TRANSMISSÃO | PREVENÇÃO COMBINADA | DIAGNÓSTICO E TESTAGEM | TRATAMENTO | PERGUNTAS E RESPOSTAS
O HIV/Aids é uma doença séria e afeta todo o mundo. Por isso, disseminar informações sobre a doença e sua forma de prevenção é muito importante. Por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), o Brasil é referência internacional no tratamento de HIV/Aids, disponibilizando tratamento (antirretroviral), bem como o acesso a testagem, ao preservativo (camisinha) e gel lubrificante.
QUAL A DIFERENÇA ENTRE HIV E AIDS:
Ter o HIV não é a mesma coisa que ter Aids. HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da Aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças.
Já a Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é o estágio mais avançado da doença causada pelo vírus HIV. Mais vulnerável, o organismo fica mais sujeito a diversos agravos - as chamadas infecções oportunistas - que vão de um simples resfriado a infecções mais graves como tuberculose ou câncer.
Atualmente é possível conviver com o vírus HIV e viver com qualidade de vida. Basta seguir o tratamento indicado e as recomendações da equipe de saúde.
A Prevenção Combinada é uma estratégia que faz uso de diferentes tipos de prevenção (biomédicas, comportamentais e estruturais) para diferentes tipos de pessoas, grupos sociais e comportamentos, mediante ações que levem em consideração suas necessidades e especificidades, e as formas de transmissão do vírus. Ou seja, você escolhe como quer se prevenir de acordo com o seu perfil e necessidades.
O símbolo da mandala apresenta algumas dessas estratégias, e representa a ideia de movimento e não hierarquização em relação às possibilidades de prevenção:
PRINCIPAIS FORMAS DE PREVENÇÃO:
- Use preservativo (masculino ou feminino) em todas as relações sexuais;
- Não compartilhe agulhas, seringas, canudos ou cachimbos;
- Fique atento ao uso de material esterilizado na aplicação de tatuagens e piercings;
- Realize o pré-natal, com exames regulares, durante a gestação;
- Verifique o uso de materiais esterilizados em clínicas odontológicas, manicures e barbearias;
- Evite o uso abusivo de álcool e outras drogas ilícitas. Elas podem alterar o nível de consciência do indivíduo e a capacidade de tomar decisões sobre a forma de se proteger.
IMPORTANTE: Preservativos masculinos e gel lubrificante estão à disposição, gratuitamente, dos cidadãos nas Unidades Básicas de Saúde, Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA/SAE), organizações de sociedade civil e outros serviços credenciados.
Prevenção durante o pré-natal:
Realize o pré-natal, com exames regulares, durante a gestação para prevenir a transmissão vertical. Durante a gestação e no parto, pode ocorrer a transmissão do HIV (vírus causador da aids), e também da sífilis e da hepatite B para o bebê. O HIV também pode ser transmitido durante a amamentação. Por isso, as gestantes e também suas parcerias sexuais, devem realizar os testes para HIV, sífilis e hepatites durante o pré-natal e no parto. O diagnóstico e o tratamento precoce podem garantir o nascimento saudável do bebê. Informe-se com um profissional de saúde sobre a testagem.
Prevenção com a PEP:
A Profilaxia Pós Exposição, ou PEP, é uma medida de prevenção de urgência à infecção pelo HIV, hepatites virais e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST), que consiste no uso de medicamentos para reduzir o risco de adquirir essas infecções. Deve ser utilizada após qualquer situação em que exista risco de contágio, tais como:
- Violência sexual;
- Relação sexual desprotegida (sem o uso de camisinha ou com rompimento da camisinha);
- Ou acidente ocupacional (com instrumentos perfurocortantes ou contato direto com material biológico).
Trata-se de uma urgência médica, que deve ser iniciada o mais rápido possível, preferencialmente nas primeiras duas horas após a exposição e no máximo em até 72 horas. A duração da PEP é de 28 dias e a pessoa deve ser acompanhada pela equipe de saúde.
Clique aqui para acessar a listagem dos serviços que ofertam a PEP.
Prevenção com a PrEP:
A Profilaxia Pré Exposição, ou PrEP, é um novo método de prevenção à infecção pelo HIV que consiste na tomada diária de um comprimido que impede que HIV infecte o organismo, antes de a pessoa ter contato com o vírus. Se você tomar PrEP diariamente, a medicação pode impedir que o HIV se estabeleça e se espalhe em seu corpo.
A PrEP só tem efeito se você tomar os comprimidos todos os dias. Caso contrário, pode não haver concentração suficiente do medicamento em sua corrente sanguínea para bloquear o vírus. A PrEP está disponível nos
Serviços de Atenção Especializada (SAE).
IMPORTANTE: A PrEP não protege de outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (tais como sífilis, clamídia e gonorreia) e, portanto, deve ser combinada com outras formas de prevenção, como a camisinha.
Vacina para Hepatite B e HPV:
O Ministério da Saúde recomenda que a vacina para hepatite B seja ofertada, salientando-se sua segurança, e alertando aos usuários que só haverá imunização após a realização das três doses preconizadas. A vacina do HPV é recomendada na rotina dos adolescentes de 9 a 14 anos.
Em Minas Gerais, o diagnóstico pode ser realizado através da sorologia anti-HIV e testes rápidos. Os testes rápidos são simples e práticos sendo realizados com a coleta de uma gota de sangue (polpa digital) ou com fluido oral, fornecendo o resultado em, no máximo, 30 minutos.
