Em Minas Gerais ocorreram dois surtos de Febre Amarela entre os anos de 2001 a 2003 em regiões distintas. O primeiro surto, em 2001, ocorreu na região do Centro-Oeste mineiro, quando foram confirmados 32 casos humanos de febre amarela com 16 óbitos. Abrangeu 12 municípios da região e confirmou-se a origem silvestre da doença em todos os casos. Foi realizada vacinação casa a casa de toda a população da região, fator que contribuiu bastante para evitar o surgimento de novos casos.
Em dezembro de 2002, iniciou-se o surto do Alto Jequitinhonha, atingindo seis municípios. Ocorreram 64 casos humanos de febre amarela silvestre com 23 óbitos. Adotou-se a vacinação casa a casa de toda a população da região e municípios contíguos, a fim de evitar a ocorrência de novos casos.
Nos anos de 2008 e 2009, ocorreram dois casos confirmados de febre amarela silvestre no Noroeste de Minas e na Zona da Mata. Não ocorreram casos humanos da doença no Estado entre os anos de 2010 e 2016.
Com o propósito de aumentar a sensibilidade do sistema de vigilância da Febre Amarela e a oportunidade da resposta dos serviços de saúde pública em seu controle, foi criada de forma gradual, em todo o país, a notificação e investigação de epizootias em primatas, buscando a detecção oportuna da circulação do vírus.
No início de 2017, a SES-MG foi notificada sobre a ocorrência de casos suspeitos de febre hemorrágica a esclarecer em municípios das regiões de Teófilo Otoni, Coronel Fabriciano, Manhumirim e Governador Valadares, com a ocorrência de morte de primatas, conhecida como epizootia.