O enfrentamento ao Aedes aegypti é uma prioridade na região de Belo Horizonte. O mosquito, transmissor de doenças como dengue, chikungunya, zika e febre amarela, adapta-se facilmente e ultrapassa limites municipais, tornando necessária a cooperação entre cidades. A capital mineira, com mais de 2,5 milhões de habitantes, faz divisa com Brumadinho, Contagem, Ibirité, Nova Lima, Ribeirão das Neves, Santa Luzia, Sabará e Vespasiano.
Para fortalecer o enfrentamento às arboviroses, a Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Belo Horizonte promoveu uma reunião no dia 17/12. Participaram representantes de zoonoses e vigilância epidemiológica da capital e dos municípios vizinhos, além de Betim. Coordenador de Vigilância em Saúde da SRS BH, Francisco Lemos, salienta os desafios de um trabalho de controle vetorial e de vigilância em áreas densamente povoadas e conurbadas (quando uma cidade ultrapassa seus limites municipais por causa do seu crescimento e, com isso, encontra-se com cidades dos municípios vizinhos).
“A integração e o conhecimento das atividades realizadas nessas cidades, além da adoção de boas práticas, são essenciais para proteger a população contra as arboviroses. A SRS BH segue trabalhando para fortalecer a prevenção, capacitar agentes e implementar estratégias eficientes de combate ao Aedes aegypti”, disse.
Referência técnica de zoonoses de Belo Horizonte, Carla Cristiana Teixeira da Silva, falou sobre a importância do encontro com representantes de municípios vizinhos, o que leva a uma melhor organização de estratégias de enfrentamento das arboviroses para o próximo período sazonal. “Ouvir os colegas traz para a gente um novo olhar para as áreas de limite”.
De acordo com Vivian Jordânia da Silva, supervisora de campo de Sabará, enfatizou a importância de compartilhar ideias. “A capital é uma referência e nos inspira a aprimorar as visitas de controle da dengue”. Já a enfermeira do núcleo de formação em saúde da Vigilância Epidemiológica de Ribeirão das Neves, Daniela Moreira, afirmou que o encontro permitiu avaliar estratégias conjuntas e obter um panorama mais amplo da situação.
Segundo o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), publicado em 16/12, os 39 municípios da SRS BH registraram, em 2024, 454 mil casos confirmados de dengue e 26.280 de chikungunya. Esses dados reforçam a necessidade de esforços coordenados para conter o avanço do mosquito.