Em decorrência da atual situação epidemiológica de Minas Gerais e do número de notificações por arboviroses durante o período de sazonalidade, a Regional de Saúde de Varginha, promoveu no dia 27 de março, no auditório da Secretaria Estadual da Fazenda, o Seminário Regional sobre Arboviroses.

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O evento teve como objetivo abordar o enfrentamento às doenças transmitidas por insetos (Dengue, Zika vírus, Chikungunya e Febre Amarela), a fim de atualizar os profissionais de saúde das áreas da atenção primária à saúde, bem como da assistência hospitalar, nas ações a serem desenvolvidas.

Dionísio Pacceli Costa, referência técnica Estadual de arboviroses, deu início apresentando o atual cenário epidemiológico no Brasil e em Minas Gerais, onde expôs o número de casos notificados de Dengue, Zika vírus, Chikungunya e Febre Amarela. Tratou também sobre o índice de infestação predial, de janeiro de 2019 e os depósitos predominantes. “É de extrema importância que, não só os profissionais de saúde, mas, também, a população se conscientize sobre os devidos cuidados nas residências. A limpeza adequada, o potinho de água do animal doméstico, enfim, pequenas ações que precisam da maior quantidade de pessoas envolvidas”, frisou Dionísio. Em seguida, Divina Roselaine da Silva, referência técnica de arboviroses da Regional de Saúde de Varginha, relatou o cenário epidemiológico regional contendo números de casos prováveis, taxas de incidências e óbitos das quatro regiões de saúde e mencionou “existem municípios em que não há identificação de casos prováveis de dengue, assim, recomenda-se que intensifiquem as ações de vigilância juntamente com a busca ativa nos serviços de saúde”. Reforçou ainda que o maior objetivo do Programa de Controle das Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti é evitar casos graves e óbitos por arboviroses.

Já Dr. Luiz Carlos, médico infectologista, tratou sobre o manejo clínico destas doenças, apresentando o protocolo do Ministério da Saúde. “A abordagem adequada aos casos é muito importante para que haja um diagnóstico e tratamento precoce, reduzindo assim, a letalidade por estes agravos”, afirmou Dr. Luiz.

Para finalizar, Adriana de Faria Luz Nogueira, referência técnica da Promoção em Saúde no Núcleo de Atenção Primária da Regional de Saúde de Varginha, explanou sobre o conceito da Atenção Básica e a importância da integração entre Vigilância em Saúde e Atenção Primária, atribuições comuns dos agentes comunitários de saúde (ACS) e agentes comunitários de endemias (ACE), utilização da estratégia do E-sus como sistema de informação para as ações de controle das arboviroses e a organização dos processos de trabalho na Atenção Primária.

Segundo Adriana Faria “em situações de surto ou epidemias, tão importante como evitar a transmissão desses agravos, é preparar os serviços de saúde para atender os pacientes de forma oportuna e correta, minimizando as complicações e o número de óbitos”. Daí a necessidade de se alinhar na Atenção Primária estratégias dentro e fora de rotina das equipes para identificar, notificar, assistir e acompanhar este público, realizando a busca ativa dos pacientes faltosos.

No final do evento foi realizado um momento para esclarecimento de dúvidas dos presentes, que foram prontamente respondidas pelas referências da Regional de Saúde de Varginha.

Por Mariana Ribeiro

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