O Sarampo é uma doença viral, infecciosa aguda, grave, transmissível, altamente contagiosa e comum na infância. A doença cursa inicialmente com febre, exantema (manchas avermelhadas que se distribuem de forma homogênea pelo corpo), sintomas respiratórios e oculares.

No quadro clínico clássico as manifestações incluem tosse, coriza, rinorréia (rinite aguda), conjuntivite (olhos avermelhados), fotofobia (aversão a luz) e manchas de koplik (pequenos pontos esbranquiçados presentes na mucosa oral). A evolução da doença pode originar complicações infecciosas como amigdalites (mais comum em adultos), otites (mais comum em crianças), sinusites, encefalites e pneumonia, que podem levar ao óbito. As complicações frequentemente acometem crianças desnutridas e menores de um ano de idade.

A transmissão ocorre de pessoa a pessoa por meio de secreções (ou aerossóis) presentes na fala, tosse, espirros ou até mesmo respiração. Na presença de pessoas não imunizadas ou que nunca apresentaram sarampo, a doença pode manter-se em níveis endêmicos, produzindo epidemias recorrentes.

Até o momento, não foram confirmados casos de sarampo no Estado.

Atualmente são 281 casos suspeitos notificados, sendo 146 casos descartados laboratorialmente e 135 que se encontram em processo de investigação, aguardando a pesquisa laboratorial para processamento das amostras pela Fundação Ezequiel Dias (Funed).

Das análises realizadas, até o momento, 04 pacientes apresentaram amostras soropositivas para anticorpos IgM em primeira coleta oportuna nos municípios de Nova Lima (02 casos), Passa Quatro (01 caso) e Poços de Caldas (01 caso, já descartado). Contudo, é necessária uma segunda amostra soropositiva para a confirmação da doença, além da pesquisa de outros diagnósticos diferenciais. As amostras em suspeita - após segunda coleta - são encaminhadas à FIOCRUZ - Fundação Oswaldo Cruz, que realiza as análises de isolamento viral do Sarampo. Das amostras supracitadas, 03 já foram encaminhadas para Fiocruz (Nova Lima e Passa Quatro), sendo ainda que 01 destas ainda aguarda a realização de diagnóstico diferencial pela FUNED - pois realizou vacinação em tempo inoportuno, depois dos primeiros sintomas e antes da segunda coleta da amostra (Nova Lima). Desta forma, até o presente momento, estes permanecem sob investigação epidemiológica.

Em Minas Gerais, a meta mínima recomendada para a Campanha Nacional de Vacinação contra sarampo (que inclui também caxumba e rubéola), que é de 95% foi alcançada, chegando a 97%. Considerando as faixas etárias de 1 ano, 2, 3 e 4 anos a Cobertura Vacinal alcançada foi de 94%, 97%, 99% e 97% respectivamente (Atualização em 20/09/2018 às 15:00h). O Total de doses aplicadas da vacina tríplice viral durante a Campanha foi de 995.432

Mais informações no Boletim.


» Clique aqui e acesse o Boletim Epidemiológico do Sarampo em Minas Gerais (atualizado em 24/09/2018).

» Clique aqui e acesse o Informe nº.23 - Ministério da Saúde, que aborda a situação do Sarampo no Brasil.

» Clique aqui e acesse o Boletim Epidemiológico nº. 36 OPAS, que aborda a doença nas Américas.

Por Jornalismo SES