é de 1 ano. Sobre o fluxo de acesso à Talidomida no SUS/MG, Patrícia Rodrigues, Coordenadora da Assistência Farmacêutica da regional de Varginha, ressaltou que é “obrigatória a realização no SiGAF do registro de toda movimentação da Talidomida”, e atentou para a importância da conscientização do usuário acerca da correta utilização do mesmo.

Luciana Santos, Referência da Vigilância Epidemiológica da regional, falou sobre a Talidomida como droga de escolha para tratamento de reações Hansênicas tipo 2 e sobre a orientação de se realizar acompanhamento de todos os casos de pacientes portadores de Hanseníase que utilizam o medicamento, especialmente as mulheres em idade fértil. “É importante que todos os profissionais de saúde estejam envolvidos e comprometidos na orientação do paciente que faz uso de Talidomida, e também de seus familiares”, afirmou Luciana, sendo complementada pela Referência Técnica da Atenção Primária, Luana de Sousa, que alertou para a necessidade de se “conhecer o seu território e a sua população, a fim de construir um vínculo e promover a responsabilização entre profissionais e usuários”.

Por Tânia Corrêa