A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) assinaram termo de cooperação técnica para o desenvolvimento de ações da Estratégia Zero Morte Materna por Hemorragia (0MMxH), incluindo 27 instituições de saúde mineiras no projeto que contava com apenas uma, o que agora representa duas por macrorregião de saúde do estado. O extrato do documento foi publicado nesta quarta-feira (8/5) no Diário Oficial de Minas Gerais.

O acordo estabelece algumas metas, como a capacitação de 80% dos profissionais de nível superior que prestam assistência obstétrica, o acesso oportuno a hemocomponentes para 80% das mulheres com hemorragia obstétrica e a formação de até 36 instrutores, conforme a metodologia da estratégia. O termo terá vigência até o final de abril de 2029, podendo ser prorrogado por mais cinco anos.

“Minas Gerais é um dos estados prioritários para essa implantação e os recursos para o projeto serão garantidos pelo orçamento do Estado”, explica a diretora de Gestão da Integralidade do Cuidado da SES-MG, Lirica Salluz Mattos Pereira.

Segundo ela, a expansão da Estratégia 0MMxH em Minas Gerais, além da redução da mortalidade materna e infantil, também vai contribuir para a melhoria na qualidade da saúde materna e impacto positivo na saúde e bem-estar das crianças.

“Reduzir a mortalidade materna significa garantir que as mães sobrevivam para cuidar de seus filhos, o que impacta positivamente na saúde e no bem-estar das crianças. Além disso, a maior causa da mortalidade infantil está ligada às causas obstétricas”, comenta a diretora.

Para integrar a Estratégia Zero Morte Materna por Hemorragia, serão considerados os seguintes critérios:

- Ser instituição que compõe a rede de atenção ao parto e nascimento e ser beneficiária da Política Hospitalar Valora Minas;

- Ser instituição relevante para o território;

- Ser considerada em reunião conjunta com a coordenação, representação da macrorregião de saúde e regionais de saúde, como instituição com potencial de adesão ao projeto; e

- Ocorrência de óbitos por hemorragia no período de 2017 a 2022.

A implementação da estratégia 0MMxH também vai ajudar a fortalecer os serviços de saúde em todo estado, melhorando a capacidade dos profissionais de saúde de lidar com emergências obstétricas, garantindo o acesso a equipamentos e medicamentos essenciais e promovendo uma abordagem centrada na mulher durante a gravidez, parto e pós-parto.

“A 0MMxH deverá contribuir ainda para reduzir as disparidades em saúde materna, garantindo que as mulheres tenham acesso igualitário a cuidados de saúde de qualidade em todo esse período”, ressalta Lirica Salluz.

Projeto Aurora - A Estratégia Zero Morte Materna por Hemorragia está incluída no projeto estratégico Aurora, que visa reduzir a mortalidade materno-infantil do Estado.

O projeto compõe o conjunto de ações para o alcance dos objetivos do Novo Planejamento Estratégico 2023-2026 da SES-MG, com a visão de tornar real o SUS ideal.

 “A parceria entre o Ministério da Saúde, a Opas e a SES-MG é essencial para o sucesso do projeto, pois permite uma abordagem coordenada e abrangente para melhorar a saúde materna e reduzir a mortalidade evitável”, finaliza a diretora de Gestão da Integralidade do Cuidado da SES-MG.

A educação e o respeito às leis e à sinalização das vias são fatores determinantes para que o número de acidentes de trânsito seja reduzido em todo o país. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os sinistros de trânsito foram a primeira causa de óbitos na faixa de 5 a 29 anos, em todo o mundo, incidindo de forma desproporcional sobre os pedestres, ciclistas e motociclistas, e, principalmente, sobre as pessoas que vivem em países em desenvolvimento.

Conforme análise realizada pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), entre os anos de 2015 e 2023, foram 31.290 óbitos causados por Acidentes de Transporte Terrestre (ATT) e 211.641 vítimas necessitaram de internação hospitalar em todo o estado. Os homens apresentaram maior percentual desses óbitos, com 81%. Ou seja, os dados mostram que o risco de um homem morrer por ATT, em Minas Gerais, foi 4,4 vezes maior que o de uma mulher. Com relação às internações, as vítimas do sexo masculino também apresentaram maior proporção, correspondendo a 79% do total dos casos registrados no sistema.

Ainda de acordo com o levantamento da SES-MG, entre 2015 e 2023, o número de óbitos por acidentes de trânsito foi maior em ocupantes de automóvel e caminhonete, totalizando 11.831 vítimas, seguido por ocupantes de motocicletas, com 7.304. A maior concentração do número de mortes por acidentes ocorreu nas faixas etárias entre 20 a 49 anos, sendo que a população de 20 a 29 anos apresentou o maior registro, com 21% do total. Na distribuição dos óbitos pelo estado, o levantamento aponta que a Unidade Regional de Saúde (URS) de Patos de Minas apresentou a maior taxa, com 28,6 óbitos por 100 mil habitantes, seguida pelas regionais de Sete Lagoas (24,9/100 mil), Manhuaçu (23,2/100 mil) e Montes Claros (22,4/100 mil).

A morbimortalidade por lesões causadas em acidentes de trânsito faz com que a questão seja considerada um importante problema de saúde pública, que requer políticas que envolvam atividades de educação e segurança no trânsito, cooperação, inovação e compromisso com a prevenção dos acidentes. Para disseminar conhecimento e promover essa conscientização na população, a SES-MG apoia, mais uma vez, a campanha Maio Amarelo que, neste ano, tem como tema “Paz no trânsito começa por você”. A proposta é focar nos públicos mais vulneráveis como pedestres, ciclistas e motociclistas e reduzir o número de vítimas.

Segundo a coordenadora de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis da SES-MG, Sandra de Souza, as ações para redução de lesões do trânsito são desenvolvidas de forma descentralizada nos municípios, com o apoio técnico das URS. “Elaboramos um Plano de Ação com o objetivo de fortalecer a Vigilância das Causas Externas, que envolve violências e acidentes de trânsito no estado”, explica.

Para a execução desse Plano, a SES-MG repassou um incentivo financeiro no valor de R$ 48.897.372,00, conforme Deliberação CIB-SUS/MG Nº 3.971, de 19 de outubro de 2022. “A ideia é que todos os municípios desenvolvam programas e projetos de intervenção que reduzam os acidentes de trânsito em seus territórios e que conscientizem os munícipes da importância do papel de cada um para essa redução”, ressalta Sandra de Souza.

Ela destaca que os acidentes de trânsito são fenômenos multifatoriais e que algumas condições aumentam os riscos de colisões; portanto, para evitar acidentes e reduzir as lesões e mortes, é importante falar sobre as mudanças de comportamento das pessoas.

“Todos devem observar e respeitar as sinalizações das vias e as pessoas devem refletir sobre a mudança de comportamento no trânsito. Os ocupantes dos veículos devem usar o cinto de segurança e sempre dar preferência de passagem aos pedestres. Os motociclistas e ciclistas devem usar os equipamentos de proteção adequados como o capacete bem ajustado à cabeça, além de roupas e calçados que possam proteger o corpo e, para os ciclistas, é necessário, também, o uso de roupas que facilitem a visualização na via. Outro alerta importante é não usar aparelhos celulares ao conduzir veículos e, principalmente, não misturar bebida alcoólica e volante, que é uma das principais causas de acidentes, tanto no Brasil, quanto no mundo”, esclarece a coordenadora.

Algumas ações são primordiais para diminuir riscos. O uso correto dos capacetes, por exemplo, pode reduzir em 42% o risco de mortes e em 69% o risco de lesões graves em motociclistas e ciclistas. Usar o cinto de segurança reduz o risco de morte entre motoristas e passageiros dos bancos dianteiros entre 45% e 50% e o risco de morte e lesões graves entre passageiros dos bancos traseiros em até 25%. Além disso, o uso correto dos sistemas de retenção para crianças pode reduzir em 60% o número de mortes.

Perigo em duas rodas

Desde o início da pandemia da covid-19, em 2020, houve aumento da circulação de motocicletas e bicicletas em todo o estado, de modo a suprir a necessidade do comércio e dos serviços de entrega. Em 2023, as motos foram os veículos mais procurados para financiamento em Minas Gerais. Com isso, também aumentaram os números de acidentes envolvendo esses veículos.

Segundo levantamento da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), o Hospital João XXIII, que é referência para atendimento de politraumatizados, atendeu 5.707 vítimas de acidentes com motocicletas só em 2023. Em nível estadual, entre 2015 e 2023, foram registradas 91.722 internações de vítimas de acidentes com moto. A faixa etária que concentra o maior número de vítimas de acidentes em motocicletas é de 15 a 49 anos e as internações têm predomínio da população masculina.

“O maior registro de óbitos nessa população de adultos-jovens pode ser atribuído, muitas vezes, ao fato de os condutores não estarem totalmente capacitados para conduzir o veículo sem riscos. A impulsividade é característica nessa faixa etária e se une à necessidade de autoafirmação perante seus pares, com o não uso de equipamentos de segurança, o hábito de violar normas de segurança e o desrespeito às leis, bem como o fato de misturar álcool e outras drogas com a direção”, enfatiza Sandra de Souza.

A bicicleta também passou a ser mais utilizada para o trabalho, como veículo de passeio, de lazer, esporte ou como forma de deslocamento. Somente em 2023, 1.957 ciclistas necessitaram de internação devido a traumas sofridos em acidentes e 143 foram a óbito. O levantamento feito pela SES-MG aponta que entre 2016 e 2023 houve aumento de 37,5% nos óbitos deste público.

Lesões e óbitos no trânsito podem ser evitados com a adoção de medidas de segurança de maneira integral e requer envolvimento de vários setores, como transporte, segurança pública, saúde e educação. Mais informações sobre a campanha Maio Amarelo e dados epidemiológicos podem ser obtidos em https://www.saude.mg.gov.br/vidanotransito.

