Antecedentes

No dia 02 de janeiro de 2017 a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) foi notificada pelas Unidades Regionais de Saúde de Teófilo Otoni e Coronel Fabriciano sobre a ocorrência de casos suspeitos de febre hemorrágica a esclarecer nos municípios de sua jurisdição. A partir da notificação, também foram identificados casos suspeitos na Unidade Regional de Saúde de Manhumirim. Considerando as características clínicas, evolução rápida dos casos, além do surgimento de notificações de epizootias (morte) em primatas, a suspeita principal foi de febre amarela e seus diagnósticos diferenciais.

Em 09 de janeiro de 2017 a Unidade Regional de Saúde de Governador Valadares notificou a ocorrência de epizootia em um município de sua jurisdição, ampliando a área sob suspeita. Desde a notificação, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais tem desencadeado as ações preconizadas para vigilância e assistência dos casos suspeitos de febre amarela, incluindo a disponibilização de equipes para apoio técnico aos municípios.

Situação epidemiológica

Até o presente momento, foram notificados 23 casos suspeitos, sendo que destes 16 são casos prováveis de febre amarela, cujos pacientes apresentaram critério de caso suspeito, segundo o Guia de Vigilância em Saúde e com exame laboratorial preliminar reagente. Desses 23 casos suspeitos, 14 evoluíram para o óbito (porém ainda não há confirmação da causa dos óbitos). Foi identificada a área demonstrada nas Figuras 1 e 2, a partir do registro de epizootias e identificação de casos prováveis de febre amarela.

Figura 1 - Distribuição dos municípios segundo, epizootias e casos prováveis de Febre Amarela, Minas Gerais, 2017. Fonte: DVA/SVEAST/SubVPS/SES-MG

Mapa1

Figura 2 – Recorte da área sob investigação, segundo ocorrência de epizootias e registro de casos prováveis de febre amarela. Fonte: DVA/SVEAST/SubVPS/SES-MG

Mapa2

Tabela 1 – Distribuição de casos e óbitos suspeitos e prováveis de febre amarela, na área sob investigação, Minas Gerais, 2017

Tabela1

  1. Paciente com critério de caso suspeito segundo Guia de Vigilância em Saúde e com exame laboratorial preliminar reagente, aguardando conclusão da investigação e contraprova laboratorial
  2. Registro de morte ou aparecimento de animais (primatas não humanos) doentes

Além dos municípios com casos prováveis, outros municípios da região estão em alerta, considerando o registro de casos suspeitos ou proximidade com a área de ocorrência dos casos. Dentre esses municípios destacam-se Malacacheta e São Sebastião do Anta, totalizando 15 municípios como área prioritária.

Principais recomendações

- Notificação imediata de casos suspeitos de febres hemorrágicas
- Notificação imediata de epizootias em primatas não humanos
- Intensificação da vacinação, segundo critérios técnicos, na área de abrangência
- Intensificação das ações de controle vetorial
- Organização da assistência para atendimento dos casos suspeitos

» Áudio da coletiva sobre a suspeita de casos de febre hemorrágica em Minas Gerais.

» Áudio da coletiva sobre a estratégia de imunização contra a febre amarela em Minas Gerais

» Transmissão ao vivo da coletiva à imprensa sobre os dados de febre hemorrágica em Minas Gerais

» Coletiva sobre a suspeita de casos de febre hemorrágica em Minas Gerais

» Coletiva sobre a estratégia de imunização contra a febre amarela em Minas Gerais

 

Por Jornalismo SES-MG