Com o objetivo de debater com equipes multidisciplinares a importância do cuidado qualificado e humanizado com os recém-nascidos e seus familiares, será realizado II Simpósio da Prematuridade na quarta-feira, 29 de novembro, no Hospital Universitário Clemente de Faria (HUCF), administrado pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). O evento faz parte da campanha Novembro Roxo, voltada para a sensibilização sobre a prematuridade que pode ocasionar implicações ao recém-nascido. 

O simpósio acontecerá no período de 8h às 12 horas, envolvendo profissionais da área da saúde, acadêmicos e professores. “A proposta visa reforçar a conscientização da população sobre os cuidados e prevenção do parto prematuro”, explica a coordenadora de enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva (UTI Neonatal) do HUCF, Cássia Oliva.

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São considerados partos prematuros quando um bebê nasce antes de completar 37 semanas de gestação. Entretanto, a prematuridade é classificada de acordo com o tempo em que o bebê permanece no útero. Desse modo, são considerados prematuros extremos bebês que nascem antes das 28 semanas (seis meses); muito prematuros os que nascem entre 28 e 31 semanas (sete meses) e os prematuros moderados que são aqueles que nascem entre 32 e 36 semanas de gestação (oito meses).

No dia 17 de novembro foi comemorado o Dia Mundial da Prematuridade. A data foi escolhida por ter um significado especial para um dos fundadores da European Foundation for the Care of Newborn Infants (EFCNI) que, após a morte de seus trigêmeos prematuros, tornou-se pai de uma filha nascida em 17 de novembro de 2008. 

O roxo simboliza sensibilidade e individualidade, características que são muito peculiares aos prematuros. A cor também significa transmutação, ou seja, mudança, transformação.

Segundo o Ministério da Saúde (MS), no Brasil, cerca de 340 mil bebês nascem prematuros todo ano, equivalente a seis ocorrências a cada dez minutos. A prematuridade pode ocasionar implicações ao recém-nascido, entre elas, problemas pulmonares; deficiências motoras; infecções respiratórias crônicas; doenças cardiovasculares; diabetes e possibilidade de ter problemas de aprendizagem ou comportamentais.

Para a Organização Mundial da Saúde (OMS) algumas recomendações melhoram os índices de sobrevivência e a saúde de bebês nascidos precocemente. O contato pele a pele com a mãe ou uma cuidadora, chamada de mãe canguru, deve começar imediatamente após o nascimento, sem separação ou período em incubadora. Esse método resulta em benefícios significativos para a saúde das mães e dos bebês prematuros que permanecem próximos. 

Por Pedro Ricardo