A Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros conclui nesta sexta-feira, 24, a realização da sexta oficina da terceira onda de implantação do Projeto Estratégico Saúde em Rede, envolvendo 17 municípios que integram as microrregiões de Saúde de Montes Claros, Francisco Sá, Janaúba/Monte Azul. Neste último encontro de 2023, iniciado na quinta-feira, em Montes Claros e Janaúba, as referências técnicas dos municípios que atuam como tutores da implantação do projeto nas localidades onde atuam, estão analisando o sistema de agendamento de pacientes nas Unidades de Atenção Primária à Saúde (UAPS), a oferta de ações e serviços e as estratégias de implantação do Modelo do Ciclo de Atenção Contínua em Minas Gerais.  

 O Projeto Saúde em Rede, coordenado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), com participação da Escola de Saúde Pública de Minas Gerais (ESP-MG), foi iniciado em 2019, no Vale do Jequitinhonha, e tem o objetivo de formar tutores que estão atuando junto com os municípios na estruturação das redes de atenção à saúde. A proposta é transformar o atual modelo hierárquico, que tem os hospitais como centros dos atendimentos, para dar lugar à gestão integrativa da saúde. Nesse novo modelo, os serviços de atenção primária passarão a ser os ordenadores dos cuidados em saúde, com atuação conjunta com as unidades de atenção especializada.

23.11.2023-Montes-Claros-OFICINA SAUDE EM REDE

A referência técnica da Coordenadoria de Atenção à Saúde da SRS Montes Claros, Denise Maria Lúcio da Silveira, explica que “a melhor organização da agenda de uma UAPS está relacionada com o acesso dos usuários às ações e aos serviços ofertados pelos municípios. O modelo avançado é uma opção, tendo como premissa principal possibilitar que o atendimento do usuário seja realizado no mesmo dia em que ele se apresentou à unidade de saúde ou em uma agenda futura bem próxima”. 

O processo de organização da agenda da unidade baseado no acesso avançado envolve uma série de mudanças, entre elas, o aumento da capacidade de oferta das equipes; a redução do acúmulo de atendimentos atrasados e a otimização dos fluxos. 

Por isso, observa Denise Silveira, “o modelo avançado também possui desafios, visto que a sua implantação exige intervalo mínimo de três meses, bem como mudanças estruturais para adequar a capacidade dos serviços às demandas populacionais. Além disso, o modelo de acesso avançado exige o comprometimento da equipe clínica e administrativa; compartilhamento de responsabilidades e garantia de agenda protegida para educação permanente em saúde dos profissionais”.

Em Montes Claros, a sexta oficina do Projeto Saúde em Rede está sendo realizada no auditório do Consórcio Intermunicipal Multifinalitário da Área Mineira da Sudene (Cimams), com a participação das referências técnicas da SES-MG, Ana Luíza Pauferro, Denise Silveira, Ludmila Ferraz e Juliane Damasceno, além da participação da apoiadora da Escola de Saúde Pública de Minas Gerais, Alice Werneck Massote. Em Janaúba, as oficinas estão sendo conduzidas pelas referências técnicas da SES-MG, Eusane Ferreira Fonseca, Patrícia Lima Magalhães, Graciele Helena Fernandes Silva e Sarah Beatriz Silva. 

Por Pedro Ricardo / Foto: Denise Silveira