Numa iniciativa da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) o Mutirão “Minas Unida no Combate ao Aedes”, realizado sábado, 23/3, movimentou 27 municípios que integram a área de atuação da Superintendência Regional de Saúde (SRS)de Montes Claros. O objetivo foi reforçar a mobilização da população para a eliminação de focos do mosquito transmissor da dengue, chikungunya, zika e febre amarela.

Em Montes Claros, maior cidade do Norte de Minas, com população superior a 400 mil habitantes, o mutirão, coordenado pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), envolveu dezenas de profissionais e caminhões no recolhimento de materiais inservíveis em 22 bairros, além do distrito de Nova Esperança.

Os demais municípios que participaram de forma ativa na mobilização da população, visando reduzir as taxas de incidência de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti foram: Juramento; Mato Verde; Salinas, Riacho dos Machados; Taiobeiras; Claro dos Poções; Janaúba; São João do Paraíso; Mirabela; Santa Cruz de Salinas; Matias Cardoso; Engenheiro Navarro; Porteirinha; Rio Pardo de Minas; Jequitaí; Cristália; Nova Porteirinha; Itacambira; Ninheira; Josenópolis; Indaiabira; Novorizonte; Grão Mogol; Curral de Dentro; Espinosa e Jaíba.

A referência técnica de mobilização na SRS de Montes Claros, Lillian Tararan, destacou que tanto no primeiro mutirão, realizado no dia 24 de fevereiro, como nesta segunda iniciativa concretizada no final de semana passado, houve boa adesão dos municípios. “No primeiro mutirão participaram 35 localidades e, neste, 27. A mobilização da população é de fundamental importância para reduzirmos a quantidade de pessoas acometidas por arboviroses, bem como as notificações de óbitos”, disse Lilian Tararan.

A superintendente regional de Saúde de Montes Claros, Dhyeime Thauanne Pereira Marques, que acompanhou a realização do mutirão em Janaúba, também avalia que “o envolvimento dos gestores na realização dos mutirões foi importante no sentido de reforçar a conscientização da população para a importância das eliminação de focos do Aedes aegypti que, em mais de 80% dos casos estão dentro de residências. Sem o envolvimento da população, só o trabalho dos serviços públicos de saúde não será suficiente para conter o avanço da epidemia de dengue, chikungunuya e zika”, observa a superintendente.

Cenário
Agna Soares da Silva Menezes, coordenadora de Vigilância em Saúde e do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cieves) na Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros, observa que a grande quantidade de casos notificados e confirmados de arboviroses registrados neste ano em Minas Gerais traz muitas preocupações não apenas para os serviços de vigilância epidemiológica e de saúde do estado e dos municípios, bem como para os serviços de atendimento de demandas de saúde da população.

“Isso porque as unidades de saúde estão sobrecarregadas com o atendimento de pessoas que contraíram alguma das doenças transmitidas pelo mosquito. Além disso, após o período chuvoso, aliado a dias em que as temperaturas estão mais elevadas, as condições tornam-se propícias para criar um ambiente favorável à proliferação do Aedes aegypti e, consequentemente, o risco de transmissão de doenças aumenta”, alerta Agna Menezes. A coordenadora pontua ainda que, por esse motivo, a mobilização da população para a eliminação de focos do mosquito é de fundamental importância.

Por Pedro Ricardo

Enviar para impressão