Para ampliar o acesso à vacina e garantir a proteção da população, mais de 600 municípios mineiros promoveram, neste sábado (13), o Dia D de vacinação. As ações contaram com o envolvimento de cerca de 2 mil escolas, que realizaram ações de mobilização e estratégias de imunização.

No bairro Pinheiro, município de Alfenas, um dos locais de vacinação foi a escola CEMEI Professor Leco. Aproveitando a oportunidade, a professora Kenia Alves, levou para vacinar o filho Lucas, 3 anos. O menino recebeu a vacina da gripe gratuitamente.

“A gente teve a oportunidade de receber a vacina aqui na escola. E isso é de grande valia! Quero enfatizar aqui toda a colaboração que a gente tem dos profissionais da saúde, porque eles se disponibilizaram para vir aqui hoje. Muitas mães e pais que não têm oportunidade de ir aos postos pela falta de tempo, pelos seus trabalhos, tiveram hoje a oportunidade de vacinar as crianças”, disse Kenia.

A diretora da creche, Raquel Dias, acredita que a parceria entre a educação e a saúde é muito importante. “Todo ano, nessa época, as crianças ficam resfriadas, gripadas. A vacina ajuda, porque, com ela, a doença fica mais leve e, assim, a gente pode ter as crianças sempre saudáveis aqui na escola”, avaliou.

A secretária de Estado Adjunta de Saúde da SES-MG, Poliana Cardoso Lopes, comemorou o envolvimento de diversos setores da sociedade que trabalharam de forma alinhada, realizando ações de vacinação em locais de grande circulação de pessoas e no ambiente escolar.

“Mais de 600 municípios mineiros estão fazendo ações para atualizar os cartões de vacinação da população. As nossas Unidades Regionais se mobilizaram para levar as vacinas para mais perto de onde a população está e assim conseguirmos ampliar a cobertura vacinal. Neste período, em especial, estamos reforçando a prevenção contra a gripe”, reforçou Poliana Cardoso.

A supervisão do Dia D foi realizada pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG) por meio das 28 unidades regionais.

Belo Horizonte

Em BH, os 152 centros de saúde da cidade e o Centro de Atenção à Saúde do Viajante permaneceram abertos durante o sábado, 13/abril, para a aplicação da vacina contra a gripe. Como parte das ações previstas, as equipes de saúde realizaram também busca ativa de crianças com asma. Com isso, durante o dia Dia D, esse público pode, além de receber a vacina contra a gripe, realizar o acompanhamento da situação clínica.

“A gente precisa aumentar rápido a cobertura vacinal, para evitar complicações e, até mesmo, óbitos. O que desejamos com uma ação como essa é chamar a atenção, sensibilizar os pais, sensibilizar os idosos para a vacinação. E nossas equipes estão visitando aquelas crianças que tiveram passagem pelos serviços de urgência recentemente para que eles possam não somente vir procurar a vacina, mas também agendar consulta nos centros”, afirmou o secretário municipal de saúde de Belo Horizonte, Danilo Borges Matias.

No Parque Municipal Américo Renné Giannetti, no Centro da capital, foi montado um ponto de vacinação. E o grupo Movimento BH Mais Feliz realizou oficinas de malabares e de pintura facial. O Zé Gotinha e as mascotes da Guarda Municipal e dos principais times mineiros também estiveram no local para auxiliar nas ações de sensibilização. Para os adultos e idosos, a Secretaria Municipal de Saúde oferece, ainda, aulas de Lian Gong, que é uma prática chinesa desenvolvida para prevenir e tratar dores no corpo.

A mobilização contou também com um evento do Sesc em Minas, que promoveu ações gratuitas em comemoração ao Dia Mundial da Saúde. A programação incluiu aferição de pressão arterial, quick massage, educação em saúde, lanche saudável, ginástica coletiva, atividades de recreação como cama elástica, intervenções circenses e avaliação de bioimpedância. No palco principal, aconteceram palestras do especialista em qualidade de vida Márcio Atalla e da nutricionista Laura Gontijo sobre saúde, longevidade e hábitos saudáveis. Além de apresentações artísticas com o bloco carnavalesco Asa de Banana, Circo do Sufoco e do cantor Well Figuerê.

Divinópolis

Ao todo, 26 cidades da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Divinópolis aderiram à mobilização Vacina Mais Minas. Equipes das secretarias municipais de Saúde estiveram presentes em mais de 37 escolas para oferecer vacinas previstas no Calendário Nacional de Vacinação, assim como as de campanhas específicas, com imunizantes contra a covid-19 e a influenza (gripe).

Suelen Santos, referência técnica da Imunização da Superintendência Regional de Saúde de Divinópolis, explica que a vacinação nas escolas é uma forma de oportunizar a atualização dos cartões de vacinação.

“É uma oportunidade de atualizar o cartão de vacina da população, aumentar a cobertura vacinal e consequentemente prevenir doenças”, destacou a referência de imunização da SRS Divinópolis.

Conheça mais ações realizadas na regional de Divinópolis.

Triângulo Norte

Ao todo, cerca de 200 escolas no Triângulo Norte estão recebendo, neste mês de abril, a visita das equipes de saúde, seja para conferir a situação vacinal, quanto para a aplicação das vacinas e ações educativas, com professores, alunos e responsáveis.

A referência técnica da SRS Uberlândia do Programa Saúde na Escola, José Domingos Prado, reforça a importância do envolvimento da comunidade escolar.

“Os pais e responsáveis devem ficar atentos ao recado da escola. Nas escolas que haverá aplicação de vacina, é importante enviar o cartão e preencher o termo de autorização ou levar a criança até uma Unidade de Saúde para completar o esquema vacinal, conforme o Programa Nacional de Imunizações (PNI), além de aproveitar a oportunidade do Dia D, no sábado”, disse a referência técnica.

Conheça mais ações realizadas na região do Triângulo Norte.

Reforço

Além das diversas atividades de mobilização, SES-MG disponibiliza material de comunicação para ser utilizado e reforçar as ações nos territórios. São peças que podem ser editadas conforme informações das escolas e dos municípios. Nas escolas, o material pode ser trabalhado para incentivar os pais e responsáveis a vacinarem as crianças e adolescentes.

O material está disponível em www.saude.mg.gov.br/vacinamaisminas.

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) entregou, nesta quinta-feira (11/4), 39 ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) ao Consórcio Intermunicipal de Saúde da Macrorregião do Sul de Minas (Cissul) e ao Consórcio Intermunicipal de Saúde Nordeste Jequitinhonha (Cisnorje).

Os veículos foram doados pelo Ministério da Saúde e aguardavam, no pátio do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais (DER-MG), em Belo Horizonte, conclusão do processo de regularização. Eles se somam a outras oito ambulâncias já entregues, sendo sete para a renovação de frota do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Rede de Urgência do Norte de Minas (Cisrun), que contemplou os municípios de Bocaiuva, Curral de Dentro, Francisco Sá, Itacarambi, Mirabela, Olhos D’Água e Verdelândia; e uma para o município de Sabará, que tem gestão própria do Samu 192.

A secretária de Estado Adjunta de Saúde, Poliana Cardoso Lopes, comemorou o repasse. “Hoje, concluímos a entrega das ambulâncias a mais dois consórcios beneficiários. Cissul e Cisnorge saem daqui com 39 ambulâncias que vão fortalecer o atendimento da população e qualificar frotas novas. Então isso é bastante significativo e estamos muito felizes”, destacou Lopes.

O Cissul recebeu 30 veículos, sendo 11 Unidades de Suporte Básicas (USB) para implantação do serviço, destinadas aos municípios de Pouso Alto, Itumirim, São João da Mata, Munhoz, Alpinópolis, Monte Santo de Minas, Pedralva, Heliodora, Delfim Moreira, Camanducaia e Cabo Verde.  Os demais serão utilizados para a renovação da frota dos municípios de Aiuruoca, Andradas, Boa Esperança, Cambuí, Carmo do Rio Claro, Cássia, Caxambu, Delfinópolis, Lambari, Luminárias, Machado, Nepomuceno, Nova Resende, Santa Rita do Sapucaí, São Gonçalo do Sapucaí, São Lourenço, São Roque de Minas e Três Pontas.

O secretário Executivo do Cissul, Filipe Augusto Batista de Souza, agradeceu o empenho e parceria com a SES-MG. “Sabemos que o nosso serviço só funciona porque tem um grande aporte da Secretaria de Saúde, responsável por mais de 50% dos nossos recursos e, com essa estruturação vinda do Ministério da Saúde, depois de vencermos todos os trâmites burocráticos, estamos muito satisfeitos, pois vamos ampliar nosso atendimento em 30%”, ressaltou o secretário Executivo.

Já o Cisnorje, recebeu nove ambulâncias para a renovação de frota do Samu 192 nos municípios de Araçuaí, Chapada do Norte, Divisa Alegre, Felisburgo, Francisco Badaró, José Gonçalves de Minas, Ladainha, Pavão e São Gonçalo do Rio Preto.

Para Antônio Henrique Filho, secretário Executivo do Cisnorje, essas ambulâncias são muito significativas para melhorar o atendimento. “Nossa frota já está muito sucateada e esses veículos são muito bem-vindos e esperados para qualificar o atendimento e reduzir o tempo de resposta”, concluiu.

As ambulâncias de renovação de frota contam com custeio federal, estadual e municipal para o seu funcionamento.

Setenta e sete municípios e dez hospitais que compõem a macrorregião de Saúde do Norte de Minas estão sendo contemplados pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e pelo Ministério da Saúde (MS) com a disponibilização de recursos superiores a R$ 89,9 milhões. Os valores, com finalidade definida, são provenientes de emendas parlamentares e são destinados à estruturação e custeio de serviços da Atenção Primária à Saúde (APS) e de Atenção Especializada; custeio da rede hospitalar de urgência e emergência; aquisição de equipamentos, veículos e ambulâncias; apoio e fortalecimento da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência (RCPD).

