Na segunda-feira, 22/1, foi realizada uma reunião por videoconferência entre representantes da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Juiz de Fora, Corpo de Bombeiros Militar, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais (Sedese) e alguns municípios da área de abrangência da SRS Juiz de Fora para apresentar alguns procedimentos em caso de um desastre pela chuva.

Os municípios que participaram da reunião enfrentaram problemas com o período chuvoso, pelo menos alguma vez, nos últimos quatro anos. A diretora regional da Sedese, em Juiz de Fora, Elaine Moco, apresentou os procedimentos necessários para que um município afetado possa receber ajuda e recursos mais rapidamente.

“Em situações de adversidade o município precisa estar com todos os documentos técnicos alinhados. O primeiro passo é ter o decreto, e o preenchimento das informações necessárias, de forma antecipada, agiliza esse processo”, explicou a diretora regional da Sedese.

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O decreto facilita todo o processo de envio de ajuda e de recursos por parte dos órgãos públicos. Além disso, garante outra via de ajuda que é por meio da campanha “SOS Chuvas”, lançada em outubro de 2023, e que vai até 31 de março de 2024.

“A população atingida por situações de calamidade, nos municípios contemplados na campanha, recebem, por meio da Defesa Civil e Cruz Vermelha, cestas básicas, produtos de higiene pessoal, entre outros, conforme o orçamento”, complementou Elaine Moco.

Um dos municípios que sofreram com as chuvas recentemente foi Rio Preto. O município, localizado a cerca de 80 km de Juiz de Fora e com pouco mais de 5 mil habitantes, teve 70% do abastecimento de água comprometido por causa de uma forte chuva em novembro de 2023.

Além de Rio Preto, outros 16 municípios da área de abrangência sofreram com as chuvas no período entre 2022 e 2023. 

Lourenço Brazil, servidor do município de Mar de Espanha, reforçou a importância da articulação entre os diversos órgãos envolvidos. “A gente sofre quando acontece uma situação de calamidade. Espero que essa articulação garanta uma resposta rápida”, declarou. 

A coordenadora de Vigilância em Saúde da SRS Juiz de Fora, Schirley Santana Medeiros, destacou que a primeira medida do município é comunicar os órgãos públicos. “A partir do momento que a SES-MG tiver a informação de uma situação de calamidade, nós podemos já preparar notas técnicas, reforçar algumas informações e, se necessário, encaminhar uma equipe ao município”, observou a coordenadora.

O superintendente regional de saúde Renan Guimarães de Oliveira alertou para a importância, primeiramente, de uma articulação dos municípios. “É preciso um alinhamento no âmbito municipal. E, em nível estadual, ter um processo de trabalho vertical para chegar ao município. Isso aumenta a estrutura de informações e facilita uma tomada assertiva”, salientou Renan Guimarães.

Um formulário foi encaminhado pela Sedese aos municípios para que verifiquem e providenciem documentos pendentes. 

 

Por Jonathas Mendes