A Superintendência Regional de Saúde de Coronel Fabriciano, juntamente com os municípios da sua área de abrangência, está realizando, desde o dia 10/6, o combate ao vetor da febre de oropouche. A ação conta com profissionais do Ministério da Saúde (MS) e consiste em um treinamento de campo para o manejo ambiental integrado ou controle mecânico, além de aplicação de inseticida ou controle químico, visando eliminar os focos do mosquito maruim, também conhecido como mosquito pólvora, transmissor da doença.

Foram convocados para participar dos movimentos os Agentes de Combate às Endemias (ACEs), além dos coordenadores e supervisores de campo com perfil de multiplicador. Todos os municípios assistidos pela regional estão participando da ação, que vai até o dia 28/6. As ações ocorrem em cinco cidades: Joanésia, Caratinga, Coronel Fabriciano, Timóteo e Ipatinga.

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A referência técnica em arboviroses da Superintendência Regional de Saúde de Coronel Fabriciano, Micheli Moreira, revela que, em decorrência da identificação do vírus em regiões onde não haviam registrado casos anteriormente, as atividades de controle vetorial começaram a serem realizadas em municípios onde houve casos da doença, são eles: Coronel Fabriciano, Ipatinga, Joanésia, Marliéria e Timóteo.

Micheli Moreira observa que, “apesar de serem apenas cinco municípios na regional, todos os profissionais de combate às endemias de todos os 35 municípios estão nas ações de campo para o manejo integrado de vetores, com ênfase para a febre de oropouche”. A referência técnica acrescentou que, por meio de parceria, foi estabelecido como campo para aprendizado os municípios de Caratinga, Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo, que são os municípios polo das três regiões de saúde do território regional.

Após os trabalhos, será realizada uma reunião técnica com atualizações sobre as arboviroses, com ênfase na febre de oropouche, buscando contemplar os profissionais dos municípios.

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A referência técnica destacou outras ações que estão sendo realizadas com foco na arbovirose. “Para este momento, a regional conta com a colaboração da equipe do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) de Minas Gerais e do Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do Sistema Único de Saúde (EpiSUS), do Ministério da Saúde, para caracterizar os casos quanto aos aspectos clínicos e epidemiológicos da febre de oropouche”.

Micheli Moreira explicou também que a equipe da Coordenação Estadual de Vigilância das Arboviroses está contribuindo com a realização da capacitação de profissionais para o controle químico, com aplicação de inseticida residual intradomiciliar. Além disso, a equipe de Entomologia da Fundação Ezequiel Dias (Funed) e os profissionais de pesquisa entomológica do Núcleo de Vigilância Epidemiológica realizam a captura dos vetores (maruim ou mosquito-pólvora) para posterior detecção do vírus nesses insetos.

Por Gabriel Barroso (estagiário sob supervisão) / Fotos: Gabriel Barroso