QUANDO TESTAR?
Os testes devem ser realizados com regularidade e sempre que o indivíduo tiver passado por uma situação de risco, como ter feito sexo sem camisinha. É muito importante que o diagnóstico seja feito em tempo oportuno.
No caso das gestantes e parcerias sexuais é importante que o teste seja realizado durante o pré-natal.
ONDE TESTAR?
Os testes estão disponíveis em todas as unidades básicas de saúde ou nos serviços ambulatoriais conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS). Os testes rápidos também estão disponíveis nos CTA/SAE.
No Brasil, todas as pessoas diagnosticadas com HIV recebem tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O tratamento traz vários benefícios:
- Diminui as complicações relacionadas às infecções pelo HIV;
- Reduz a transmissão do vírus;
- Melhora a qualidade de vida da pessoa;
- Diminui a mortalidade.
O tratamento também tem a finalidade de prevenir a transmissão do HIV. Isso porque os medicamentos antirretrovirais reduzem a quantidade de vírus circulante no corpo da pessoa vivendo com HIV, fazendo com que ela alcance a chamada “carga viral indetectável”. Pessoas que vivem com HIV com carga viral indetectável têm uma possibilidade insignificante de transmitir o vírus para outra pessoa em relações sexuais desprotegidas.
O uso regular e correto dos medicamentos antirretrovirais melhora a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV e reduz o número de internações e infecções por doenças oportunistas. Além disso, é importante seguir as recomendações médicas, comparecer às consultas, manter uma boa alimentação e praticar exercícios físicos.
OBTENÇÃO DE MEDICAMENTOS
O Estado de Minas Gerais, por meio do Ministério da Saúde, distribui os antirretrovirais, mensalmente, para as Unidades Dispensadora de Medicamentos (UDMs) dos CTA/SAE, e esses são distribuídos aos pacientes vivendo com Aids. Os antirretrovirais são medicamentos que combatem a multiplicação do vírus HIV e fortalecem o sistema imunológico. A adesão ao tratamento com os medicamentos reduz significativamente a mortalidade, o número de internações e infecções por doenças oportunistas, que aproveitam a fraqueza do sistema imunológico para atacar o organismo. Por isso, seu uso é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida de quem tem HIV.
É possível conviver com HIV e viver com qualidade de vida?
Sim. Basta seguir o tratamento indicado e as recomendações da equipe de saúde. Saber precocemente da infecção pelo HIV (testagem e diagnóstico) é fundamental para aumentar a qualidade e sobrevida da pessoa.
Como prevenir a transmissão do HIV durante a gestação?
Durante a gestação e parto pode ocorrer a transmissão do HIV (vírus causador da Aids), e também da sífilis e da hepatite B, da gestante para o bebê. O HIV também pode ser transmitido durante a amamentação. Por isso, as gestantes e também suas parcerias sexuais, devem realizar os testes para HIV, sífilis e hepatites durante o pré-natal e o parto. O diagnóstico e o tratamento precoce podem garantir o nascimento saudável do bebê. Informe-se com um profissional de saúde sobre a testagem.
Usar preservativo masculino, feminino e gel lubrificante são medidas eficazes para prevenção do HIV?
O preservativo é o método mais conhecido, acessível e eficaz para se prevenir do HIV e de uma série de outras infecções sexualmente transmissíveis. O gel lubrificante à base de água diminui o atrito no ato sexual, e a possibilidade de microlesões que funcionam como porta para o HIV.
Como é o diagnóstico para o HIV?
O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito a partir da coleta de sangue ou por fluido oral. No Brasil, temos os exames laboratoriais e os testes rápidos, que detectam os anticorpos contra o HIV em cerca de 30 minutos. Esses testes são realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nas unidades da rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA). É muito importante que o diagnóstico seja realizado em tempo oportuno para buscar tratamento no tempo certo, possibilitando ganho na qualidade de vida do indivíduo.
O que fazer se passei por uma situação de risco?
Se você passou por uma situação de risco, como ter feito sexo desprotegido ou compartilhado seringas, faça o teste de HIV. Caso a exposição sexual de risco tenha acontecido a menos de 72 horas, informe-se sobre a Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PEP).
O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito a partir da coleta de sangue ou por fluido oral. No Brasil, temos os exames laboratoriais e os testes rápidos, que detectam os anticorpos contra o HIV em cerca de 30 minutos. Esses testes são realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nas unidades da rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA).
O que é "redução de danos"?
As ações de redução de danos estão voltadas, principalmente, às pessoas que usam álcool e outras drogas, silicone líquido industrial e hormônios, e têm por objetivo evitar a transmissão, promover a melhoria da qualidade de vida e garantir o acesso à saúde.
As ações podem variar desde a oferta de insumos, de forma singularizada, para prevenir a transmissão sexual ou parenteral, por meio de intervenções comportamentais, até intervenções estruturais relacionadas à redução do estigma, de inequidades e de barreiras de acesso à saúde.
As pessoas que usam álcool e outras drogas, independente do padrão de uso, são uma população desproporcionalmente afetada pelas IST, pelo HIV/Aids e pelas hepatites virais; seja em relação ao risco de exposição sexual ou pelo compartilhamento de objetos para uso de drogas. Além disso, o uso de drogas é uma prática encontrada nas demais populações-chaves e prioritárias para o HIV, para outras IST e para as hepatites virais.