Por meio de oito resoluções publicadas nos meses de abril e maio, a SES-MG está destinando mais de R$ 57,7 milhões ao Norte de Minas. Por outro lado, seis portarias do Ministério da Saúde preveem o repasse de R$ 32,1 milhões aos serviços de saúde da região.

O maior aporte de recursos a ser repassado em parcela única totaliza mais de R$ 33,9 milhões para o custeio da atenção primária. O repasse a 61 municípios está previsto na Resolução 9.470, publicada dia 24/4 pela SES-MG.

Na área de atuação da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros estão sendo contemplados 39 municípios, com a liberação de R$ 22,7 milhões. Na área de jurisdição da Gerência Regional de Saúde (GRS) de Januária estão sendo beneficiadas 18 localidades, com valores superiores a R$ 8,8 milhões. Por outro lado, quatro municípios da GRS de Pirapora receberão R$ 2,3 milhões.

Com utilização exclusiva para o custeio dos atendimentos a usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), a Resolução 9.478, publicada no dia 30/4, formaliza a liberação de mais de R$ 19,6 milhões a dez hospitais do Norte de Minas. “Os recursos deverão ser utilizados no custeio das ações e serviços da rede de urgência e emergência, para o atendimento de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Os valores não poderão serem gastos com despesas de pessoal, construções ou reformas”, explica o coordenador de Redes de Atenção à Saúde na SRS Montes Claros, João Alves Pereira.

Para hospitais sediados em Montes Claros o repasse dos recursos ficou definido da seguinte forma: Fundação de Saúde de Saúde Dilson de Quadros Godinho (R$ 11,3 milhões); Fundação Hospitalar de Montes Claros, que administra o Hospital Aroldo Tourinho (R$ 2,6 milhões) e Santa Casa (R$ 1,4 milhão).

As demais instituições contempladas são: Santa Casa e Hospital São Vicente de Paulo de Porteirinha (R$ 1,3 milhão); Fundação de Amparo ao Homem do Campo, de Manga (R$ 1,2 milhão); Fundação Santo Antônio de Grão Mogol (R$ 820 mil); Fundação Taiobeiras (R$ 320 mil); Fundação Hospitalar de Janaúba (R$ 300 mil); Fundação Médico Assistencial Major Domingos de Deus Correa, de Monte Azul (R$ 200 mil) e o Hospital Dr. Gil Alves, de Bocaiuva (R$ 160 mil).
Por meio das resoluções 9.428 e 9.432, publicadas no dia 24/4, a SES-MG está disponibilizando R$ 2,2 milhões a dezesseis municípios para a compra de ambulâncias, minivans e veículos de passeio para o transporte de usuários do SUS.

Ministério da Saúde
Para o custeio de serviços de atenção especializada à saúde estão previstos repasse de R$ 19,3 milhões, por meio das portarias 3.665 e 3.636, publicadas pelo Ministério da Saúde no dia 29/4 . Na área de atuação da SRS Montes Claros, o investimento de R$ 13,8 milhões contemplará cinco municípios: Montes Claros (R$ 8,1 milhões); Janaúba (R$ 2,4 milhões); Taiobeiras (R$ 1,4 milhão); São João do Paraíso (R$ 950 mil) e Francisco Sá (R$ 900 mil).

Em três municípios da GRS Pirapora serão investidos R$ 4,7 milhões: Pirapora (R$ 2,7 milhões); Buritizeiro (R$ 1,5 milhão) e Várzea da Palma (R$ 500 mil). Outros três municípios da GRS Januária também receberão recursos: Bonito de Minas (R$ 350 mil); Varzelândia (R$ 250 mil) e São João da Ponte (R$ 150 mil).

Já para o custeio de serviços de atenção primária à saúde, o MS está disponibilizando mais de R$ 10 milhões a 27 municípios da macrorregião de Saúde do Norte de Minas. Os repasses estão previstos nas portarias 3.624, 3.673 e 3.676, publicadas no dia 29/4.

Já para a compra de equipamentos a Portaria 3.630, também publicada dia 29/4, prevê mais de R$ 1,5 milhão de investimentos em nove municípios, sendo oito localidades jurisdicionadas à SRS de Montes Claros e uma à GRS de Januária.

Somatório
Os municípios que receberão os maiores aportes de recursos, considerando a soma de todos os valores das resoluções e portarias publicadas pela SES-MG e pelo Ministério da Saúde são: Montes Claros (R$ 26,3 milhões); Janaúba (R$ 4,6 milhões); Pirapora (R$ 3,9 milhões); Buritizeiro (R$ 2,8 milhões); Mamonas (R$ 2,3 milhões); Porteirinha e Riacho dos Machados (R$ 2 milhões para cada localidade); Indaiabira (R$ 1,8 milhão); Francisco Sá (R$ 1,7 milhão); Berizal, Icaraí de Minas e Serranópolis de Minas (R$ 1,5 milhão para cada localidade); Grão Mogol, Novorizonte e Santa Cruz de Salinas (R$ 1,2 milhão para cada município); Guaraciama, Pedras de Maria da Cruz e São João do Paraíso (R$ 1,1 milhão); Lontra, Ponto Chique e Rio Pardo de Minas (R$ 1 milhão para cada município).

Em atenção ao Dia de D Mais Saúde Bucal no Programa Saúde na Escola (PSE), realizado em 8/5, cerca de dez municípios da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Sete Lagoas realizaram ações de mobilização e promoção da Saúde Bucal destinada às crianças e adolescentes do território. Além do Dia D, durante a Semana de Mobilização Social em Saúde Bucal nas Escolas, que ocorreu no período de 6 a 10/5, as atividades foram realizadas em unidades de saúde e instituições de ensino como escolas e creches.

No município de Funilândia, as ações envolveram orientação e escovação de 244 alunos com idades entre 3 e 16 anos da Escola Estadual Diolino Moreira e da creche Patinho Feliz e foi um momento de grande aprendizado como conta a coordenadora de Saúde Bucal e odontóloga Iany Caroline Pontelo Mota. “Fizemos orientação de higiene bucal, onde houve muita interação das crianças. Fizemos também a avaliação para fins epidemiológicos, com a identificadas algumas crianças que precisam de Tratamento Restaurador Atraumático (ART), e foram distribuídas escovas para os alunos que fizeram as escovações e aplicação tópica de flúor”, relatou Mota.
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Já no município de Corinto, região Central do estado, as ações do Dia de D Mais Saúde Bucal tiveram como foco crianças e adolescentes das escolas localizadas na zona rural da cidade depois da identificação de se tratar da população com índice de cárie mais elevado na região. Foram realizadas palestras, escovação supervisionada e o levantamento de necessidade de atendimento dos alunos de 2 a 16 anos da creche Alicina Rodrigues, no distrito de Beltrão, da Escola Municipal Antônio Maldine, e da Escola Estadual Waldemar Araújo, ambas no distrito de Contria.

Para a coordenadora de Saúde Bucal de Corinto, Adriana Barbosa, o dia D foi muito produtivo e uma excelente proposta para as escolas. Os municípios de Papagaios, Inimutaba, Cordisburgo, Santana do Pirapama, Jequitibá, Santo Hipólito, Paraopeba, Maravilhas e Monjolos também registraram ações de mobilização e promoção à Saúde durante a Semana de Mobilização Social em Saúde Bucal nas Escolas.

Capacitação na “Semana de Mobilização em Saúde Bucal nas Escolas”
Dentro da programação do Dia de D Mais Saúde Bucal no Programa Saúde na Escola (PSE), foi realizada na SRS Sete Lagoas uma capacitação sobre Gestão da Rede de Atenção à Saúde Bucal. O público-alvo foram os coordenadores de Saúde Bucal/Atenção Primária à Saúde (APS) e dentistas de referência municipal das microrregiões de Saúde de Curvelo e Sete Lagoas. Os temas abordados incluíram financiamento, indicadores dos programas e fluxos de toda a Rede de Atenção à Saúde bucal que abrange: as Equipes de Saúde Bucal na atenção primária (eSB); Laboratórios Regionais de Prótese Dentária (LRPD); Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) e Serviço de Especialidades em Saúde Bucal (Sesb) e a atenção ambulatorial e hospitalar que envolvem os procedimentos odontológicos de pacientes com necessidades especiais em ambulatório e sob anestesia geral; os procedimentos de bucomaxilofacial de média e alta complexidade e casos que necessitam de atenção às deformidades crânio faciais.

Para Bruna Tavares, referência técnica da Coordenação de Redes e Atenção à Saúde (Cras) da SRS Sete Lagoas, o dia D constituiu-se como um marco da ampliação das ações de saúde bucal no Programa Saúde na Escola (PSE), contemplando, além da prevenção de doenças, promoção e recuperação da saúde bucal, com foco no Tratamento Restaurador Atraumático. Tavares destacou que, “nesse contexto, durante a capacitação, também foi abordado sobre o ART, em preparação para as ações de saúde bucal no PSE”. Para a referência técnica, é de extrema importância que as equipes de saúde bucal integrem permanentemente uma agenda fixa de trabalho nas escolas.

O secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, atualizou, durante videoconferência de audiência pública da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), a análise que a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) tem realizado a respeito da aplicação dos R$ 150 milhões que seriam destinados à retomada das obras do Hospital Regional de Juiz de Fora. Para debater a destinação dos recursos, foi realizada audiência no dia 10/5,  no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do município.

“Nós sabemos que o Hospital de Pronto Socorro Dr. Mozart Teixeira (HPS) tem um tamanho pequeno para atender às necessidades do município”, disse o secretário. Além disso, parte do recurso também poderá ser utilizada no Hospital Regional João Penido e para investimentos na rede de alta complexidade. “A região tem problemas no atendimento de alta complexidade, principalmente na cardiologia, onde parte do recurso também poderá ser aplicado”, declarou. 

