Com o objetivo de avaliar as ações de imunização nos municípios e cumprir meta do Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG 2020-2023) do estado de Minas Gerais, a Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Passos realizou a supervisão das salas de vacinas em sua área de abrangência. O trabalho da SRS Passos, através do Núcleo de Vigilância Epidemiológica (Nuvepi), superou a meta estipulada para a ação no PPAG 2020-2023, que era de 21 municípios, alcançando todos os 27 territórios da área abrangida.

Segundo a superintendente Regional de Saúde de Passos, Kátia Rita Gonçalves, os estudos referentes à supervisão em sala de vacinas, principalmente no que se refere ao processo de trabalho, é uma importante ferramenta para conhecer como são realizadas as atividades em sala de vacina, em especial no que se refere à qualidade dos imunobiológicos disponibilizados à população.

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“Com essa premissa, a referência técnica em imunização do Nuvepi iniciou as ações de supervisão das salas de vacinas. Ao serem sistematizados, os resultados permitirão identificar as demandas de capacitações dos profissionais”, explicou Kátia Gonçalves. A superintendente observou ainda que “a equipe de enfermagem será qualificada e potencializada, identificaremos também os pontos fortes e frágeis do processo de trabalho em sala de vacina, tendo em vista a importância da vacinação na prevenção e controle de diversas doenças infecciosas”.

Na SRS Passos, a supervisão nas salas de vacinas dos 27 municípios foi executada pela referência técnica em imunização, Sueli Veloso Maia. Foram supervisionadas 38 unidades porque os municípios de Passos, Nova Resende e Pimenta possuem mais de uma sala. Para esse trabalho, Sueli Veloso utilizou o Instrumento de Supervisão Técnica em Sala de Vacina de Minas Gerais, que é um manual padronizado e seguido por todas as unidades regionais de saúde e aplicado nos 853 municípios.

“Ao término da supervisão em todas as salas de vacinação de cada município, é realizado um relatório constando as situações que não atendem às normas preconizadas pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que fazem parte do Ministério da Saúde (MS)”, explica Sueli Veloso.

Por meio da supervisão, é possível identificar condições positivas e negativas das salas de vacinas, que podem influenciar nas coberturas vacinais preconizadas pelo PNI. Nos municípios da SRS Passos, foram identificados aspectos positivos, como a atuação dos vacinadores quanto aos procedimentos envolvendo a vacinação, que são acolhimento, triagem e aplicação do imunizante.

Conhecimentos e cuidados com a rede frio, com monitoramento da temperatura, acondicionamento e manipulação dos imunobiológicos, também foram aspectos positivos identificados pela supervisão.

Por outro lado, requerem melhorias e readequações por parte de alguns municípios a área física onde está instalada a rede frio, a sala de triagem para acolhimento da pessoa a ser vacinada, a sala onde a vacina será aplicada e o almoxarifado onde serão armazenados os insumos, segundo aponta Sueli Veloso.

A Sueli Veloso esclarece que “ter uma área física adequada é fundamental para promover a garantia da qualidade dos imunobiológicos adquiridos e ofertados à população pelo Ministério da Saúde”. A referência técnica explica que “os usuários que procuram esses locais são pessoas saudáveis, em busca da vacina para a preservação de sua saúde. Por este motivo, os locais devem estar de acordo com as normas preconizadas pelo Ministério da Saúde, por meio do PNI e da Anvisa”. 

Por Enio Modesto