A Regional de Saúde de Unaí promoveu reunião, nesta sexta-feira (27/9), para discutir as estratégias e a viabilidade da implantação de Hospital de Câncer do Noroeste Mineiro. Participaram do encontro o diretor da Regional, José Juliano Espíndola; o presidente e a secretária executiva da Associação Noroeste Mineiro de Estudo e Combate ao Câncer (ANMECC), Belchior Luís de Melo e Silvone Rodrigues; o presidente do Conselho dos Secretários Municipais de Saúde (COSEMS) – seção Noroeste – Eder Bicalho e a coordenadora do Núcleo de Regulação da Regional de Saúde de Unaí, Leila Faria.

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A secretária executiva da ANMECC, Silvone Rodrigues, destacou a importância do futuro hospital do câncer para os pacientes da região. “Toda semana, 55 pessoas saem de Unaí e vão fazer tratamento em Barretos (SP), cidade que fica a 650 quilômetros de distância. Às vezes, elas deixam a cidade e ficam quatro dias longe de casa, só para fazer uma biopsia. O município de Unaí mantém em Barretos uma casa de apoio aos pacientes e familiares, que tem capacidade para acolher 40 pessoas. Em breve, teremos um hospital, em uma área construída de 3.100 m², que vai melhorar o atendimento dos pacientes com câncer e encurtar as distâncias”, explica Silvone.

A coordenadora do Núcleo de Regulação da Regional da Regional de Unaí, Leila Faria, mostrou por meio de um gráfico, as dificuldades no atendimento de pacientes em tratamento oncológico, encaminhados pela Regional de Saúde de Unaí. Segundo Leila, cirurgias, quimioterapias e radiologias são feitos nas cidades de Belo Horizonte, Brasília e Uberlândia. “Um hospital na cidade que faça um diagnóstico precoce é importante para elevar os índices de cura dos pacientes”, afirma a coordenadora.

O presidente do COSEMS, seção Noroeste de Minas, e secretário municipal de Saúde de Chapada Gaúcha, região Noroeste do estado, Eder Bicalho, conta com a viabilidade do hospital do câncer. “Esse encontro de hoje traz uma esperança de atender nossa população próxima de sua casa, e proporcionar conforto aos pacientes. Temos que buscar boas parcerias e implantar esse serviço com qualidade e a curto prazo. Os pacientes do meu município eram encaminhados para Montes Claros, e uma resolução mudou a questão do atendimento em oncologia. Hoje a cidade mais próxima para encaminhar os pacientes seria Patos de Minas, que fica à 500 quilômetros e depois as cidades de Belo Horizonte e Uberlândia. A importância maior desse hospital seria fechar o diagnóstico dos pacientes, que hoje ainda é demorado devido às longas distancias dos centros de tratamento em oncologia. Só conseguimos iniciar o tratamento após o diagnóstico e um hospital oncológico próximo melhoraria o atendimento e a eficiência do tratamento “, revela Eder.

Para o diretor da Regional de Saúde de Unaí, José Juliano Espindola, é importante que ANMECC esteja atenta na hora de implantação do hospital. “Esse primeiro encontro é importante para nortear, estabelecer diretrizes da implantação e do funcionamento do futuro Hospital de Câncer do Noroeste Mineiro. Temos que direcionar um estudo de viabilialidade, buscar parcerias e traçar estratégias para melhor atender os pacientes, diz o diretor”.

Por Antonio Maria Ferreira