Foi reafirmado pelo secretário de Estado de Saúde o compromisso do Governo de Minas em investir o recurso na região da Zona da Mata e na abertura de diálogo com a Prefeitura Municipal de Juiz de Fora, Ministério Público e Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (Cosems). “A discussão dos investimentos será feita com o município, com a região, para que a gente entenda qual é a área da saúde que necessita receber o recurso mais rapidamente”, pontuou Baccheretti. 

A audiência pública contou com a participação de membros do Ministério Público, da SES-MG, prefeitura de Juiz de Fora, além de outras  autoridades e representantes de diferentes órgãos e da sociedade civil. Houve o comprometimento de se fazer mais uma reunião para a continuidade das análises sobre as áreas que precisam receber o recurso mais rapidamente.

Entenda a situação do hospital regional

O Governo de Minas anunciou, em abril deste ano, que não daria continuidade às obras do Hospital Regional devido a graves problemas de execução da obra do hospital, que teve início em 2009 e estava parada desde 2017. 

Em visita ao município de Juiz de Fora, no dia 26/4, o secretário Fábio Baccheretti apresentou laudos e diagnósticos da Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra) do Governo de Minas Gerais (Seinfra), que colocaram em dúvida a estabilidade da edificação, apontando vários erros e deterioração da estrutura com o decorrer do tempo, além de dificuldades de terminar a obra a curto prazo. “Não há dúvidas que o problema é de execução e não de projeto. Governador Valadares e Sete Lagoas têm projetos semelhantes. E lá, Valadares e Sete Lagoas, as obras estão aceleradas e devem ficar pronta em dois anos”, explicou durante a visita.

Investimentos em Saúde

Em 2023, foram mais de R$ 134 milhões  repassados pela SES-MG ao Fundo Municipal de Saúde de Juiz de Fora, valor superior aos valores nos cinco anos anteriores. A região também foi contemplada com cinco tomógrafos. Já estão em funcionamento dois equipamentos, um no município de Santos Dumont e outro no Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus (HMTJ), em Juiz de Fora. O tomógrafo de São João Nepomuceno já foi entregue. Outros dois, destinados ao Instituto Brasileiro de Gestão da Saúde (IBG SAÚDE) e Hospital Universitário, em Juiz de Fora, estão em fase de tramitação de documentos.

O Consórcio Intermunicipal de Saúde Agência de Cooperação Intermunicipal em Saúde Pé da Serra (CIS-Acispes) foi contemplado com um mamógrafo no valor de aproximadamente R$ 1,2 milhão. Este recurso está no Fundo Municipal de Saúde de Juiz de Fora.

Na segunda-feira, dia 10/5, foi realizado na sede da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Patos de Minas um encontro entre gestores dos municípios pertencentes à região da SRS e representantes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192). Essa reunião, pautada pela humanização e comprometimento com o bem-estar da população, abordou uma série de demandas cruciais para o aprimoramento dos serviços de saúde na região.

O foco do encontro foi o aprimoramento do processo regulatório do Samu, visando uma maior eficiência e agilidade no atendimento às urgências e emergências médicas. Além disso, discutiu-se amplamente a necessidade de expandir a rede de atendimento para garantir uma cobertura mais abrangente para beneficiar a população local.

Um dos pontos centrais da discussão foi o fortalecimento da rede de saúde por meio de um diálogo aberto e construtivo entre os diversos atores envolvidos. Questões operacionais, como os critérios de vaga zero, foram abordados, buscando soluções que otimizem o fluxo de atendimento e assegurem o acesso equitativo aos serviços de saúde.

Outro tema de destaque foi a regulação, realizada pela central de regulação do Samu, que desempenha um papel fundamental na coordenação e encaminhamento dos pacientes para as unidades de saúde adequadas. Nesse contexto, o diálogo estabelecido durante a reunião teve como objetivo primordial fortalecer essa rede e processos de regulação, garantindo um atendimento mais eficaz e humanizado a todos os cidadãos.

"A reunião de hoje foi um importante passo rumo à melhoria contínua dos serviços de saúde em nossa região. Foi gratificante ver gestores municipais e representantes do Samu reunidos, compartilhando ideias e buscando soluções conjuntas para os desafios que enfrentamos", afirmou Maíra Lemos, superintendente da SRS Patos de Minas.

Diante da pandemia covid-19 e outros desafios enfrentados pelo sistema de saúde, a união de esforços e a cooperação entre os diferentes níveis de governo e instituições tornam-se ainda mais essenciais para garantir o acesso à rede assistencial em tempo oportuno para salvar um número maior de vidas.

O Governo de Minas anunciou, nesta quinta-feira (9/5), a antecipação do pagamento de três parcelas da dívida com os municípios mineiros, num total de R$ 156,8 milhões, referentes ao Acordo do Fundo Estadual de Saúde. Os pagamentos foram iniciados na quarta-feira (8/5) pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) e devem ser concluídos ainda neste mês.

De acordo com a Lei Complementar nº 171/2023, os recursos podem ser utilizados de forma flexível, ou seja, cada prefeito poderá investir e reforçar a sua rede da forma como achar mais adequada, de acordo com as especificidades de cada região.

“Esta antecipação é uma importante entrega e contribui para melhorar a sua saúde financeira dos municípios mineiros, que poderão investir os recursos em qualquer área da saúde em seus territórios”, destaca o vice-governador de Minas Gerais, Professor Mateus.

“A flexibilidade é fundamental neste momento, em que ainda estamos enfrentando um cenário preocupante com a dengue e chikungunya, e também registramos o aumento de casos de síndrome respiratória aguda grave, o que gera uma sobrecarga nos serviços de saúde”, ressalta o vice-governador.

O valor total da dívida com os municípios é de R$ 6,7 bilhões e o pagamento do Acordo do Fundo Estadual de Saúde foi dividido em 96 parcelas, das quais 22 já foram quitadas, incluindo a referente a maio e a antecipação dos valores de junho e julho.

Para dar ainda mais flexibilidade nos pagamentos, do total da dívida, foram retirados R$ 463 milhões devidos às instituições filantrópicas, que estão sendo pagos com repasses específicos desde outubro de 2023.

Até o momento, já foram repassados R$ 266,3 milhões a 191 hospitais filantrópicos mineiros. A expectativa é de que o Governo de Minas quite, até o final de 2024, o valor de R$ 197 milhões que segue pendente, antecipando a previsão inicial que era até 2030.

“O Governo de Minas segue empenhado em colocar a casa em ordem e melhorar cada dia mais a saúde de todos os mineiros”, conclui o vice-governador.

Até 13/5, Minas Gerais registrou 1.364.180 casos prováveis (casos notificados, exceto os descartados) de dengue. Desse total, 651.451 casos foram confirmados para a doença. Até o momento, há 430 óbitos confirmados por dengue no estado e 842 estão em investigação.

Em relação à febre Chikungunya, foram registrados 112.980 casos prováveis da doença, dos quais 80.170 foram confirmados. Até o momento, 62 óbitos foram confirmados por Chikungunya em Minas Gerais e 31 estão em investigação.

Quanto ao vírus Zika, até o momento, foram registrados 289 casos prováveis. Foram confirmados 21 casos da doença. Não há óbitos confirmados ou em investigação por Zika em Minas Gerais.

» Clique aqui e confira o Boletim Epidemiológico de Monitoramento dos casos de Dengue, Chikungunya e Zika Vírus da SES-MG (atualizado em 13/5/2024).

O dia 8/5 foi escolhido como o Dia D Mais Saúde Bucal em comemoração ao aniversário de um ano da promulgação da Lei 14.572, que altera a Lei 8080/1990, incluindo a saúde bucal no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS). Desta forma foi possível garantir que as ações e serviços de saúde bucal integrem as políticas públicas de saúde, em todas as redes, nos diversos níveis de complexidade.

Em Minas Gerais, além do Dia D, foi realizada a Semana de Mobilização Social em Saúde Bucal nas escolas, no período de 6 a 10/5, envolvendo ações coletivas de saúde bucal, como a educação em saúde, a escovação dental supervisionada, a aplicação tópica de flúor, o exame bucal com finalidade epidemiológica e o Tratamento Restaurador Atraumático. “Estas ações devem ser planejadas pelas equipes de saúde bucal, em parceria com o Grupo de Trabalho Intersetorial Municipal do Programa Saúde na Escola, para serem realizadas tanto no Dia D e Semana de Mobilização Social em Saúde Bucal quanto em todo o ano letivo, com regularidade desse acompanhamento das crianças nas escolas”, destaca a referência técnica da Coordenação de Redes de Atenção à Saúde da SRS Varginha, Caroline Alves Amaro.

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Os 50 municípios da área de abrangência da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Varginha contam com cerca de 180 equipes de saúde bucal na Atenção Primária à Saúde (APS). Além disso, 25 municípios têm credenciamento de laboratório de prótese dentária. “A região conta ainda com seis Centros de Especialidades Odontológicas (CEO), que funcionam em Itanhandu, Lavras, São Lourenço, Três Corações, Três Pontas e Varginha. O município de Conceição do Rio Verde está em fase de implantação de um novo CEO”, conclui Caroline Amaro.

Mobilização e criatividade
As equipes de saúde bucal e as secretarias municipais de saúde e educação têm usado a criatividade para fomentar os cuidados necessários entre os estudantes. Nos 50 municípios da macrorregião de Saúde Sul, que correspondem à atuação da SRS Varginha, as atividades têm sido diversificadas. Os estudantes foram orientados por meio de teatros, brincadeiras, jogos interativos, escovação supervisionada, palestras, vídeos, entrega de brindes e, em algumas escolas, houve a distribuição de kits de higiene bucal.

