Para monitorar a qualidade do atendimento do SAMU 192 no Triângulo Norte, o Comitê de Urgência e Emergência criou uma comissão nesta quinta-feira (28/06). Formada pela Secretaria de Estado de Saúde (Unidades Regionais de Uberlândia e de Ituiutaba), pelo Cistri, consórcio de municípios que irá operacionalizar o serviço móvel de urgência e emergência, pela Secretaria de Saúde de Uberlândia e pelo Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC – UFU), a comissão irá se reunir semanalmente às terças-feiras.
O principal objetivo da Comissão é melhorar a qualidade dos serviços do SAMU que serão prestados à população, explicou a coordenadora da comissão e da regulação da Regional de Saúde de Uberlândia, Julia Vieira.
“Iremos monitorar todas as atividades desenvolvidas pelo SAMU nas cidades onde ele for implantado para que possamos, no decorrer do tempo, fazer os principais ajustes, tanto referente às portas de entrada (dos serviços de saúde que irão receber os pacientes), quanto aos encaminhamentos ou outras dificuldades que possam ocorrer neste processo”, afirmou Julia Vieira.
A comissão foi criada para monitorar as taxas de ocupação de leitos clínicos, os de UTI e de referência. Irá acompanhar também as escalas diárias de profissionais médicos que irão atender nas urgências e emergências; o devido funcionamento dos serviços de atendimento 24 horas em sete dias da semana; a adequação do acolhimento com classificação de risco que deve ser registrada em sistema de informação e as possíveis inconformidades e resistência no atendimento pelas redes de assistências às demandas encaminhadas pelo SAMU e pela regulação de leitos estadual.
A implantação do serviço do SAMU é complexa, apontou Gustavo Tannús, presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde da região do Triângulo Norte (COSEMS) e secretário de saúde de Monte Alegre de Minas.
“Como o serviço é de uma magnitude ampla, com certeza irão surgir alguns problemas e o papel da Comissão será importante, pois é no fórum oficial onde esses problemas serão discutidos com várias instituições para que se possa buscar soluções para evitar que um problema de hoje não volte a se repetir numa próxima vez”, explica Gustavo Tannús.
A comissão irá acompanhar o desempenho das instituições e poderá realizar visita, notificar e advertir. No caso de instituições que prestem serviços às prefeituras, a comissão pode recomendar aos secretários de saúde que tomem as providências cabíveis de acordo com os respectivos contratos de prestação de serviços. “Vamos acompanhar o que foi pactuado na grande de referência, onde foi definida a responsabilidade de cada ponto de assistência à saúde”, reforçou a coordenadora da comissão que garantiu que a organização e qualidade do SAMU será diariamente monitorada.
Início das operações do SAMU 192
A partir das sete horas da manhã no dia 03/07, o número 192 já estará disponível para que as 612 mil pessoas das 26 cidades da região possam acionar o serviço móvel de urgência e emergência. Serão atendidos pacientes que sofrerem acidentes com traumas e fratura, tiverem quadros de problemas cardiorrespiratórios, crises convulsivas, surtos psiquiátricos, trabalho de parto com riscos à mãe ou filho, queimaduras graves, intoxicação, envenenamento, sangramentos, hemorragias e ocorrência de maus tratos.
Os pacientes serão estabilizados pela equipe do SAMU 192 e, quando necessário, serão regulados e levados pelas ambulâncias para um dos 183 pontos de atendimento da Rede de Urgência e Emergência, que é constituída por um hospital de alta complexidade; 19 hospitais de média complexidade, uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA); 17 unidades de saúde (pronto socorro, centro de saúde e pronto atendimento); 12 unidades de saúde mental e 134 unidades básicas de saúde.
Por Priscila Fujiwara
