A Gerência Regional de Saúde (GRS) de Itabira, por meio do Núcleo de Vigilância Epidemiológica, promoveu uma reunião virtual na terça-feira, 25/02, com os novos coordenadores e referências técnicas municipais de Vigilância Epidemiológica, que assumiram suas funções em 2025. O objetivo do encontro foi alinhar as ações rotineiras dos programas de saúde pública e fortalecer a continuidade das atividades, garantindo que as ações de prevenção e controle sejam executadas de maneira integrada e eficaz em todo o território da regional.

De acordo com Aline Graziele Fernandes Martins da Costa, coordenadora de Vigilância Epidemiológica, a reunião teve como foco o alinhamento das rotinas e ações dos programas, com ênfase na continuidade das atividades, especialmente em função da troca de gestão em alguns municípios. "Discutimos pontos essenciais, como o preenchimento de planilhas e formulários, as capacitações necessárias e as reuniões específicas de cada programa. Também destacamos a importância de manter contato direto com as referências técnicas em caso de emergências ou dúvidas sobre os programas", explicou Aline.

Foto: Flávio A. R. Samuel

Durante o encontro, foram abordadas as ações de vigilância em saúde, com ênfase na detecção e prevenção de doenças transmissíveis, agravos e fatores de risco à saúde, visando a promoção da saúde coletiva. A Vigilância Epidemiológica desempenha papel fundamental na coordenação das respostas estaduais e municipais às doenças de notificação compulsória, além de monitorar e divulgar informações essenciais para prevenção e controle. As áreas de atuação incluem imunização, HIV, doenças sexualmente transmissíveis, hepatites virais e zoonoses.

Fernanda Ferreira Soares Pires, referência técnica do Núcleo de Vigilância Epidemiológica da GRS Itabira, detalhou as ações rotineiras dos programas de tuberculose e hanseníase, destacando a importância da busca ativa por sintomáticos respiratórios e do preenchimento mensal de planilhas para o monitoramento de casos. "Discutimos a necessidade de acompanhamento dos contatos de pacientes com hanseníase e enfatizamos a implementação de testes rápidos como ferramenta facilitadora, sugerindo que os profissionais participem dos treinamentos oferecidos pela plataforma da Fiocruz para aprimorar seus conhecimentos", explicou Fernanda.

Isabella Teodoro, referência técnica em Doenças Transmissíveis da GRS Itabira, reforçou a importância do preenchimento correto e pontual da planilha semanal de notificação epidemiológica, que deve ser enviada toda segunda-feira, mesmo que não haja casos positivos. Ela alertou que a falta de preenchimento pode causar falhas no sistema e comprometer o monitoramento. Isabella também destacou a necessidade da busca ativa mensal para casos de paralisia flácida aguda e a obrigatoriedade de notificar surtos de covid-19 em até 24 horas, ressaltando a agilidade necessária para o controle da proliferação da doença.

Foto: Flávio A. R. Samuel

 

Kits de vacina

Quanto ao fornecimento de kits de vacinas, Isabella explicou que os municípios devem preencher um formulário de solicitação e verificar a disponibilidade dos kits antes de retirá-los, devido a problemas de estoque e à necessidade de racionamento. Ela reforçou a importância do planejamento mensal para garantir que os municípios com maior necessidade sejam atendidos de maneira eficiente e equitativa.

Em outro momento da reunião, Viviane Fortunato Almeida Santos, referência técnica em Sistemas de Informação em Saúde da GRS Itabira, detalhou os sistemas de monitoramento de saúde, incluindo o SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) e o SIM/SINASC (Sistema de Informações sobre Mortalidade e Nascidos Vivos). Viviane destacou a relevância do SINAN para a formulação e avaliação de políticas de saúde, auxiliando na coleta de dados sobre doenças e agravos de notificação, garantindo uma resposta mais eficaz às necessidades da população.

Os participantes reforçaram o compromisso com a continuidade e aprimoramento das ações de vigilância epidemiológica, destacando a importância da colaboração entre os municípios e a GRS Itabira, para garantir a eficiência no monitoramento e controle das doenças. A troca de informações, o cumprimento rigoroso das rotinas e a capacitação contínua, foram apontados como pilares fundamentais para o sucesso das políticas de saúde pública.

Por Flávio A. R. Samuel