“Essas ações nas escolas são muito importantes para reforçar as orientações que a gente passa em casa. Ali eles aprendem de um jeito mais lúdico, são estimulados por profissionais e por verem os colegas fazendo também”, complementa Letícia Ribeiro, mãe de estudante de Pouso Alto que participou da ação.

No dia 8/5, a Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Governador Valadares realizou a primeira reunião deste ano do Ciclo de Reuniões Gerenciais de Coordenadores de Atenção Primária à Saúde (APS), Vigilância Epidemiológica e Sanitária da Macrorregião Leste. O encontro contou com a participação de representantes de 37 municípios, juntamente com 43 coordenadores e fiscais de Vigilância Sanitária e 31 coordenadores de APS, que foram distribuídos em espaços específicos - Universidade Vale do Rio Doce (UNIVALE) / Vila Bretas e auditório da SRS, visando apresentar o Projeto Índice de Qualidade de Gestão Municipal (IQGM) 2024 e suas diretrizes. 

O resultado esperado é que os coordenadores retornem às suas respectivas cidades, e organizem agendas de trabalho com as equipes e o gestor municipal, de modo a identificar as principais oportunidades de melhoria não somente nas áreas da Vigilância em Saúde (Visa) e da Vigilância Epidemiológica (VIEP), como também na assistência, incluindo especialmente a Atenção Primária à Saúde e os diversos programas a ela vinculados.  

Para o superintendente regional de Saúde Romulo Gusmão, os encontros gerenciais são um importante movimento de qualificação da gestão dos sistemas de saúde municipal, pois “eles incentivam a elaboração de planos de ação específicos, voltados ao enfrentamento e abordagem de fragilidades nos 51 municípios da macro, ampliando possibilidades para a governança se estabelecer, a partir da interação entre gestores, coordenadores e equipes”. 

O coordenador Saulo Martins de Oliveira, representante de São João do Manteninha, destacou que "conjectura-se corretamente que o Índice de Qualidade de Gestão Municipal (IQGM) vai demonstrar melhor a importância da interface entre o Núcleo de Gestão Regional e a Vigilância Sanitária para a saúde do município. O índice dá uma ideia para o secretário de como o município está de forma mais concisa, visto que pega os pontos de risco principais." 

Os Encontros Gerenciais fazem parte do cronograma do IQGM, visando não apenas fornecer um diagnóstico detalhado da qualidade das ações realizadas em cada área,  mas também desenvolver um alinhamento dos indicadores/marcadores que devem ser cumpridos até o final do ano. Durante o evento, a coordenadora do Núcleo de Gestão Regional, Danyele Freitas Duarte Porto, apresentou os temas transversais, enfatizando o papel essencial dos coordenadores no apoio às decisões do secretário municipal e a importância de uma construção coletiva dos instrumentos de gestão - Planos de Saúde, Programações Anuais, Relatórios de Gestão - e a ouvidoria como espaço de escuta do cidadão.  

Os coordenadores da Vigilância em Saúde, Vigilância Epidemiológica e da Coordenação de Assistência à Saúde (CAS), juntamente aos técnicos dessas áreas, explicaram detalhadamente a finalidade do IQGMS, seus regramentos e apresentaram os indicadores prioritários para o ano de 2024, esclarecendo dúvidas, e orientando aos participantes. 

Lucilene, coordenadora da Vigilância Sanitária de Divinolândia de Minas, explica que essas reuniões são de extrema importância, destacando "as orientações e informações técnicas, bem como o relato de  experiências de outros municípios, que enriquecem nosso trabalho, permitindo uma abordagem mais efetiva".

Com essas agendas estratégicas, a Superintendência Regional de Saúde de Governador Valadares vem buscando reafirmar seu compromisso com a excelência na gestão da saúde pública, em nível territorial, ampliando garantias de qualidade dos serviços prestados à população da macrorregião de Saúde Leste a partir de redes integrais de cuidado. 

Nesta segunda-feira, dia 13/05, começaram na Escola de Saúde Pública do estado de Minas Gerais (ESP-MG), em Belo Horizonte, as aulas da 12ª turma do Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do Sistema Único de Saúde (EpiSUS) Fundamental, em Minas Gerais. Essa turma é uma oferta do Ministério da Saúde, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e é composta por alunos e alunas trabalhadores do SUS das esferas estadual e municipal de saúde.

Participaram da abertura oficial do treinamento, na ESP-MG, a técnica do Ministério da Saúde, Tanna Morales, que é o ponto focal do Episus Fundamental em Minas e uma das condutoras do curso; a representante da Subsecretaria de Vigilância em Saúde da SES-MG, Flávia Cruzeiro, médica e técnica do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS Minas) e representando a ESP-MG, a Superintendente de Educação e Pesquisa em Saúde, Patrícia de Oliveira.

A ação educacional do EpiSUS é formatada em uma metodologia específica oferecida pelo Ministério da Saúde, o Programa de Treinamento em Epidemiologia de Campo (Field Epidemiology Training Program – FETP), que tem um foco predominantemente prático, visando aprimorar as habilidades do profissional no contexto de sua atuação profissional. Já o objetivo geral é qualificar trabalhadoras e trabalhadores do SUS que atuem direta ou indiretamente nos diferentes setores da Vigilância e da Atenção à Saúde do Sistema Único de Saúde, visando fortalecer os Sistemas de Vigilância em saúde nas suas esferas municipais e macrorregional.

Conforme destaca o Subsecretário de Vigilância em Saúde, da SES-MG, Eduardo Campos Prosdocimi, esse treinamento será muito importante “para dotarmos nossos profissionais de conhecimentos cada vez mais atuais na detecção de doenças, agravos e eventos de saúde pública de importância municipal, estadual, nacional ou até mesmo internacional. O que buscamos com isso é aprimorar o entendimento acerca dos agravos que por ventura ocorram em nosso estado e oferecer as respostas cada vez mais adequadas à nossa população”, complementa.

Sobre o treinamento

O EpiSUS é um Programa de Treinamento da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde que foi implementado no ano 2000. Atualmente existem três níveis do Programa: Fundamental, Intermediário e Avançado.

O curso do EpiSUS Fundamental que está ocorrendo em Minas terá duração de 3 meses, sendo distribuído em três oficinas presenciais, com duração de uma semana para cada oficina. Durante o curso, os profissionais permanecem nos seus postos de trabalho, onde desenvolvem produtos voltados para o interesse do serviço (sob a supervisão e orientação de tutores), com o objetivo de praticar, implementar e consolidar o que aprenderam.

Esses produtos incluem a elaboração de relatórios com tabelas e gráficos dos dados de vigilância; a condução do monitoramento, avaliação e visitas para retroalimentação a alguma unidade notificadora local; a elaboração da análise de um problema de saúde; e a participação ativa na análise de investigações de caso ou de surto, se houver (durante o período do curso) no território local.

A técnica do CIEVS Minas, Flávia Cruzeiro, informa que neste treinamento serão capacitados 22 treinandos (alunas e alunos) e 14 tutores. A turma está formada por profissionais que atuam na “linha de frente” das áreas de Vigilância em Saúde (incluindo Laboratório de Saúde Pública) ou da Atenção à Saúde. Flávia Cruzeiro também destaca a relevância da formação destes profissionais, que poderão também replicar o conhecimento em seus territórios, tendo em vista que há pessoas de algumas regionais do estado, como de Coronel Fabriciano, Governador Valadares e Uberaba, por exemplo.

A técnica do Ministério da Saúde e ponto focal do EpiSUS, Tanna Morales explica que o curso tem como uma de suas principais características ser bastante prático e em sintonia com a realidade do trabalho dos profissionais. Segundo ela, cerca de 60% do conteúdo do curso, será prático. O estudo de caso, por exemplo, que será trabalhado no treinamento, será sobre a dengue, tendo em vista o atual cenário epidemiológico da doença no país e em Minas Gerais. Tanna Morales também comenta que parceria do Ministério da Saúde com a SES-MG para o EpiSUS foi estabelecida em 2017.

Ofertas futuras

De acordo com a Deliberação CIB-SUS/MG nº 4.589, de 21 de fevereiro de 2024, foi aprovada a implantação do EpiSUS-Fundamental, no âmbito de Minas Gerais, para os anos de 2024 a 2026. Então, ao longo deste período, além desta turma que está acontecendo, serão realizadas 16 turmas com 27 alunos cada, totalizando 432 vagas as serem distribuídas entre as várias macrorregiões de Saúde do Estado, por meio de uma parceria entre a SES-MG e ESP-MG.

A ESP-MG será responsável por organizar e conduzir as ações necessárias para o desenvolvimento das turmas, além da certificação dos alunos concluintes. A SES/MG custeará as despesas da ação educacional e também o deslocamento e as diárias dos servidores estaduais. E ficará a cargo das Secretarias Municipais de Saúde a liberação dos alunos trabalhadores para participação nas atividades e o custeio das diárias.

A Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Sete Lagoas, na quinta-feira (9/5), realizou a entrega de 25.416 doses da vacina contra a dengue (Qdenga) para os 24 municípios da microrregião de Saúde de Sete Lagoas. Os municípios de Sete Lagoas, Capim Branco, Maravilhas, Cordisburgo, Quartel Geral, Prudente de Morais, Funilândia, Morada Nova de Minas, Caetanópolis, Cedro do Abaeté, Paraopeba, Baldim, Pompéu, Araçaí, Papagaios, Paineiras, Pequi, Inhaúma, Cachoeira da Prata, Fortuna de Minas, Biquinhas, Abaeté, Jequitibá e Santana de Pirapama foram os primeiros a receber as doses no território de acordo com o critério de distribuição do Ministério da Saúde (MS). 

