A Gerência Regional de Saúde (GRS) de Itabira, por intermédio da Coordenação de Vigilância em Saúde, realizou no dia 26/4, uma reunião técnica por meio de videoconferência sobre a febre maculosa brasileira. A reunião foi direcionada aos técnicos das áreas de Vigilância em Saúde, Vigilância Epidemiológica, Assistência Farmacêutica e Atenção Primária à Saúde (APS) dos 27 municípios que compõem as microrregiões de saúde de Guanhães, Itabira e João Monlevade.

De acordo com a equipe de Vigilância em Saúde da GRS Itabira, a reunião técnica teve como objetivo o alinhamento das ações de controle e enfrentamento à febre maculosa nas microrregiões de saúde de abrangência da GRS Itabira, abordando os temas cenário epidemiológico; generalidades sobre o agravo; vigilância epidemiológica da febre maculosa; notificação; tratamento farmacológico; e prevenção.

O coordenador da Vigilância em Saúde, Marcelo Barbosa Motta, da GRS Itabira, explicou que todos os anos é realizada esta reunião técnica entre março e abril, meses que marcam o início de cada período sazonal para transmissão de febre maculosa (março a novembro), sempre com o objetivo de reforçar as ações de enfrentamento, prevenção e controle de casos graves e óbitos.

Reunião técnica de alinhamento sobre febre maculosa da GRS Itabira

“O objetivo da reunião foi orientar os municípios quanto às ações de enfrentamento e de vigilância para prevenir e minimizar a ocorrência da doença em suas localidades. E, se ocorrer a contaminação pela bactéria Rickettsia rickettsii, que estes municípios possam estar preparados quanto ao fluxo de encaminhamento de pacientes, solicitação de medicamentos e tratamento”, concluiu Marcelo Motta.

Durante a reunião, o coordenador de Vigilância em Saúde ressaltou a importância do trabalho integrado da Vigilância Epidemiológica, Assistência Farmacêutica e Atenção Primária para que ocorra promoção à saúde e controle da doença, com a finalidade de estabelecer fluxos de identificação de casos suspeitos, prover diagnóstico e tratamento oportunos. Também foram discutidas as ações de mobilização social, para que a população conheça os sintomas e os associe a um possível contato com carrapatos, estimulando-as a procurarem o serviço de saúde mais próximo.

Sintomas da febre maculosa brasileira
Segundo o coordenador da Vigilância em Saúde da GRS Itabira, Marcelo Barbosa Motta, os sintomas são gerais e se confundem com outras doenças como dengue, gerando febre, dor de cabeça e dor no corpo. Por este motivo requer muita atenção ao vínculo epidemiológico (local de residência, trabalho e lazer). A rede assistencial e serviços de vigilância devem estar atentos para detecção precoce de casos suspeitos.

Previna-se contra carrapatos
- Uso de repelentes à base da substância icaridina, que têm se mostrado eficazes na prevenção de picadas por carrapatos em indivíduos que frequentam ambientes favoráveis à presença desses animais.
- Uso de roupas de cor clara, vestimentas longas e calçados fechados, preferencialmente com meias brancas e de cano longo, que permitirão a fácil visualização dos carrapatos. Se possível, vedar as botas com fita adesiva de dupla face.
- Evite sentar e deitar em gramados nas atividades de lazer como caminhadas, piqueniques, pescarias etc.
- Vetores devem ser retirados com o auxílio de pinça, evitando-se o contato com unhas e o esmagamento do animal.
- Examinar o corpo periodicamente, tendo em vista que quanto mais rápido eles forem retirados do corpo, menor a chance de infecção.
- Uso de equipamentos de proteção individual nas atividades ocupacionais (capina e limpeza de pastos).
- Utilização periódica de carrapaticidas em cães e cavalos, conforme recomendações do profissional médico veterinário.
- Limpeza e capina de lotes não construídos e limpeza de áreas públicas, com cobertura vegetal, devem ser realizadas periodicamente.
- Manter vidros e portas fechados em veículos de transporte em áreas com risco de infestação de carrapatos.

Características epidemiológicas

A Febre Maculosa Brasileira e outras riquetsioses têm sido registradas em áreas rurais e urbanas no Brasil. A maior concentração dos casos é verificada nas regiões Sudeste e Sul, onde de maneira geral ocorre de forma esporádica. Acomete a população economicamente ativa (20-49 anos), principalmente homens, que relataram a exposição a carrapatos, animais domésticos e/ou silvestres ou frequentam ambientes de mata, rio ou cachoeira.

 

Legenda 1: Reunião Técnica de Alinhamento sobre Febre Maculosa

Por Flávio A. R. Samuel/ / Foto: Flávio A. R. Samuel - GRS Itabira

Enviar para impressão