Nesta quarta-feira, 08/04, o governador Romeu Zema, o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral, o secretário adjunto de saúde Marcelo Cabral e o diretor-presidente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), Sérgio Gusmão, participaram de mais uma coletiva virtual sobre as ações do Estado de enfrentamento à pandemia, bem como análise do cenário epidemiológico em Minas Gerais.  “A curva de casos no Estado tem se comportado de uma maneira bem menos agressiva do que em outros estados e isso demonstra o quanto a população está comprometida no enfrentamento ao coronavírus. Isso reflete que todo nosso trabalho está dando resultados e que sairemos desta crise da melhor forma possível”, analisou o governador Romeu Zema.

Crédito: Gil Leonardi

O secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral, repercutiu os dados divulgados, nesta quinta-feira, no boletim epidemiológico da secretaria. “O Estado registra hoje, quarta-feira, dia 8/4, 51.640 casos suspeitos, 614 casos confirmados, 97 óbitos em investigação e 14 óbitos confirmados”, explicou.

Posteriormente, a forma em que a regionalização da saúde é organizada em Minas Gerais foi pontuada pelo secretário para esclarecer possíveis dúvidas da população. “No âmbito da saúde, o estado de Minas Gerais é dividido em macro e microrregiões. As macrorregiões são tidas como regiões praticamente independentes de saúde nas quais nós temos uma atenção completa em vários níveis de atenção e de complexidade como terapia intensiva, neurocirurgia, cirurgias cardíacas, entre outras. Já as microrregiões, são classificadas como grupo de municípios em que há um nível de complexidade um pouco menor. Essa informação é importante para exemplificar a forma com que os leitos de terapia intensiva (UTI) são distribuídos. Minas Gerais é um estado muito grande e, dos 853 municípios, cerca de 770 possuem menos de 20 mil habitantes, isso faz com que tenhamos um número elevado de municípios pequenos que, para ter uma estrutura de saúde organizada, precisam se juntar para criar uma massa populacional adequada para que viabilizemos o serviço de saúde. Essa é a explicação do porquê muitos municípios não possuem leitos de UTI no estado”, explicou o secretário. 

Taxa de ocupação de leitos

Os leitos de terapia intensiva, utilizados para casos mais graves da Covid-19 ficam concentrados em municípios pólo. A secretaria está fazendo um estudo, tendo como base critérios epidemiológicos, de forma a liberar mais leitos para o enfrentamento à pandemia. “Nós entendemos que a avaliação deve ser feita com foco micro e macrorregional para que haja leitos em todas as regiões de acordo com a necessidade da demanda”, afirmou.

De acordo com o secretário, a taxa de ocupação média do Estado de leitos de UTI é de 56% e 877 leitos disponíveis para uso. Já para o tratamento clínico da Covid-19, sem complicações, são utilizados os leitos de enfermaria que apresenta, hoje, taxa de 45% de ocupação e 5.240 leitos disponíveis. “Nosso maior foco neste momento, além de controlar a epidemia, é evitar a sobrecarga no sistema de saúde. O isolamento social possibilita que a gente torne mais difícil a transmissão do vírus”, avaliou.

Testes Rápidos

O secretário adjunto de saúde, Marcelo Cabral, informou que a SES-MG recebeu, do Ministério da Saúde, 50.000 unidades de testes rápidos. “Estamos aguardando a veiculação de nota técnica, por parte do Ministério, que levará em consideração critérios técnicos e epidemiológicos para que possamos fazer os devidos repasses aos municípios”, informou.

É importante, ressaltar, no entanto, que os testes rápidos não substituem o PCR, exame realizado na Fundação Ezequiel Dias (FUNED), que analisa a presença do vírus na mucosa e secreções nasais. Os kits de testes rápidos identificam anticorpos já gerados pelo vírus, ou seja, eles têm como objetivo saber se a pessoa já teve ou não contato com a doença em algum momento de sua vida.

Em suas considerações finais o secretário ressaltou o feriado da páscoa e, consequentemente, o fim de semana prolongado. “Sabemos que durante os feriados é ainda mais difícil permanecer em casa. No entanto, é extremamente importante que sigamos o isolamento para que consigamos achatar ainda mais a curva de evolução da pandemia. As projeções atuais dizem que o pico de acometimento da população que antes estava previsto para o fim de abril, agora tem como previsão o dia 04 ou 05 de maio, ou seja, estamos retardando o avanço da Covid-19 em Minas Gerais e isso se deve ao apoio da população no isolamento”, finalizou.

Por Paula Gargiulo

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