Nesta primeira etapa das vacinações, a população alvo da campanha são crianças e adolescentes com idade entre 10 a 14 anos, mas o público será definido por cada município, respeitando esse intervalo de faixa etária. De acordo com a coordenadora do Núcleo de Epidemiologia da SRS Sete Lagoas, Silmeiry Angélica, o objetivo é vacinar pelo menos 90% da população alvo. “A entrega realizada no dia 9/5 refere-se a primeira dose a ser aplicada pelos municípios da região que podem definir, de acordo com as características da população, se vão vacinar entre 10 a 12 anos, ou 10 a 14, neste primeiro momento”, explicou a coordenadora. 

De acordo com os dados disponíveis no Painel de Monitoramento de Casos de Arborviroses (https://www.saude.mg.gov.br/aedes/painel), até o dia 9/5, a microrregião de Sete Lagoas registrou 25.847 casos prováveis de dengue e 17.258 casos confirmados da doença, além de 8 óbitos confirmados e 11 que seguem em investigação. Para o superintendente regional de Saúde de Sete Lagoas, Fabrício Júnior Alves Teixeira, diante da epidemia de dengue que o estado de Minas Gerais vive, a vacina é uma importante aquisição para o enfrentamento à doença.

 “Estamos passando por uma epidemia de dengue nunca vivenciada em Minas Gerais e, principalmente, no nosso território. A disponibilização da vacina no SUS é um benefício inovador para a população e trará ganhos futuros para o controle da doença devido ao aumento da incidência e gravidade dos casos a cada ano”, destacou Teixeira. 

Para osuperintendente, é crucial que os municípios e a população continuem a eliminar os focos de reprodução do mosquito Aedes aegypti. Isso inclui medidas como remover locais com acúmulo de água, eliminar criadouros de mosquitos, tamponar caixas d’água e limpar calhas. Recomenda-se também o uso de repelente para proteção individual. Em caso de sintomas das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, como febre alta, dor de cabeça, dor no corpo, náusea ou dores abdominais, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) aconselha buscar atendimento médico nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) para receber o tratamento adequado no momento certo.

Legenda: Vacinas foram retiradas pelas referências técnicas dos municípios.

Duas cidades atendidas pela Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Coronel Fabriciano realizaram, nesta quarta-feira, 8/5, a mobilização social no Dia de D Mais Saúde Bucal no Programa Saúde na Escola (PSE). As ações realizadas nas instituições de ensino de Ipaba e Coronel Fabriciano contaram com palestras sobre a saúde bucal, métodos de escovação, aplicação de flúor e escovação supervisionada.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as doenças bucais afetam metade da população mundial, sendo a cárie a condição mais comum.

Pollyana Miranda Oliveira, coordenadora de Saúde Bucal de Coronel Fabriciano, salienta que o Programa Saúde na Escola desempenha um papel fundamental na promoção da saúde bucal entre as crianças. “A ação realizada no Dia D da Saúde Bucal com a escovação supervisionada, palestra e orientação certamente teve um impacto positivo, fortalecendo a conscientização sobre a importância dos cuidados com a saúde bucal desde cedo”, disse.

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A coordenadora também destacou a importância da parceria entre o PSE e a odontologia para as ações serem realizadas. Segundo a coordenadora, a união tem efeitos positivos no maior número de crianças e adolescentes. “Essa colaboração demonstra o compromisso com a saúde preventiva e a educação em saúde, resultando em impactos positivos significativos para a comunidade”, completou.

Em Ipaba, as ações do dia D foram realizadas na Escola Municipal Criança Feliz e também na Escola Municipal Padre João Geraldo Rodrigues. Segundo a diretora do Departamento de Saúde Bucal da cidade, Alice Ferreira Barbosa, o objetivo é promover saúde através da educação e de práticas, ampliando as ações de saúde bucal no ambiente escolar. “Continuaremos, ao longo do ano, promovendo tais ações e proporcionando material a todos os alunos da rede municipal de educação”.

Em uma ação articulada pela Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros e pelas Gerências Regionais de Saúde (GRSs) de Januária e Pirapora, juntamente com o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (Cosems), treze hospitais do Norte de Minas formalizaram propostas para abrir 141 novos leitos para reforçar o atendimento pediátrico. A iniciativa leva em conta o aumento das internações por Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) e o Plano de Ação Estadual para o Enfrentamento de Doenças Respiratórias na área da Pediatria, lançado no dia 29/4 pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).

Nesta quinta e sexta-feira (9 e 10/5), a Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros e as Gerências Regionais de Saúde de Januária e Pirapora encaminharam para o nível central da SES-MG as propostas formalizadas pelos hospitais. Ao todo as instituições estão propondo a abertura de 76 leitos clínicos; 45 Unidades de Tratamento Intensivo Pediátricas (UTIs); dez leitos de Suporte Ventilatório Pulmonar Pediátricos (SVP-P) e dez Unidades de Cuidados Intermediários Neonatais (UCINco).

Por instituição, as propostas de abertura de novos leitos pediátricos estão definidas da seguinte forma: Hospital das Clínicas Dr. Mário Ribeiro da Silveira (20 UTIs; dez leitos de suporte ventilatório pulmonar e dez unidades de cuidados intermediários neonatais); Fundação de Assistência Social de Janaúba (Fundajan – dez UTIs e dez leitos clínicos); Santa Casa de Montes Claros (dez UTIs e dez Leitos Clínicos); Fundação Hospitalar Dr. Moisés Magalhães Freire, de Pirapora (uma UTI e dez leitos clínicos); Hospital Santo Antônio, de Taiobeiras (quatro UTIs e seis leitos clínicos); Hospital Municipal Dr. Oswaldo Prediliano Santana, de Salinas (dez leitos clínicos); Hospital Municipal de Januária, Fundação Hospitalar de Amparo ao Homem do Campo, de Manga e Hospital Senhora Santana, de Brasília de Minas (sete leitos clínicos em cada instituição); Hospital São Vicente de Paulo, de Coração de Jesus (três leitos clínicos); Hospital São Sebastião, de Mirabela, Hospital Municipal Gil Alves, de Bocaiuva e a Unidade Mista Dr. Brício de Castro Dourado, de São Francisco (dois leitos clínicos em cada instituição).

Atualmente o Norte de Minas possui 199 leitos clínicos pediátricos e 40 leitos cirúrgicos pediátricos. Em Montes Claros, município de referência macrorregional para atendimentos de média e alta complexidade em saúde, estão instalados 47 leitos clínicos pediátricos; 14 UTIs, sendo 12 disponibilizadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) e 31 leitos cirúrgicos pediátricos.

A superintendente regional de Saúde de Montes Claros, Dhyeime Thauanne Pereira Marques, pontua que, junto com o Cosems e dirigentes de hospitais, a Secretaria de Estado de Saúde está unindo esforços para viabilizar a ampliação dos leitos pediátricos no Norte de Minas, levando em conta o aumento das demandas de internações causadas por síndromes respiratórias agudas graves. “Mesmo antes do inverno estamos vivenciando essa situação em todas as regiões do estado e do país, o que exige trabalho conjunto dos gestores de saúde para viabilizar o atendimento de demandas da população”.
Atualmente, Minas Gerais possui 3.401 leitos pediátricos, dos quais 2.634 estão disponibilizados para o SUS. O estado possui 470 UTIs pediátricas, sendo 259 destinadas ao atendimento de demandas do SUS e 27 leitos de cuidados intermediários de pediatria.

O coordenador de Redes de Atenção à Saúde na SRS Montes Claros, João Alves Pereira, explica que, por meio da Deliberação 4.684, publicada no dia 6/5, pela Comissão Intergestores Bipartite do Sistema Único de Saúde (CIB-SUS), estão aptos ao recebimento de recursos financeiros para a abertura de novos leitos de pediatria os estabelecimentos que informarem a necessidade e a capacidade operacional. Até 24 de maio os hospitais poderão enviar à SES-MG as solicitações para abertura de leitos pediátricos, que não poderá exceder 30% da capacidade instalada. O valor da diária para leito clínico será de R$ 300,00.

“No que se refere às UTIs pediátricas e aos leitos de cuidados intermediários, os valores das diárias estão fixados em R$ 2 mil e R$ 500,00, respectivamente, conforme definido na Portaria 3.556, publicada no dia 18/4 pelo Ministério da Saúde. Entretanto, para fazer jus aos repasses, os municípios deverão ser incluídos no Plano Estadual para Enfrentamento à Síndrome Respiratória Aguda Grave em Pediatria”, explica o coordenador.

Cenário e vacinação
Agna Soares da Silva Menezes, coordenadora de Vigilância em Saúde e do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) na SRS Montes Claros, explica que, até o dia 2/5, Minas Gerais teve 6.193 casos notificados de síndrome respiratória aguda grave. Desse total, 434 notificações foram realizadas no Norte de Minas.
Neste ano, o Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe) aponta que ocorreram 623 óbitos em Minas Gerais causados por SRAG, sendo 18 casos no Norte de Minas.

A coordenadora de Vigilância em Saúde e do Cievs alerta que o cenário epidemiológico das síndromes respiratórias agudas graves é preocupante, pois o inverno ainda não começou. As síndromes respiratórias têm como causas a predominância de vírus Influenza tipos A e B; Vírus Sincicial Respiratório; SARS-COV-2 (causador da covid); bactérias, fungos e outros agentes. “Para conter o avanço das síndromes respiratórias as pessoas que compõem os públicos alvos da vacinação contra a gripe precisam procurar se imunizar antes do início do inverno. A campanha prossegue até 31/5 e, até o momento, na área de atuação da SRS, a cobertura vacinal está em 32,9%”, ressalta.

Na semana passada o Ministério da Saúde (MS) ampliou a vacinação contra a influenza (gripe) para toda a população a partir dos seis meses de idade. Porém, ainda integram os grupos prioritários: crianças de seis meses a menores de seis anos; crianças indígenas de seis meses a menores de nove anos; trabalhadores da saúde; gestantes; puérperas; professores dos ensinos básico e superior; povos indígenas; idosos com 60 anos ou mais; pessoas em situação de rua; profissionais das Forças Armadas, forças de segurança e de salvamento; pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade); pessoas com deficiência permanente; caminhoneiros; trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo percurso); trabalhadores portuários; funcionários do sistema de privação de liberdade; população privada de liberdade; quilombolas; adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).

