Na segunda-feira, 10/02, uma reunião técnica com os secretários de saúde dos municípios da área de atuação da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Coronel Fabriciano - além de coordenadores municipais de vigilância em saúde e vigilância epidemiológica - foi realizada para abordar os principais pontos sobre o primeiro sobrevoo dos drones para o monitoramento das áreas que estão sujeitas à proliferação do Aedes Aegypti. A reunião foi realizada no auditório do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Aço (CONSAÚDE), no bairro Bairro Santa Terezinha II, em Coronel Fabriciano.
A reunião abordou as melhores estratégias para utilizar a ferramenta da maneira mais eficiente possível. Renato Mafra, diretor operacional da área de engenharia do programa TechDengue, que atende 32 municípios da SRS Coronel Fabriciano, disse que no início é realizado o sobrevoo nas áreas prioritárias que cada município define. “O que são essas áreas prioritárias? São aqueles locais que os agentes municipais, os técnicos, já sabem que são locais onde o número de casos é muito grande”. O diretor explicou que os municípios, após análise do território, repassam as informações sobre estas áreas críticas para a empresa responsável pelo sobrevoo, que faz o mapeamento.
“Esse mapeamento volta para o nosso escritório, alimenta um sistema de inteligência artificial assistida, onde todo possível criadouro do mosquito é apontado, seja ele lixo, pneu, caixa d’água destampada e até piscina”, disse o diretor. “Então nós repassamos as informações para os municípios na forma de mapas, relatórios e planilhas de endereços, para que os agentes de endemias batam na porta certa, sabendo o que estão buscando”, completou. Segundo Renato, isso aumenta a capacidade de resposta do município e aumenta a efetividade das ações.
A referência técnica em Arboviroses da SRS Coronel Fabriciano, Micheli Moreira Egydio, ressalta que a incidência global da dengue aumentou consideravelmente nos últimos anos. Pelo menos metade da população mundial é suscetível à doença, segundo a referência. Como não há tratamento específico, é essencial a colaboração da população e de diversos setores da sociedade civil para o combate ao mosquito, principalmente reduzindo depósitos que podem acumular água.
A referência explicou que, como a forma mais eficaz de prevenção é o combate ao mosquito, algumas ações que a população deve tomar, pelo menos uma vez por semana, incluem:
•Verificar se a caixa d’água está bem tampada, usando tampas e telas.
•Deixar as lixeiras bem tampadas.
•Retirar os pratos de plantas.
•Recolher o lixo do quintal, acondicionar em saco e na lixeira e deixar para recolhimento nos dias que a limpeza urbana realiza a coleta.
•Limpar as calhas dos telhados.
•Cobrir piscinas.
•Tapar os ralos.
•Baixar as tampas dos vasos sanitários de banheiros pouco usados ou em casas fechadas.
•Limpar a bandeja externa da geladeira.
•Limpar e guardar as vasilhas dos animais.
•Limpar a bandeja coletora de água do ar-condicionado.
•Cobrir bem a cisterna.
•Cobrir bem todos os reservatórios de água.
Para reforçar a prevenção, algumas medidas podem ser tomadas no cuidado pessoal e com a família:
•Utilizar repelente.
•Cobrir a maior parte do corpo com roupas claras quando possível.
•Colocar telas em janelas e portas.
“O mosquito possui hábitos diurnos, sobretudo ao amanhecer e ao entardecer. Por isso, é importante reforçar as ações nesse período. Mas atenção: o mosquito é oportunista e pode picar à noite também, pois os ambientes estão iluminados”, completou Micheli.