O Portal DigiSUS tem como objetivo auxiliar gestores federais, estaduais e municipais no planejamento e gestão do Sistema Único de Saúde (SUS). Com foco nos instrumentos de gestão e DigiSUS, a Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Divinópolis, juntamente com o Colegiado de Secretários Municipais de Saúde Minas Gerais (Cosems-MG) e Ministério da Saúde (MS), realizou, nos dias 20 e 21 de novembro, a oficina de capacitação de gestores e técnicos de saúde para os 53 municípios da macrorregião de Saúde Oeste. O treinamento ocorreu na Universidade Federal de São João del-Rei, no Campus Divinópolis.
No dia 20/11, participaram os municípios das microrregiões de saúde Pará de Minas/Nova Serrana, Bom Despacho, Formiga e Itaúna. Em 21/11, participaram os municípios das microrregiões de saúde de Divinópolis, Campo Belo, Lagoa da Prata/Santo Antônio do Monte e Oliveira/Santo Antônio do Amparo.
Sobre o DigiSUS
O Portal DigiSUS Gestor-Módulo planejamento (DGMP) é mantido pelo Ministério da Saúde e tem como objetivo auxiliar gestores federais, estaduais e municipais no planejamento e gestão do Sistema Único de Saúde (SUS). O módulo gestor permite aos profissionais fazer a gestão dos indicadores de saúde que são considerados prioritários para cada instância de gestão do SUS. Como forma de orientá-los, a plataforma oferece acesso a painéis e gráficos para auxiliá-los no processo de planejamento ascendente. Ou seja, do ente municipal para federal.
É no DGMP que secretários de saúde irão inserir os registros dos dados dos Planos de Saúde (PS), Programação Anual de Saúde (PAS), a elaboração e o envio do Relatório Detalhado do Quadrimestre Anterior (RDQA) e do Relatório Anual de Gestão (RAG) a serem apreciados pelos conselhos de saúde.
Instrumentos de gestão
Para a referência da Assessoria de Governança Regional (AGR) da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Divinópolis, Marine Tavares, os instrumentos de gestão são importantes mecanismos de planejamento que colaboram para consolidar o Sistema Único de Saúde. Ela ressalta que os instrumentos de gestão são definidos por legislações e a elaboração, monitoramento, avaliação das ações de saúde pelos gestores e órgãos de controle, como os Conselhos Municipais, condicionam a transferência de recursos federais para os estados e municípios, bem como dos estados para os municípios.
A referência da AGR destaca ainda que, quando elaborados de forma criteriosa, esses instrumentos possibilitam uma análise detalhada das condições de saúde no território, o que permite a priorização de ações, de acordo com as necessidades identificadas, contribuindo ainda para uma gestão participativa, tornando-a mais transparente, eficiente e eficaz.
“Essa oficina foi uma oportunidade de reafirmar o compromisso com a evolução contínua e a disseminação do conhecimento para trabalhadores e conselheiros da macrorregião de Saúde Oeste atuantes no SUS. O impacto desse compromisso tem potencial de refletir diretamente na qualidade dos serviços prestados à população”, detalhou a referência da AGR.
O auditor chefe da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) Alex Rodrigues do Nascimento, salienta que a elaboração dos Instrumentos de Gestão segue normativas que precisam ser observadas pelos gestores. Sendo que estes critérios mínimos são observados também por meio de auditorias no SUS. Além disso, trouxe a auditoria, municipal, estadual e federal como um parceiro para melhoria contínua do SUS.
“Em uma auditoria, uma das primeiras coisas que verificamos é se os instrumentos de gestão estão de acordo com a legislação, justamente para verificar se o planejamento contempla os princípios do SUS. Analisamos também se o município cumpriu o prazo para entrega destes planos para aprovação do conselho e se estes encontram-se aprovados pelos membros do conselho”, comentou o auditor chefe.
A coordenadora administrativa do município de Bom Despacho, Joyce Aparecida Inácio Rodrigues, frisou que um bom planejamento contribui para um melhor gerenciamento dos recursos destinados à saúde, para que o município possa entregar bons serviços à população. ”Com planejamento, é possível alcançar melhores resultados, uma vez que é analisada a realidade do território e, consequentemente, as necessidades dos usuários do SUS”, ponderou a coordenadora administrativa.
Por Willian Pacheco / Fotos: Willian Pacheco e Marine Tavares