Em clima de confiança de que novas perspectivas se abrem para a melhoria dos serviços de saúde, com benefícios diretos para o atendimento de demandas da população, a Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros concluiu nesta quinta e sexta-feira (9 e 10/5), em Montes Claros e Janaúba, a realização da nona e última oficina do Projeto Saúde em Rede. Com abordagem voltada para o atendimento de pacientes com hipertensão e diabetes, a nona oficina do Projeto encerrou a terceira onda de formação de tutores de 27 municípios que integram as microrregiões de saúde de Janaúba/Monte Azul, Montes Claros, Bocaiuva e Francisco Sá.

O projeto foi iniciado em 2019 no Vale do Jequitinhonha e focou na formação de tutores que estão atuando junto com os municípios na estruturação das redes de atenção à saúde, visando transformar o atual modelo hierárquico, que tem os hospitais como centros dos atendimentos, para dar lugar à gestão integrativa da saúde. Nesse novo modelo, os serviços de atenção primária e especializada dos municípios passarão a ser os ordenadores dos cuidados em saúde.

O projeto é coordenado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), com a participação da Escola de Saúde Pública de Minas Gerais (ESP-MG). Nesta terceira onda do Saúde em Rede, os 27 municípios que integram a área de atuação da SRS Montes Claros receberam R$ 4,3 milhões para a implementação do projeto. Outros R$ 2,4 milhões foram repassados para 15 localidades jurisdicionadas à Gerência Regional de Saúde (GRS) de Januária.

“O maior aprendizado do projeto foi o estímulo para a educação permanente; a reflexão do próprio trabalho; a forma de organização quanto à equipe e sobre as nossas capacidades de superar limitações”, relata a enfermeira Dinéia Souza, integrante da Estratégia de Saúde da Família (ESF) de Botumirim.

Corroborando com a tutora, a referência técnica da Coordenadoria de Redes de Atenção à Saúde da SRS Montes Claros, Denise Silveira, observa que “visando enfrentar alguns dos desafios do Sistema Único de Saúde (SUS) que são, entre outros, fortalecer a comunicação entre os pontos de atenção da rede e entre os profissionais dos serviços, bem como fortalecer o cuidado ao pré-natal na prevenção de complicações evitáveis, é possível perceber que os municípios se encontram sensibilizados quanto à necessidade de melhorias, buscando organizar os processos de trabalho por meio dos protocolos clínicos e mais comprometidos com a organização dos serviços”.

Na mesma linha de raciocínio, a diretora de Atenção Primária à Saúde (APS) de Janaúba, Fernanda Costa Rodrigues, relata que “o Projeto Saúde em Rede veio reafirmar os esforços da atual gestão do Centro Estadual de Atenção Especializada (CEAE) na reorganização de todos os processos, principalmente na reconstrução das agendas e, consequentemente, na garantia da implementação da linha de cuidados na sua integralidade. A reorganização dos serviços também proporciona aos pacientes mais tranquilidade e segurança para seu acompanhamento por uma equipe comprometida e atualizada, além de fortalecer o vínculo da atenção primária com o CEAE por meio do resgate da comunicação direta e abertura de novos canais de diálogo entre as equipes”.

Fernanda Rodrigues completa que “a evolução dos trabalhos em rede já é sentida por todos, desde a oferta das vagas; a melhoria na logística de transporte de pacientes; a programação pós consulta dos exames e retornos e, por fim, a comunicação do paciente e atenção primária quanto aos serviços disponibilizados e agendados de maneira mais ágil e assertiva. Diante de todos os avanços alcançados em pouco tempo, estamos otimistas e vislumbramos muitas melhorias com a implantação de novas tecnologias e aplicação das metodologias aprendidas no projeto”, conclui a diretora.

Tendo atuado como analista regional do Saúde em Rede na microrregião de Janaúba/Monte Azul, Patrícia Lima Magalhães revela ter vivenciado uma experiência muito gratificante, além de poder acompanhar o engajamento dos municípios em busca da organização dos processos de trabalho de atenção primária e especializada à saúde. “Observei que a relação entre as equipes de APS e CEAE se fortaleceu e que a implantação dos micro e macro processos que vem se expandindo nas diversas equipes é motivo de grande alegria e boas expectativas de um SUS mais forte na região”, comemora a analista.

Por sua vez, a também referência técnica da Coordenadoria de Redes de Atenção à Saúde da SRS Montes Claros, Graciele Fernandes Silva, avalia que “o projeto Saúde em Rede encerra as oficinas de formação de tutores com várias melhorias já alcançadas nos processos de trabalho da atenção primária dos municípios participantes da terceira onda, além de importantes avanços na relação desses municípios com a atenção especializada. Percebemos que o propósito do projeto vem sendo alcançado com as melhores perspectivas possíveis para melhoria dos serviços e atendimento das demandas da população”.

Alinhada com a opinião das colegas, a referência técnica da SRS, Marta Raquel Mendes, entende que ao atingir a totalidade dos municípios do estado, o Projeto Saúde traz perspectivas muito positivas. Primeiramente porque agora todos os municípios terão tutores preparados para expandir a qualificação para todas as equipes de saúde da atenção primária dos seus territórios. Também pelo fato de o projeto seguir um modelo de atenção às condições crônicas, propondo ações que envolvem desde o planejamento ao instigar a realização de diagnóstico e culminando na construção de planos de ações condizentes com as realidades e necessidades locais, que se apliquem tanto à parte estrutural quanto operacional. “Tudo isso, na prática, têm grande potencial para um impacto positivo, com melhoria dos serviços de saúde no estado, em cada uma das equipes que vivencia o Saúde em Rede, na realidade dos profissionais e dos usuários dos serviços de saúde”.

Equipe
Em Montes Claros o Projeto Saúde em Rede foi conduzido pelas referências técnicas da SES-MG, Marta Raquel Mendes Vieira, Ana Luíza Pauferro, Denise Silveira, Ludmila Ferraz, além da apoiadora da ESP-MG, Alice Werneck Massote. Em Janaúba as oficinas tiveram a participação das referências técnicas da SES-MG, Eusane Ferreira Fonseca, Patrícia Lima Magalhães, Graciele Helena Fernandes Silva e Sarah Beatriz Silva, da Escola de Saúde Pública.

Na última quarta-feira (8/5), os municípios que integram a Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Diamantina realizaram o Dia D - Mais Saúde Bucal no PSE (Programa Saúde na Escola). A mobilização faz parte da Semana de Mobilização Social em Saúde Bucal nas Escolas, que ocorre de 6 a 10/5 em 851 municípios do estado.

De acordo com o coordenador de atenção à Saúde da SRS Diamantina, Carlos Tobias Pires Souto, as equipes de saúde bucal dos municípios estão atuando em escolas públicas de educação básica. “Tivemos a adesão de 70% dos municípios do território em relação ao dia D, no entanto, todos os 31 municípios da nossa jurisdição realizaram a adesão ao PSE e estão executando ações previstas no programa ao longo do ciclo, que compreende os anos de 2023 e 2024”, explicou Carlos Souto.

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As ações do PSE são uma importante ferramenta para promover a saúde bucal entre as crianças e adolescentes. Entre as ações desenvolvidas durante a semana estão a educação em saúde bucal, com distribuição de kits de higiene oral; escovação dental supervisionada; avaliação da saúde bucal dos estudantes, entre outras atividades. O objetivo é ampliar o acesso dos estudantes a esses serviços, contribuindo para seu desenvolvimento integral e qualidade de vida.

A articulação entre as equipes da saúde e educação foi essencial para planejar e executar as atividades do Programa Saúde na Escola (PSE), segundo Kesley Duarte de Jesus, referência técnica regional do PSE na SRS Diamantina, os Grupos de Trabalho Intersetoriais Municipais (GTI-Ms) do programa atuaram junto às equipes de Saúde da Família e Saúde Bucal na organização das ações.

De acordo com a referência técnica, as reuniões regionais têm enfatizado a importância desse grupo local para diagnosticar, discutir e planejar ações conjuntas. “Além disso, o envolvimento dos gestores municipais da educação e da saúde é fundamental para implementar o programa, aperfeiçoar as atividades, melhorar a saúde dos estudantes, fortalecer as ações de saúde bucal nas escolas, reduzir a evasão e faltas por problemas de saúde, e cumprir os compromissos estabelecidos por ambos os setores", afirmou Kesley de Jesus.

A estratégia do município de Coronel Murta foi iniciar as ações do PSE pelas escolas com maior dificuldade de acesso às unidades de saúde, de acordo com Nadilla Samyra Freire Araújo, coordenadora da Atenção Primária à Saúde (APS). "Começamos pelas escolas da zona rural, principalmente aquelas com crianças em maior vulnerabilidade social, como na comunidade quilombola. Esta semana, estamos na última escola rural. A partir da próxima semana, daremos continuidade com acompanhamento semanal nas escolas, conforme orientação da referência de saúde bucal da SRS Diamantina", disse a coordenadora.

A mobilização celebra o primeiro ano da Lei 14.572/2023, que inseriu a saúde bucal no Sistema Único de Saúde. Portanto, a data de 8/5, definida como o dia D, marca a incorporação permanente dessas ações na rotina das equipes junto às escolas em todo o país.

Na última quinta-feira (9/5), ocorreu a cerimônia de encerramento do projeto de implementação para melhor diagnóstico e tratamento da doença de Chagas do Centro de Pesquisas de Medicina Tropical de São Paulo-Minas Gerais (Sami-Trop) em Nova Serrana. Iniciado em 5 de outubro de 2022 no município, o projeto teve como objetivo proporcionar, por meio da implementação da pesquisa, diagnóstico precoce e tratamento oportuno, buscando melhor qualidade de vida para os pacientes diagnosticados com a doença.

