Nesta segunda-feira (21/10), a Regional de Saúde de Ituiutaba realizou, em parceria com o Ministério Público, o “1º Seminário de Enfrentamento à Violência Sexual”. O evento contou com a participação de representantes dos municípios da região, do Ministério Público, conselheiros tutelares, Polícia Civil, Defensoria Pública, profissionais da Atenção Primária das unidades de saúde que compõem a rede assistencial da região, Secretários Municipais de Saúde e de Assistência Social, representantes do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), Conselho da Criança e Adolescente e Centro de Atenção Psicossocial.

IMG-20191021-WA0012 1

Para Valdimary Souza Santos, coordenadora do núcleo de epidemiologia da Regional de Saúde de Ituiutaba, o evento buscou esclarecer, entre outros pontos, o fluxo de atendimento às vítimas de violências de forma adequada, garantindo ações eficazes que visam impedir maiores danos à saúde destas vítimas. “Outro ponto importante é buscar, através destas ações, reduzir as subnotificações, além da melhora na completitude das fichas de notificação e, com isso, qualificar nosso banco de dados”, explica.

Já o diretor da Regional de Saúde, Rafael Mendes Ferreira da Luz, enfatizou a importância das parcerias intra e intersetoriais na consolidação do fluxo de assistência às vítimas de violência sexual e demais violências.

Durante o seminário foram abordados vários aspectos sobre o enfrentamento da violência contra a mulher, crianças, adolescentes, idosos, homossexuais e pessoas com deficiência. Segundo Isabella Cristina Borges, assistente social do município de Ituiutaba, no caso de violência contra crianças e adolescentes a notificação é obrigatória para o Conselho Tutelar, delegacias e Ministério Público, de acordo com o previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente. “A detecção dos casos de violência não é responsabilidade única da área da saúde, deve ser feita pela Polícia Militar. Nos casos conduzidos para o Hospital São José, referência no atendimento às vítimas de violência sexual da região, deve haver acompanhamento também da Polícia Militar e, em alguns casos, pela Polícia Civil”, disse.

A assistente social explicou, ainda, que deve haver um alinhamento entre as Polícias Militar e Civil, as UBS, CRAS, CREAS, Unidade Mista de Saúde, Conselhos Tutelares e escolas, para que sejam realizados todos os protocolos e notificações no atendimento das vítimas envolvendo as áreas jurídicas, as áreas da saúde e de assistência psicológica e social.

Por Elizeth Adad Guimarães