A equipe do Núcleo de Vigilância Epidemiológica (Nuvepi) da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Manhuaçu tem realizado diversas ações junto aos 34 municípios de abrangência da regional para a prevenção e controle da sífilis. As ações visam destacar a importância do diagnóstico e do tratamento adequado da sífilis, especialmente nas gestantes, durante o pré-natal, e incentivar a participação de profissionais e gestores de saúde em ações de diagnóstico, tratamento e acompanhamento de casos.

 “A superintendência tem mobilizado os 34 municípios para a produção de boletins informativos sobre a sífilis, além de campanhas para ampliação de testagem rápida para a população”, disse Ana Carolina Souza Abreu Guimarães, referência técnica do Programa de Sífilis da SRS Manhuaçu. Sobre as mobilizações, Ana Carolina Guimarães observou que elas fazem parte das ações propostas pelo Plano de Enfrentamento à Sífilis no Estado de Minas Gerais, que busca diminuir os altos índices de sífilis no estado e conscientizar gestores municipais e, principalmente, os profissionais da saúde sobre o problema de saúde pública que a sífilis representa.

 29.11.2023-Arquivo Agencia Brasil

“Por representar um grave problema de saúde pública, não somente no país e no estado, como também nas cidades pertencentes à SRS Manhuaçu, é necessário que os gestores municipais e os profissionais de saúde reconheçam seu papel no planejamento das ações de promoção e prevenção da sífilis”, destacou o superintendente regional de Saúde de Manhuaçu, Victor Carvalho Vieira. segundo ele, esta ação possibilita que a cadeia de transmissão da doença seja quebrada.

 

Sobre a sífilis

 Os primeiros sintomas da doença são pequenas feridas nos órgãos sexuais e caroços nas virilhas (ínguas), que surgem entre 7 e 20 dias após o sexo desprotegido com alguém infectado. A ferida e as ínguas não doem, não coçam, não ardem e não apresentam pus. Mesmo sem tratamento, essas feridas podem desaparecer sem deixar cicatriz. Mas a pessoa continua doente e a doença se desenvolve. Ao alcançar um certo estágio, podem surgir manchas em várias partes do corpo (inclusive mãos e pés) e queda dos cabelos.

 Todas as pessoas sexualmente ativas devem realizar o teste para diagnosticar a sífilis, principalmente as gestantes, pois a sífilis congênita pode causar aborto, má formação do feto e até a morte ao nascer. O teste deve ser feito na primeira consulta do pré-natal, no terceiro trimestre da gestação e no momento do parto (independentemente de exames anteriores). O cuidado também deve ser especial durante o parto para evitar sequelas para o bebê, como cegueira, surdez e deficiência mental.

 Entre os meses de outubro a novembro, a SRS Manhuaçu mobilizou os 34 municípios do seu território para a produção de boletins informativos a respeito da sífilis, além de campanhas para ampliação de testagem rápida para a população. As mobilizações fazem parte das ações propostas pelo Plano de Enfrentamento à Sífilis no Estado de Minas Gerais, que visa não somente diminuir os altos índices de sífilis no estado, como também a conscientização de gestores municipais e, principalmente, profissionais da saúde, sobre o problema de saúde pública que a sífilis representa.

 Os casos notificados de sífilis adquirida, sífilis em gestante e sífilis congênita, na área de abrangência da SRS Manhuaçu, têm feito com que a equipe da Coordenação de Vigilância dispare alertas aos técnicos dos municípios. Na figura abaixo é possível verificar os números de notificações nos últimos anos.

Casos Notificados de Sífilis Adquirida, em Gestante e Congênita, SRS Manhuaçu, 2018 a 2023.

29.11.2023-Manhuaçu-Sífilis

 

Fonte: SINAN Regional- dados atualizados em 29/11/2023.

 

 

Por Antonio Rodrigues / Foto: Divulgação Arquivo Agencia Brasil