Com o tema “Novos saberes, boas práticas em Saúde Mental”, foi realizado nesta terça-feira (23/01) o II Fórum Regional de Saúde Mental de Felixlândia, na região central do Estado de Minas Gerais. O evento reuniu profissionais de diversas áreas da Saúde, usuários das unidades municipais dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e familiares para a construção conjunta de políticas públicas de atendimento a pessoas em sofrimento metal e com transtornos mentais, incluindo dependentes de drogas e álcool. 

A iniciativa de construção conjunta que defende o tratamento autônomo e em liberdade das pessoas que acessam as unidades de atendimento dos Caps, foi enfatizado por Wandercléia de  Carvalho, supervisora clínica do Caps de Felixlândia. “Nesse tema, com o fórum, nós saímos mais fortalecidos em relação a reforma psiquiátrica, a luta antimanicomial e sempre com o pensamento do tratamento em liberdade, com o cuidado do território e com o cuidado junto aos familiares”. 

Regional de Saúde de Sete Lagoas integra Fórum de Saúde Mental em Felixlândia

Por tratar-se de uma unidade Regional de Saúde Mental, o Caps I de Felixlândia atua em conjunto com as equipes dos municípios de Morro da Garça, Presidente Juscelino e Inimutaba. O desenho escolhido para o evento foram pássaros saindo da gaiola que, junto com tema do fórum regional, buscou fomentar a ideia de liberdade que o estado de Minas Gerais carrega, inclusive, em sua bandeira. Ao som da canção “Balada do Louco” do grupo Os Mutantes, usuários dos Caps de Felixlândia embalaram a abertura do evento, que contou com palestras e oficinas temáticas.

Para Clarice Fonseca, referência técnica em Saúde Mental da Regional de Saúde de Sete Lagoas, faz-se imperativo o compromisso das gestões municipais e regionais com as políticas de Saúde Mental. “É necessário que haja um compromisso radical com a política de Saúde Mental antimanicomial, e que exista representatividade desses segmentos presentes no evento, (profissionais de saúde, usuários da rede e seus familiares) para a construção efetiva de uma rede intersetorial que promova a saúde integral e a vida plena, com autonomia e liberdade”, finalizou Fonseca.

Os Caps integram a Política Estadual de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas de Minas Gerais e atuam em âmbito municipal oferecendo atendimento psiquiátrico e psicológico, além de acolhimento de outros profissionais da Saúde, em especial da enfermagem. As unidades também realizam oficinas terapêuticas.  

 

Por Nayara Souza / Foto: Marcelo Fernandes dos Anjos