TRANSMISSÃO | DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO | VACINAÇÃO | DÚVIDAS FREQUENTES | ORIENTAÇÕES PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE

O sarampo é uma doença potencialmente grave, transmissível, causada por um vírus (Morbillivirus, família Paramyxoviridae), altamente contagiosa e comum na infância.

Os principais sintomas são febre alta, acima de 38,5°C, manchas avermelhadas que se iniciam no rosto e atrás da orelha, que em seguida, se espalham pelo corpo, acompanhados de um ou mais sintomas:

  • Tosse seca (inicialmente);
  • Olhos avermelhados e irritados;
  • Nariz escorrendo ou entupido;
  • Em alguns casos, nos primeiros sintomas, podem surgir pequenas manchas brancas dentro da boca (mucosa).

A vacinação é a medida mais eficaz de se prevenir a doença.

A transmissão do sarampo ocorre de forma direta, ou seja, pelo contato do indivíduo doente com uma ou mais pessoas que não tenham se vacinado, ou por meio do contato do indivíduo doente ao tossir, espirrar e até mesmo falar, principalmente em locais fechados, que são visitados no dia a dia, como por exemplo: creches, escolas, shoppings e locais com grande aglomeração de pessoas.

O maior período de transmissão ocorre 4 dias antes e 4 dias após o início das manchas avermelhadas.

IMPORTANTE: Pela alta contagiosidade, de 9 a cada 10 pessoas não vacinadas, que tiveram contato com uma pessoa infectada por sarampo, desenvolverão a doença.

O diagnóstico é realizado por meio de sorologia (exame de sangue), para detecção de anticorpos. O vírus também pode ser identificado pela técnica de RT-PCR (exame do cotonete nasal), em amostras de orofaringe, nasofaringe, urina ou líquor (líquido cefalorraquiano para se fazer diagnóstico de doenças que afetam o sistema nervoso).

  • Coleta da primeira amostra: Em até 30 dias após início das manchas avermelhadas.
  • Coleta segunda amostra: De 15 a 25 dias após a primeira coleta.
  • Coleta RT-PCR (EXAME DO COTONETE NASAL): Em até 7 dias após o início das manchas avermelhadas.

Não existe tratamento específico para o sarampo. Os medicamentos são utilizados para reduzir o desconforto ocasionado pelos sintomas da doença. Para os casos sem complicação, devem-se manter a hidratação e o suporte nutricional.

Não faça uso de nenhum medicamento sem orientação médica. Recomenda-se que o indivíduo que apresente algum sintoma, procure o serviço de saúde mais próximo de sua residência para uma avaliação médica.

A vacinação contra o sarampo é a medida mais eficiente e segura para se evitar casos graves e mortes pela doença. Ela está disponível nas Unidades Básicas de Saúde para crianças a partir de 12 meses de idade.

O esquema de vacinação contra o sarampo, a caxumba e a rubéola deverá ser reforçado pela vacina tetra viral aos 15 meses de idade (corresponde à segunda dose da vacina tríplice viral e à primeira dose da vacina varicela).

Em situação de emergência como surto da doença, é disponibilizado a dose zero, que se aplica para crianças a partir de 6 a 11 meses de idade.

Procure a Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua residência e leve sua caderneta de vacinação para atualização.

O SARAMPO É UMA DOENÇA GRAVE? PODE DEIXAR SEQUELAS?

O sarampo é uma doença grave que pode ser fatal. De acordo com a gravidade do caso, poderão ocorrer sequelas que se prolongam por toda a vida e em alguns casos, há ocorrência de óbitos. A vacina é a única maneira de evitar que isso aconteça.

As taxas de complicações e óbitos causados pelo sarampo, são extremamente variáveis. As complicações ocorrem principalmente em crianças menores de 5 anos, gestantes, pessoas com comprometimento da imunidade, pessoas desnutridas, com deficiência de vitaminas e pessoas que residem em locais com maior exposição, tais como, aglomerados e aldeias.

Algumas das complicações podem ocorrer em determinadas fases da vida:

PESSOAS DE 5 A 29 ANOS DE IDADE NÃO VACINADAS OU COM ESQUEMA INCOMPLETO DEVEM RECEBER OU COMPLETAR O ESQUEMA DE DUAS DOSES DE TRÍPLICE VIRAL?

Sim. Pessoas de 5 a 29 anos de idade não vacinadas ou com esquema incompleto devem receber ou completar o esquema de duas doses de tríplice viral, conforme situação encontrada, considerando o intervalo mínimo de 30 dias entre as doses. Considerar vacinada a pessoa que comprovar 2 doses de vacina contendo os componentes sarampo, caxumba e rubéola (tríplice viral ou tetraviral).

PESSOAS DE 30 A 59 ANOS DE IDADE NÃO VACINADAS DEVEM RECEBER UMA DOSE DE TRÍPLICE VIRAL?

Sim. Pessoas de 30 a 59 anos de idade não vacinadas, devem receber uma dose de tríplice viral. Considerar vacinadacontra o sarampo a pessoa que comprovar 1 (uma) dose de vacina contendo o componente sarampo(monovalente, dupla viral ou tríplice viral).