Representantes dos 39 municípios da Unidade Regional de Saúde de Belo Horizonte (URS-BH) estiveram presentes na capacitação realizada pela coordenação de Vigilância em Saúde da Regional sobre Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA) entre 19 e 21 de setembro. Com população superior a 5 milhões de habitantes, cerca de 130 profissionais estiveram, diariamente, no evento para debater prevenção e ocorrência de surtos decorrentes de DTHA. 

De acordo com a também referência técnica regional da epidemiologia e organizadora do evento, Dinamara Barreto dos Santos, o evento foi um sucesso tendo em vista a diversidade de temáticas tratadas de importância na investigação dos surtos de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar. “A expressiva participação dos municípios e a troca de experiências permitiram momentos ricos de discussão. Esperamos que os participantes sejam multiplicadores nos municípios e sensibilizem os parceiros para as ações necessárias para minimizar os riscos à saúde da população em relação aos surtos”.

22.09.2023.BH evento saude

O coordenador da Vigilância em Saúde da URS-BH, Francisco Lemos, destacou o trabalho conjunto das vigilâncias. “É um evento realmente de vigilância em saúde com interface e troca de compartilhamento de conhecimentos entre as Vigilâncias Sanitária, Epidemiológica e em Saúde Ambiental”.  De acordo com Lemos, esse trabalho conjunto fortalece a vigilância em saúde. A referência técnica regional na área de alimentos da vigilância sanitária e organizador do evento, Milton Cosme Ribeiro, “O evento pode contribuir para capacitar tanto em boas práticas nos estabelecimentos de serviços de alimentação quanto no processo de investigação de surtos alimentares. As ações a serem executadas frente às ocorrências de surto de DTHA são importantes para proteger a população de adoecimentos e evitar mortes preveníveis”. Outra expectativa gerada pelo evento é a contribuição para reduzir a subnotificação dessas doenças e a melhoria da qualidade dos alimentos produzidos no estado, aponta Ribeiro. 

Para a chefe do departamento de Vigilância Epidemiológica de Ouro Preto, Maria das Mercês  Santos André de Melo, “o evento foi de grande importância. Temos que saber o trâmite, a quem recorrer. É de grande utilidade tanto para profissionais que estão há muito tempo quanto para novatos”. Melo exemplifica a complexidade de situações vivenciadas na microrregião.  Fazemos parte de micro a grandes mineradoras. Então, ocorrem situações complexas. Por exemplo, se ocorre um surto em que a fábrica funciona em Ouro Preto, alimentos produzidos em Itabirito e atendimento em Mariana. Como proceder? O trabalho conjunto é fundamental”.  

Com participação de representantes do nível central da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), da Fundação Ezequiel Dias (FUNED), da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte e do Conselho Regional de Nutricionista da 9ª Região, foram abordados temas como legislação sanitária para boas práticas em serviços de alimentação, estrutura física de serviços de alimentação, vigilância e investigação de surtos alimentares, coleta e fluxo laboratorial para análises de amostras clínicas e bromatológicas, entre outros.

Por Leandro Heringer