Na segunda-feira (26/02), o Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais (CES-MG) discutiu, por meio de uma plenária, a atual situação financeira do Hospital e Maternidade Sofia Feldman, instituição hospitalar referência no Estado. A instituição encontra-se em crise financeira desde 2017, quando sua receita entrou em estado de déficit.

A receita média mensal do Hospital é de R$ 5 milhões e o custo de R$6 milhões e 500 mil por mês, gerando assim cerca de R$1,5 milhões de déficit. A este valor são acrescidos R$250 mil referente à parcela mensal para pagamento do adiantamento de receitas realizadas pela Prefeitura, em 2017, mais R$565 mil mensais de empréstimos bancários, ambos descontados da fonte pagadora, elevando o déficit total para R$2,3 milhões.

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Durante a plenária, também ficou definido que a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) irá liberar cerca de R$ 1 milhão e 300 mil para o hospital, até o final desta semana. Conforme já deliberado, esse recurso deverá ser destinado ao pagamento dos salários atrasados dos servidores da instituição. Ainda nesta terça-feira (27/02), às 14 horas, será realizada uma reunião no próprio hospital sobre a proposta de mudança de um novo formato de gestão. O Conselho Estadual de Saúde (CES-MG) irá enviar representantes para participar da discussão.

Na reunião de hoje, o documento que for apresentado ao Hospital Sofia Feldman, referente ao novo formato de gestão municipal, será encaminhado para o Conselho Estadual de Saúde para ser discutido nas câmaras técnicas e em conjunto com os movimentos sociais. De acordo com a Diretora de Redes Assistenciais da SES-MG, Cláudia Pequeno, "o modelo assistencial adotado pelo Sofia Feldman é centrado na mulher e no parto humanizado. O Sofia é referência para o Estado", afirmou Cláudia Pequeno.

O Hospital e Maternidade Sofia Feldman teve seu ambulatório fundado em 1978 e o hospital iniciou os atendimentos em 1982. Atualmente, a instituição atende 400 mil pessoas de Belo Horizonte e região metropolitana.

Com o total de 185 leitos, sendo 87 obstétricos, o hospital e maternidade ainda possui unidade de tratamento intensivo, unidade de cuidados intermediários neonatais, com atendimento de UTI Neonatal e mais 12 clínicas. “Precisamos lutar e nos unir pelas mulheres que irão entrar no Sofia e pelas crianças que irão nascer no Sofia. Tanto eles, quanto o hospital necessitam de apoio e proteção”, afirmou a enfermeira obstétrica e coordenadora do banco de leite humano do Hospital Sofia Feldman, Cintia Ribeiro.

Por Alessandra Maximiano