A Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Pouso Alegre participou da oficina sobre a Estratégia de Microplanejamento e Vigilância para a Febre Amarela, promovida pelo Ministério da Saúde (MS) no período de 14 a 18/10. A oficina foi voltada para o combate e prevenção da doença, com foco nas áreas de Vigilância (Primatas/Vetores/Arboviroses), Atenção Primária à Saúde (APS) e Vigilância (Imunização). A estratégia do MS objetivou a intensificação das ações de vigilância e vacinação contra a febre amarela como preparação para o período sazonal da doença, visando a prevenção de casos humanos.
A oficina foi constituída por dois treinamentos simultâneos. O curso de vigilância de febre amarela, com ênfase na vigilância de primatas não-humanos, foi realizado no período de 14 e 18/10. A capacitação de profissionais no processo de microplanejamento das atividades de intensificação da vacinação nas ações de multivacinação para regiões afetadas nos estados de Minas Gerais e São Paulo ocorreu no período de 16 a 18/10.
"O treinamento foi muito importante para a formação de multiplicadores regionais e municipais na aplicação da metodologia de microplanejamento para intensificação da vacinação e no fortalecimento da vigilância da febre amarela (vigilâncias epidemiológica, entomológica e de primatas não-humanos) no território da SRS Pouso Alegre", pontuou a coordenadora do Nuvepi, Patrícia Coutinho Silva. Além de servidores do Nuvepi, participaram também da oficina integrantes da Atenção Primária à Saúde da SRS Pouso Alegre.
A servidora da coordenação geral de incorporação científica e imunização do Ministério da Saúde, Ana Catarina de Araújo, reforçou a importância da intensificação vacinal. ”É uma capacitação em que trabalhamos o entendimento da realidade local de modo a identificar as estratégias efetivas para esses municípios. Entre 4 a 16 de novembro, há uma necessidade dessa intensificação, porque em dezembro entramos no período de sazonalidade da febre amarela e essas pessoas precisam se vacinar antes, pois temos uma maior circulação do vírus”.
De acordo com Ana Catarina, essa capacitação teve como foco também o microplanejamento, não apenas para efetivar as ações de vacinação, mas também, em paralelo, para realizar uma capacitação da Vigilância Epidemiológica da Febre Amarela. “Com isso entendemos o comportamento e como vigiar essa doença de modo a combatê-la”, concluiu.
Entre os municípios da área de atuação da SRS Pouso Alegre, participaram da oficina representantes de Andradas, Caldas, Camanducaia, Ibitiúra de Minas, Inconfidentes, Ipuiuna, Itapeva, Jacutinga, Munhoz, Ouro Fino, Senador Amaral, Toledo, Bueno Brandão, Extrema, Monte Sião, Santa Rita de Caldas e Poços de Caldas
Febre amarela
A febre amarela é uma doença viral aguda, imunoprevenível, transmitida ao homem e a primatas não humanos (macacos), por meio da picada de mosquitos infectados. Possui dois ciclos de transmissão: silvestre (quando há transmissão em área rural ou de floresta) e urbano.
O vírus é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados e não há transmissão direta de pessoa a pessoa. Em áreas de mata, os principais vetores são os mosquitos Haemagogus e Sabethes. Já nas áreas urbanas, o vetor do vírus é o Aedes aegypti.
A maior frequência da febre amarela ocorre entre os meses de dezembro e maio, período com maior índice de chuvas, quando aumenta a proliferação do vetor, o que coincide ainda com maior atividade agrícola. A vacina é a principal ferramenta de prevenção e controle da febre amarela. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferta a vacina contra febre amarela para a população.
Desde abril de 2017, o Brasil adota o esquema vacinal de apenas uma dose durante toda a vida, sendo que a pessoa que recebeu uma dose da vacina antes de completar (5) cinco anos, está indicada a dose de reforço, independentemente da idade que tiver. Essa medida está de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).