De setembro a novembro de 2024, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) promove os Seminários Macrorregionais de Preparação para o Período Sazonal das Arboviroses de 2024/2025. Em Coronel Fabriciano, o evento foi realizado nos dias 1° e 2 de outubro.

O seminário reuniu profissionais da gestão, vigilância, assistência, mobilização e controle vetorial no primeiro dia. No segundo dia, estiveram presentes os médicos e enfermeiros da assistência.

Foto: Gabriel Barroso - SRS Coronel Fabriciano

A referência técnica em Arboviroses da Superintendência Regional de Saúde (SRS) Coronel Fabriciano, Micheli Moreira Egydio, ressaltou que o período chuvoso é de maior risco, diante da possibilidade de aumento de prováveis depósitos de água e locais ideais para a fêmea do Aedes depositar seus ovos. Ela citou duas questões que devem ser lembradas. “A primeira: a fêmea deposita seus ovos em vários locais ao mesmo tempo nas paredes de materiais que podem acumular água, e esses ovos ficam viáveis por mais de 400 dias, ou seja, ovos de 2023/2024 podem se tornar mosquitos nas chuvas de 2024/2025, quando do primeiro contato com água”, afirmou a referência. “Outra questão é que nunca devemos nos deixar de importar com as doenças transmitidas pelo Aedes, pois elas podem ocorrer em qualquer época do ano, já que vivemos em regiões quentes e depósitos de água estão sempre ao nosso redor, num prato de planta, poças de água de chuva, ralos, em vários outros lugares”, ressaltou.

Micheli reforçou que é por isso que a SES-MG, por meio da Regional de Saúde de Coronel Fabriciano, acompanha a ocorrência de casos semanalmente, mantém suas atividades de rotina de apoio aos municípios, e intensifica ações quando percebe alteração nos indicadores de saúde. “Com a colaboração da população e de toda sociedade, incluindo indústria, comércio, agronegócio e outros, esperamos reduzir a infestação do Aedes e, consequentemente. diminuir também o adoecimento da população com dengue, zika e chikungunya”, disse a referência. Micheli lembrou também da necessidade de proteção dos trabalhadores da área rural, com a redução de umidade, sombra e matéria orgânica, ambiente propício para proliferação do maruim, vetor responsável pela contaminação por febre oropouche. “Reforçando que os vírus e os mosquitos circulam todos ao mesmo tempo”, concluiu.

O II Seminário Regional de Arboviroses – Macro Vale do Aço é uma ação conjunta da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, por meio da SRS Coronel Fabriciano, Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (COSEMS-MG) e secretarias municipais de Saúde.

Por Gabriel Barroso / Estagiário sob supervisão