O secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, recebeu na manhã desta terça (11/2), o Prêmio João Batista “O amigo da pessoa com doença falciforme”, concedido pela Associação de Pessoas com Doença Falciforme do Estado de Minas Gerais (Dreminas) como forma de homenagear as pessoas engajadas com a causa da doença no estado, propondo melhorias e avanços para diagnóstico, atendimento e tratamento. 

O prêmio foi entregue durante visita à sede Dreminas-MG, em Belo Horizonte, que também contou com a presença da presidente da Associação, Maria Zenó Soares, do diretor do Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico (Nupad), José Nélio Januário, da presidente da Fundação Hemominas, Júnia Cioffi, e do subsecretário de Atenção à Saúde do Município de Belo Horizonte, André Menezes, além de pacientes atendidos pela instituição. 

Fábio Baccheretti ressaltou que cada avanço no atendimento e acolhimento da pessoa com doença falciforme deve ser celebrado e agradeceu ao Hemominas e ao Nupad pela parceria a atuação direta nos diagnósticos e encaminhamento para as primeiras consultas com especialistas.

“Agradeço pela oportunidade que vocês me deram de conhecer mais a Dreminas e pela honra de receber esta homenagem. Muitas vezes, não dá tempo de comemorar nossas vitórias. Vocês me trouxeram muita alegria e me marcaram com tudo o que é feito pela Associação. Ver e ouvir os meninos que são atendidos aqui é o que faz valer a pena”, pontuou Baccheretti.

Foto: Rafael Mendes

A Dreminas realiza atendimentos diários aos pacientes diagnosticados com a doença falciforme e seus familiares, oferecendo serviços básicos de orientação sobre atendimento, encaminhamento médico, opções de tratamento, além de fornecer alimentação e abrigo àqueles que necessitam.  O Prêmio João Batista foi criado em 2012, por um dos fundadores da Associação, como forma de valorizar e enaltecer as pessoas engajadas com a saúde pública.

De acordo Maria Zenó Soares, presidente da Dreminas, são feitos, em média, cerca de 2 mil atendimentos mensais e o principal objetivo da instituição é fomentar as políticas públicas e trabalhar para proporcionar melhoria de qualidade de vida para os portadores da doença, além de atuar para tentar diminuir a mortalidade e a morbidade. 

“Desde 1981, atendemos pessoas com doença falciforme de todo o estado e seus familiares, somando aproximadamente 10 mil famílias e 80 mil pessoas. Do público atendido, 95% são negros, que é a população mais afetada pela doença, e 98% são beneficiários de programas como o Bolsa Família”, disse. 

“Somos avisados quando o paciente é encaminhado para a primeira consulta e fazemos o acolhimento dessa família, explicamos o processo e ajudamos a tirar as dúvidas. Além disso, oferecemos refeições como café da manhã e almoço”, explicou Zenó.

A doença falciforme é diagnosticada por meio de exames de sangue como o teste do pezinho, realizado nos primeiros dias de vida do bebê, pela eletroforese de hemoglobina e pelo exame do esfregaço periférico. 

O teste do pezinho é realizado gratuitamente em todas as Unidades Básicas de Saúde dos 853 municípios de Minas Gerais. O exame é feito a partir do sangue coletado do calcanhar do bebê. O material é encaminhado para processamento no Nupad e o resultado é disponibilizado no site da instituição. Caso haja alteração, o município de residência do paciente é acionado para que sejam agendados a primeira consulta e exames complementares para confirmação do diagnóstico.

Por Jornalismo SES-MG