A Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Uberaba finalizou no dia 6/12 a primeira etapa da implementação da política de uso dos drones como estratégia complementar, no controle vetorial e enfrentamento às arboviroses (doenças como dengue, zika e chikungunya). A região deve receber R$1.468.549,37 como incentivo estadual. Nesta primeira etapa já foi repassado o total de R$734.274,69.
O primeiro voo com drone para mapeamento foi feito na região Triângulo do Sul em 6/11 e, exatamente um mês depois, o último dos 27 municípios recebeu a equipe da empresa AeroEngenharia contratada pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde do Alto Paranaíba (CISALP), para realização do voo.
Houve esforço conjunto por parte das equipes municipais de vigilância, empresa especializada no serviço, consórcio e Superintendência Regional de Saúde de Uberaba, para o mapeamento ser feito em tempo oportuno. A expectativa é que as informações produzidas possam ser base para ações preventivas efetivas, possibilitando diminuir a proliferação do mosquito Aedes aegypti e os casos de adoecimento.
O mapeamento feito com os drones possibilita a identificação de possíveis locais que possam acumular água e que são de difícil acesso para agentes municipais durante as visitas rotineiras. exemplos desses locais são caixas d’água destampadas, lajes e calhas com acúmulo de água, quintais com lixo acumulado, pneus e outros objetos sobre os telhados. Com o resultado do mapeamento, os agentes municipais podem visitar diretamente esses endereços, removendo os objetos ou fazendo o tratamento desses possíveis criadouros, além de orientar de forma mais assertiva aos moradores.
Dentre os 27 municípios da SRS Uberaba, Araxá e Uberaba, que têm mais de 100 mil habitantes, receberam o recurso estadual e fizeram contratos diretamente com a empresa prestadora de serviços. Os demais 25 municípios de menor porte foram atendidos por meio do Consórcio Cisalp, conforme previsto na Resolução Estadual 9035/2023.
A região deve receber incentivo estadual no valor e R$1.468.549,37. Já foram repassados nesta primeira etapa o montante de R$734.274,69.
No total já foram 1.898 hectares mapeados, sendo selecionadas as áreas de maior risco pelos próprios municípios. Com o uso dos drones foi possível identificar mais de 6.618 possíveis criadouros.
Após os voos, o município recebe as informações sobre locais com os pontos de potencial acúmulo de água (com endereços, coordenadas de localização e fotografias). A partir de então os agentes vão a campo para promover a remoção desses criadouros ou fazer o tratamento químico, se for o caso.
O uso dos drones é uma ação que deve ser somada às demais atividades rotineiras de controle e à maior conscientização da população para enfrentamento mais eficaz no próximo período sazonal das arboviroses (outubro de 2024 a maio de 2025.