A pesquisa é uma parceria entre as Universidades de São Paulo (USP), de Minas Gerais (UFMG), de São João del-Rei (UFSJ), e de Montes Claros (Unimontes), com apoio do Grupo de Trabalho (GT) de Endemias da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Divinópolis. Além de Nova Serrana, os municípios de Francisco Dumont e Verdelândia, no Norte de Minas, participam da estratégia de implementação de intervenção para tratamento antiparasitário da doença de Chagas no nível da Atenção Primária à Saúde (APS).

A referência técnica para rastreio da doença de Chagas da SRS Divinópolis, Nayara Dornela Quintino, ressaltou que a pesquisa se propôs, em um primeiro momento, a identificar as barreiras e pontos facilitadores relacionados ao tratamento antiparasitário da doença de Chagas no âmbito da Atenção Primária à Saúde. Segundo ela, o projeto buscou também auxiliar o município de Nova Serrana no enfrentamento da doença por meio da implantação de intervenções adaptadas ao contexto local, e avaliação periódica dos processos implantados através de indicadores de processo e resultado.

Ainda de acordo com a referência técnica da SRS Divinópolis, a proposta é que estas boas práticas construídas em Nova Serrana sejam utilizadas por outros municípios de regiões endêmicas para doença de Chagas, pois o material e a metodologia da pesquisa serão disponibilizados no Portal da Vigilância em Saúde para ampla divulgação. “O principal impacto para a população é a oportunidade de ter um diagnóstico precoce da doença, com acesso a exames complementares, como eletrocardiograma, e tratamento de forma oportuna”, destacou Nayara Dornela.

A coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica da SRS Divinópolis, Ana Camila Neves Morais, destaca o papel da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) para a implantação da pesquisa na macrorregião de Saúde Oeste. A coordenadora esclareceu que coube ao Estado, durante o desenvolvimento da pesquisa, apoiar a implementação no município de Nova Serrana, realizar capacitações para os profissionais de saúde e verificar os indicadores de sorologias solicitadas e tratamento antiparasitário dispensado pela Unidade Regional de Saúde de Divinópolis.

“Esperamos agora continuar monitorando quadrimestralmente o município de Nova Serrana para garantir que 100% das famílias cadastradas pelas equipes de saúde da família sejam rastreadas em relação aos fatores de risco para doença de Chagas crônica, bem como os indicadores de sorologias solicitadas, tratamentos realizados e rotina da vigilância epidemiológica e assistência farmacêutica”, ponderou a coordenadora.

A pesquisadora do Sami-Trop da UFSJ, Clareci Cardoso, explicou que o município de Nova Serrana foi escolhido por receber um grande número de migrantes de regiões que têm uma alta prevalência de doença de Chagas. Outro ponto que tornou o município elegível para a pesquisa é que a faixa etária de 20 a 34 anos da população é superior à média nacional porque os menores de 50 anos são os principais candidatos ao tratamento antiparasitário da doença.

Nayara Dornela, referência técnica para rastreio da doença de Chagas da SRS Divinópolis disse que pode-se destacar como um dos principais resultados deste estudo a criação de uma rotina de suspeição de casos de doença de Chagas crônica no município. “Muitas vezes o paciente em fase inicial da doença não apresenta sintomas. Em muitos casos o diagnóstico chega apenas quando este paciente já apresenta uma complicação, principalmente cardíaca. Nestes casos, os benefícios do tratamento são reduzidos”.

Já a também pesquisadora do Sami-Trop da UFSJ, Ana Carolina Oliveira, pontuou o trabalho desenvolvido junto ao município. Ela destacou que os servidores municipais foram capacitados para a execução das propostas de trabalho implementadas pela linha de cuidado, pois as intervenções foram amplamente discutidas e construídas em parceria com trabalhadores, envolvendo desde Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes Comunitários de Endemias (ACE), aos médicos, enfermeiros e farmacêuticos do município.

O município conseguiu realizar o rastreio de fatores de risco de 65% das famílias cadastradas nas Estratégias Saúde da Família (ESFs) do município, de acordo com a pesquisadora. “Entre os pacientes que realizaram a testagem sorológica, observou-se uma taxa de positividade de 3,7%, que é um número expressivo de pacientes que foram identificados e podem ter acesso ao cuidado adequado de saúde, de forma gratuita através do SUS”, reforçou Ana Carolina Oliveira.

A Gerência Regional de Saúde (GRS) de Itabira, em uma ação conjunta das coordenações de Vigilância Epidemiológica, Vigilância Sanitária e Vigilância em Saúde, promoveu nos dias 7, 8 e 9/5, a capacitação para Surtos de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA) no auditório da Centro Universitário Funcesi (UNIFUNCESI) em Itabira. A capacitação foi direcionada aos profissionais de Vigilância Epidemiológica, Vigilância Ambiental, Vigilância em Saúde do Trabalhador, Vigilância Sanitária, Atenção Primária à Saúde (APS) e Vigilância Epidemiológica Hospitalar dos 27 municípios que compõe as microrregiões de saúde de Guanhães, Itabira e João Monlevade.

A capacitação contou com palestras de referências técnicas da Gerência Regional de Saúde de Itabira, das Superintendências de Vigilância Sanitária e Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e referências técnicas da Fundação Ezequiel Dias (Funed).

De acordo com Aline Graziele Fernandes Martins da Costa, coordenadora de Vigilância Epidemiológica da GRS Itabira, a DTHA é uma síndrome geralmente constituída de anorexia, náuseas, vômitos e/ou diarreia, acompanhada ou não de febre, ocasionada pela ingestão de alimentos ou água contaminados, sendo que os surtos se referem à ocorrência de dois ou mais casos, relacionados epidemiologicamente ou de apenas um caso para doenças raras.

“A Vigilância Epidemiológica das DTHA é dinâmica e deve se adaptar tanto às mudanças que ocorrem no perfil epidemiológico das doenças quanto à evolução das práticas de gestão e, nesse sentido, é essencial que as equipes da vigilância estejam atualizadas para a atuação em novos cenários, sempre que necessário”, explicou a coordenadora de Vigilância Epidemiologia da GRS Itabira.

Aline Costa explicou que a capacitação foi realizada em parceria com as referências técnicas em Surtos de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA) e referências técnicas da Fundação Ezequiel Dias (Funed), que vem sendo planejada há bastante tempo e foi um momento muito importante de articulação das áreas envolvidas nas investigações de surtos de DTHA. O objetivo foi capacitar as referências técnicas municipais, no que se refere ao monitoramento da ocorrência, notificação e investigação epidemiológica destes eventos que podem representar risco à saúde pública.

“Os dados epidemiológicos demonstram que houve somente 79 surtos no período de 2014 a 2023 notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) nos municípios sob a jurisdição da GRS Itabira. Portanto, esperamos que com a capacitação as equipes de vigilância estejam mais sensíveis para identificar os eventos associados à transmissão hídrica e alimentar que possam apresentar risco à saúde pública”, disse a coordenadora de Vigilância Epidemiológica da GRS Itabira.

Segundo Cláudia Beatriz de Oliveira Fróes, referência técnica em Surtos de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA) da Diretoria de Vigilância em Alimentos e Vigilância Ambiental da Secretaria de Estado da Saúde (SES-MG), a capacitação é um resultado de um convite feito pela GRS Itabira à equipe da Diretoria de Vigilância em Alimentos e Vigilância Ambiental, e visou abordar temas de extrema relevância, como a importância da notificação imediata; do processo de investigação iniciado no momento oportuno; da articulação e definição das ações que devem ser feitas pelos membros das diferentes equipes envolvidas no processo investigatório; da intervenção oportuna que vise à prevenção, assim como o controle de possíveis outros surtos de origem alimentar. E também utilizaram como exemplo, o surto de DTHA ocorrido no município de São Domingos do Prata, cujo processo de investigação foi executado de forma ágil e eficaz.

“Os técnicos municipais também foram sensibilizados quanto à adesão e realização das ações relacionadas ao Programa de Fortalecimento do Sistema Estadual de Vigilância em Saúde – VigiMinas”, finalizou Cláudia.

Entre os temas abordados, destacamos o cenário epidemiológico de Doenças Diarreicas Agudas (DDA) e Surtos de DTHA; e a experiência exitosa do município de São Domingos do Prata na investigação de surto de DTHA em escolas.

Recomendações para evitar DTHA
- Comprar alimentos em locais fiscalizados.
- Conservar alimentos perecíveis sob refrigeração em geladeira, observando o rótulo e prazo de validade.
- Lavar as mãos antes e depois de manipular os alimentos.
- Higienizar os utensílios entre a manipulação de alimentos crus e cozidos.
- Em bares, lanchonetes e restaurantes, optar pelo consumo de maionese em sachês.
- Use sempre água potável e fervida.
- Não deixe moscas e outros insetos pousarem nos alimentos.
- Comprar produtos de origem animal somente com registro.
- Não consumir leite “in natura”.

Surto por DTHA
Caracteriza-se surto quando duas ou mais pessoas apresentam, em um determinado período, sintomas semelhantes após a ingestão de um mesmo alimento considerado contaminado, normalmente num mesmo local. Em caso de surto, nunca jogue fora os alimentos consumidos, comunique a ocorrência dos fatos às Vigilâncias Sanitária e Epidemiológica de sua cidade o mais rápido possível.

Orientações no momento do conhecimento do surto
- Evitar que os alimentos suspeitos continuem a ser consumidos ou vendidos.
- Guardar, sob-refrigeração, todas as sobras de alimentos na forma em que se encontram acondicionados até a chegada do grupo encarregado pela investigação.
- Preservar as embalagens e respectivos acondicionamentos quando a suspeita estiver relacionada a produtos industrializados.
- Orientar os doentes a procurar o serviço de saúde.E não fazer automedicação.