A Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Passos alcançou o maior percentual de ações realizadas pelo Plano de Enfrentamento à Sífilis da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). O desempenho foi de 96,3% e é referente ao primeiro quadrimestre de 2022 do monitoramento das matrizes de ações das unidades regionais de saúde (URS) das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST/AIDS e HV). As ações são desenvolvidas pela Regional de Saúde junto aos municípios para a execução do Plano, conforme uma lista de dez indicadores.
Os dados foram apresentados numa reunião da Coordenação Estadual de IST/AIDS da SES-MG em 15 de junho. No terceiro quadrimestre de 2021, a SRS Passos obteve 92,6%, ficando também entre as regionais de saúde com mais ações desenvolvidas no período.
Criado pela SES-MG e executado por meio da Coordenação Estadual de IST/AIDS para o período de 2021 a 2023, o Plano de Enfrentamento à Sífilis tem o objetivo de identificar e tratar precocemente os casos de sífilis adquirida e a gestante infectada, para reduzir a ocorrência da sífilis congênita no estado. O plano foi estabelecido em cinco eixos de intervenção: Vigilância Epidemiológica; Assistência; Educação em Saúde; Mobilização Social e Comunicação; e Gestão.
Às URS cabem ações como: “Realizar diagnóstico para identificação dos municípios e URS que possuem CITV (Comitê Municipal de Investigação da Transmissão Vertical das ISTs)”; “Estimular o processo de implantação dos CITVs nos municípios da SRS ainda não instituídos, a partir de critérios pré-estabelecidos, de acordo com a incidência do agravo”; e “Realizar oficinas com os representantes dos CITVs, contemplando todos os eixos do plano”.
Segundo a referência técnica em IST/AIDS e HV do Núcleo de Vigilância Epidemiológica (NUVEPI) da SRS Passos, Emyli Chaves Cardoso, os resultados comprovam que os municípios estão desenvolvendo a matriz de ações do Plano de Enfrentamento à Sífilis, contribuindo para diagnóstico, tratamento e prevenção da doença.
“Com os resultados obtidos, vemos sinalizado que os municípios estão desenvolvendo as ações propostas. A leitura que a epidemiologia faz é que estão empenhados na vigilância da sífilis, em reduzir a ocorrência deste agravo no município. Felizmente podemos observar uma queda na incidência da sífilis adquirida e na sífilis congênita nos nossos municípios”, disse.
Para a referência em Atenção Primária à Saúde e Saúde da Mulher da Coordenação de Atenção à Saúde (CAS) da SRS Passos, Fabíola Silveira Lemos, a execução do plano pelos municípios é relevante também para a assistência às gestantes, como prevenção à sífilis congênita, que é prioridade do Estado.
“O mais importante na atenção primária é o pré-natal, porque, se os municípios fazem um pré-natal de qualidade, fazendo essa busca ativa da gestante, fazendo os exames de acordo com o protocolo, então, têm mais chances de captar uma gestante com sífilis, tratá-la adequadamente e evitar a sífilis congênita, que é a que o Estado mais prioriza”, avalia.
Por Enio Modesto
